Laboratório.

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O laboratório estava iluminado por uma luz fria e constante dos refletores fluorescentes, lançando um brilho artificial sobre as bancadas repletas de frascos, microscópios e amostras meticulosamente etiquetadas

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O laboratório estava iluminado por uma luz fria e constante dos refletores fluorescentes, lançando um brilho artificial sobre as bancadas repletas de frascos, microscópios e amostras meticulosamente etiquetadas.

Eu ajustava meu jaleco, focada na análise de uma amostra de DNA. tinha que entregar este trabalho ainda nesse final de semana, estava tão distraída, que por um minuto pude me esquecer da existência de Richard, que por um motivo inexistente ainda não havia ido embora.

E ele continuava ali, parado, com os fixos em mim. O encarei por cima dos ombros e pisquei rapidamente, sentindo minhas bochechas esquentarem com a situação aparente.

— Vai ficar aí me olhando?  — lhe questionei e o vi piscar pela primeira vez deste então. Suas mãos havia sido jogadas ao lado do corpo e próprio sorriu gentil.

— Gosto de te ver trabalhar, parece tão... — Pausa. — Eficiente. Fica sexy assim. — Admitiu o homem descaradamente e um sorriso inevitável se instalou em meu corpo, apesar do rubor da vergonha que me assombrava.

— Abusado. — Brinquei. — Você sabe que não precisa ficar, não é? Já fez seu papel de bom samaritano ao me trazer aqui, já pode ir embora...

Ele ignorou-me. Não disse nada a mais, e eu resolvir não questionar. Voltei a trabalhar e ele continuou no mesmo lugar que antes. Então, tá...

Bastou alguns minutos e captei um barulho atrás. Ao me virar o vi ali, caminhando sem eira e nem beira. Sua curiosidade era palpável, seus dedos estavam inquietos e explorava tudo que encontrava, parecia uma criança ao descobrir um parque de diversões.

Primeiro, ele agarrou um frasco de vidro contendo um líquido âmbar e o girou na mão, observando como a luz se refratava através dele.

Depois, seus olhos foram atraídos por um microscópio antigo. Ele se inclinou sobre o equipamento, ajustando as lentes e girando os botões de foco com um interesse quase infantil.

— Dar para não mexer nas coisas? — Falei em um tom razoavelmente menos grosso, que falaria com outra pessoa.

— Eu só estou olhando... —  Respondeu despreocupado. — O que é esse negócio brilhante aqui? — ergueu um frasco e eu expandi os olhos.

— Não mexe nisso, Montoya. — Berrei e o mesmo ligeiramente soltou o frasco. — Acho melhor você ir embora, nos vemos em uma outra hora.

— Eu não, não tenho nada pra fazer. — deu de ombros. — Prefiro ficar aqui.

E então, o rapaz continuou a sua expedição pelo laboratório, fazendo-me revirar os olhos. Inacreditável! A minha sorte é que, o meu companheiro estava de folga e eu estava sozinha.

(...)

Deixei o jogador de lado por um tempo, sei que falar não adiantaria de nada. Quando queria, o rapaz conseguia ser muito implicante. Voltei a trabalhar, e foquei somente nisso.

Aposta-Rei - Richard Rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora