CAPÍTULO 9: Ameaça Velaryon

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O céu estava limpo sobre Dragonstone, uma vasta extensão azul pontilhada por nuvens brancas. Nymeria sentia o vento em seu rosto enquanto sobrevoava a costa da ilha, sentada no dorso do Canibal. Ao seu lado, voavam Jace em Vermax e Luke em Arrax. Rhaena, que ainda não possuía um dragão, estava sentada logo atrás de Nymeria, seus braços firmes ao redor da cintura da prima.

— Que os deuses estejam conosco! — gritou Jace por sobre o som do vento, sorrindo enquanto se preparava para a corrida.

Nymeria sorriu de volta, já familiar com a sensação de adrenalina que antecedia uma corrida de dragões. Ela deu um comando em alto valiriano para o Canibal, que imediatamente respondeu, aumentando a velocidade enquanto seus músculos poderosos se contraíam em cada batida de asas.

A corrida começou, e os dragões se lançaram ao céu, cortando o ar com uma ferocidade e graça que poucos humanos poderiam entender. Vermax e Arrax se mantinham próximos, mas a grandeza do Canibal era inegável. Ele era maior e mais forte, o que lhe dava uma vantagem considerável, mesmo com o peso extra de Rhaena.

Nymeria sentia o poder do dragão sob si, o calor que emanava de suas escamas escuras e a conexão que havia se fortalecido ao longo dos últimos dois anos. No início, domar o Canibal tinha sido um desafio monumental, mas agora eles eram um só, movendo-se com uma sincronia quase perfeita.

Rhaena, atrás dela, gritava de entusiasmo e emoção. Era raro para ela poder experimentar a liberdade do voo, e Nymeria sentia uma certa responsabilidade em proporcionar esses momentos à prima.

Finalmente, ao alcançarem o ponto de chegada, Nymeria e Canibal pousaram primeiro, seguidos de perto por Jace e Luke. Quando todos aterrissaram, havia risadas e conversas animadas sobre quem havia feito o melhor tempo e as manobras mais impressionantes.

[...]

Após o término da corrida de dragões, os jovens Targaryen pousaram e começaram a conversar enquanto os dragões descansavam. Jace, ainda empolgado com a adrenalina do voo, deu um leve tapa no ombro de Luke.

— Você quase me ultrapassou dessa vez, irmão! — disse Jace com um sorriso largo.

— Quase, mas o Canibal é um monstro! — respondeu Luke, olhando para Nymeria. — E, claro, você também voa bem, prima.

Nymeria sorriu, sentindo-se à vontade com os primos e com o título que agora lhe pertencera por completo.

Rhaena, que observava os dragões se acalmarem, suspirou suavemente. — Baela teria adorado estar aqui.

Jace assentiu. — Driftmark é bonita, mas aposto que ela sente falta de Dragonstone. Como está nossa avó, a princesa Rhaenys?

— Ela está bem — respondeu Rhaena. —Baela me contou que Lorde Corlys não está muito bem. Ele se feriu enquanto navegava e está se recuperando devagar.

— Lorde Corlys é forte — disse Nymeria, lembrando-se da impressão que ele e Rhaenys lhe causaram. — Ele é um homem que enfrentou muitos mares. Tenho certeza de que ele se recuperará.

Rhaena sorriu para Nymeria, grata por suas palavras. — Eles gostaram muito de você, sabe? Falaram de como você se portava com graça e força.

— Fico feliz em ouvir isso — respondeu Nymeria, sentindo uma onda de afeto pelos Velaryon, que a acolheram tão bem.

Luke, ainda pensativo, voltou-se para Rhaena. — Você tem notícias recentes? Além da carta de Baela?

— Não, ainda não. Mas, com sorte, teremos mais notícias em breve — Rhaena respondeu, tentando parecer otimista.

Sangue e Fogo OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora