Onde Richard Rios perde uma aposta com a Rival; Lorelai Ceni, e é obrigado a ajuda-la a conquistar seu melhor amigo. Ele só não sabia que, através disso, seria ele a ensina-la as coisas mais prováveis e improváveis.
📕 Capa feita pela Bia.
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20 de julho de 2023, Morumbi - 00:20h PM.
Já dizia minha mãe, até mesmo os heróis tem o seu dia de Vilão. Mas, isto tinha que acontecer justo hoje?
Porra Veiga!!!
Esbravejei comigo mesmo, após meu amigo perder o último pênalti, que dava a classificação ao São Paulo. Justo ele, o melhor e mais cobiçado Batedor do time Alviverde, poderia ser engraçado a ironia do Destino, se não fosse trágico.
Decai sobre o campo, sentido o suor escorregar por minha testa. O estádio vibrou em uma grande Euforia, enquanto os jogadores adversários saiam para comemorar a Vitória com a torcida Tricolor.
Meus companheiros pareciam tão frustado quanto eu, via a decepção na cara de cada um, principalmente de Raphael. O peso tomou conta do meu corpo e o arrependido de ter o culpado, mesmo que por um breve momento, me fez Mal!!!
Era óbvio que o meu amigo não tinha culpa, errar era Normal. E nem sempre o melhor, é vencedor.
Enquanto o restante do time se dispersava pelo campo, alguns com expressões de raiva, outros de desânimo, fiquei ali, imóvel, revivendo mentalmente cada lance da partida. O peso da derrota parecia esmagador, como se carregasse não apenas nos ombros, mas também na alma.
Juntei forças que nem sabia que tinha e fui até o Meio campista, que parecia desolado. O abracei de lado, o apoiando.
— Relaxa, tá? Acontece até mesmo com os melhores. — tentei consola-lo, e o homem sorriu troncho.
— Você sabe que eu poderia ter feito melhor...
O vi encarar a frente, pondo as mãos em sua cintura. Acontece que Rapha, apesar de não demostrar aos quatros ventos, era sim sensível, e se sentia responsável por tudo que acontecia no Palmeiras, na falta de um líder, ele caia como uma luva.
— Muitas coisas poderiam ter acontecido leke, mas não aconteceram. Não era pra ser!!!
— Por mais que eu custe aceitar, sei que tem razão. — soltou um longo suspiro.
Fitei uma silhueta tricolor que Passava por nós aos berros, não disse nada, segurei todo meu ódio, afinal, os caras haviam ganhado, nada mais justo que comemorar, até ele passar novamente, mas desta vez o próprio encarou o meu amigo e deu uma risadinha sarcástica.
Logo reconheci a sua face, não era tão difícil reconhecer também, era um dos maiores palhaços do Futebol Brasileiro, o famoso Ganha nada; Luciano neves.
— Tá rindo de que, palhaço? — Indaguei.
No calor do momento, deixei a raiva tomar conta e me lancei em sua direção, mas ele escapou ágil, ainda rindo sarcasticamente.
— Richard, calma! — Veiga segurou meu braço com firmeza, me impedindo de avançar completamente na direção do São Paulino. — Não vale a pena.
