Onde Richard Rios perde uma aposta com a Rival; Lorelai Ceni, e é obrigado a ajuda-la a conquistar seu melhor amigo. Ele só não sabia que, através disso, seria ele a ensina-la as coisas mais prováveis e improváveis.
📕 Capa feita pela Bia.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu não me lembrava quando havia sido a última vez que estive tão confusa quanto aqueles últimos dias. Minha cabeça parecia uma grande confusão, no qual eu era incapaz de resolver.
Estava tudo uma droga.
Até o meu desempenho no trabalho estava a ser prejudicado. Eu sempre pensava. Pensava, e pensava... Mas não chegava a lugar nenhum. Minha cabeça fervia em meio a tantas dúvidas sem soluções.
Ao cruzar o portão da casa de Maurício, um ambiente familiar, onde só havia amigos e familiares mais próximos, com minha exceção, óbvio.
Desfrutei da música alta e das luzes coloridas que piscavam ao meu redor, mas tudo parecia meio breu. Apesar de ter aceitado o convite do camisa 23 do palmeiras, eu não queria estar ali.
Raphael, ao meu lado, sorriu, segurando-me pela cintura. Retribuí o gesto, tentando transmitir um entusiasmo que não sentia.
- Quer alguma coisa, Lore? - ele Questinou amigavelmente.
Neguei com a cabeça.
- estar tudo ótimo, Rapha. Obrigada.
- Se quiser qualquer coisa, pode dizer, tá?
Sorri sincera, como resposta.
Desde que chegamos, ele me apresentou para alguns colegas, ofereceu bebidas e me puxou para dançar, mas minha mente não estava ali. Eu simplesmente não conseguia relaxar.
O que havia me frustado. Porra! Eu sempre sonhei com isso. Sempre sonhei em ter-lo assim, tão próximo. Mas agora que tenho, não sei, parece não ser o sufiente...
Minha atenção, incontrolavelmente, oscilava pelo salão, procurando alguém que não deveria estar procurando. E quando finalmente o vi, encostado na parede oposta, cercado por amigos, mas com um olhar distante, meu coração deu um salto. Richard. O nome ecoou como uma melodia perdida dentro de mim.
Desde nosso último encontro na casa dele, nos dois havíamos mantido distância. Um afastamento que eu acreditava ser necessário para recobrar a lucidez, afastar-me da intensidade caótica que ele me provocava.
Montoya, por outro lado, parecia ter aceitado a decisão. Não mandou mensagens, não tentou me ver. Estava me dando o tempo que pedi. Um tempo que, agora, parecia mais cruel do que qualquer outra coisa.
Mordi o lábio, incerta. Ao observá-lo naquela noite, percebi que algo nele estava diferente. As roupas esponja de sempre, uma camisa preta dobrada nos antebraços, jeans escuros e o relógio prateado no pulso.
O homem não escondiam a tensão em seu semblante. Havia algo no modo como ele olhava para a festa, que soava diferente, talvez fosse os lábios apertados e a postura rígida, que me fez notar: que ele também estava tentando não olhar para mim.
Mas falhou. Em um momento, nossos olhares se encontraram, e o ar pareceu estagnar entre nós. Segurei a respiração, esperando que ele desse um passo, qualquer movimento que fosse, mas Richard se limitou a me fitar com um misto de tristeza e... algo mais profundo.
