Onde Richard Rios perde uma aposta com a Rival; Lorelai Ceni, e é obrigado a ajuda-la a conquistar seu melhor amigo. Ele só não sabia que, através disso, seria ele a ensina-la as coisas mais prováveis e improváveis.
📕 Capa feita pela Bia.
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30 de agosto, 2023 - 16h 50m, Casa Richard / São Paulo.
— Deixa ver se eu entendi, você tem medo de beijar? É isso? — Dissertei ainda em choque, tudo bem que ela não tinha cara que saia beijando todo mundo por aí, usando disso como uma fonte de experiência, mas não imaginei que a situação fosse tão séria a ponto de estar insegura com algo tão bobo.
— Não é medo de beijar. É medo de beijar ele. — me corrigiu, e eu revirei os olhos.
— O que dar no mesmo! Beijo é beijo, Lorelai. Sem mais e nem menos.
— Não, não é.
Eu tinha decidido dar um ultimato nesse nosso acordo. O plano era simples, no final de semana que vem, viajariamos para Angra, e nisto decidir convidar a Lorelai, desta maneira a garota poderia deixar de enrolar e partir para cima do Veiga de uma vez, e eu, bom... Finalmente me veria livre das circunstâncias dessa bendita aposta.
Se após isso, as coisas não flui-se, não havia mais nada do que eu podesse fazer. Não sou nenhum mágico, e muito menos jesus para operar milagres.
— Não? Qual é a diferença de beijar ele, e me beijar por exemplo? — Me aproximei da moça, tocando levemente em sua cintura. Aparentemente, a vi congelar momentaneamente.
— Como vou saber? Nunca beijei ele e muito menos você...
No instante em que a conversa cessou, o ambiente pareceu carregar-se de uma tensão elétrica. Lorelai manteve seus olhos fixos em mim, e por um momento, o mundo ao nosso redor se dissolveu em um borrão de cores indistintas. Os olhos dela, carregava um misto de confusão e algo mais profundo, encontrando os meus com uma intensidade inesperada.
Nossos olhares se entrelaçaram, criando uma ponte invisível de emoções não ditas. Senti meu coração bater mais forte, ecoando a incerteza e o desejo que pairavam no ar. Ela piscou lentamente, como se estivesse tentando decifrar algo nos meus olhos, e percebi que minha própria respiração estava presa na garganta.
A proximidade física entre nós intensificou a conexão. O toque leve na cintura dela se tornou um ponto de calor que irradiava pelo meu corpo, mas era o olhar que realmente nos mantinha ali, presos em um momento que parecia não acabar nunca.
— Se quiser, posso te ajudar com isso. — falei por impulso, sentindo o peso em minhas costas com minha afirmação e o arrependimento que cessou quando as suas pupilas diminuiram.
— Ajudar com o que? — questionou.
— Com o seu medo, oras. Posso beijar-la. Claro que só para ajudar-la.
Ela Gargalhou.
— Você não é ele, não adiantaria de nada, Montoya.
Mordi o lábio inferior, negando devagar com a cabeça. E em um suspiro longo, a puxei para um beijo impulsivo. A garota estranhou inicialmente, mas não deixou de corresponder. Ajeitei minhas mãos em sua nuca, puxando seu cabelo devagar, Enquanto a jovem penetrava suas unhas em minhas costas.
