Três

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Ao passar dos dias, estava rolando tudo normal e Daniel agradeceu aos céus por isso

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Ao passar dos dias, estava rolando tudo normal e Daniel agradeceu aos céus por isso. Até Dutch deixara ele um pouco, e por incrível que pareça, fora Johnny que chamou Dutch antes dele se aproximar de Daniel, salvando-o de uma conversa indesejada mesmo sem saber. Seus hematomas já não estavam tão visíveis, pelo menos as dos rostos não. Só tinha uma marca perto de sua sobrancelha.

Era manhã de sábado, Daniel saiu do quarto e sua mãe tinha feito o café. Mas o moreno não estava com fome. Encontrou sua mãe bem arrumada, seu cabelo ruivo estava feito de cachos perfeitos e um vestido preto estampado de bolinhas brancas.

— Aonde você vai?

—  Eu tenho um encontro —  respondeu ela.

— O que? Mas...

— Olha querido, não sei se vou voltar hoje. E hoje na festa na praia, por favor tenha cuidado, e fique bem — disse ela.

— Tá... — Disse Daniel um pouco para baixo, sua mãe andara bem ocupada. E não gostava de admitir, mas tinha um leve ciúmes da sua mãe. Porém, ele entendia sua mãe, ela tentava superar a morte do pai, mas ele, mesmo que fosse pequeno na época, não conseguia superar.

No entardecer, Daniel resolveu sair um pouco de casa e com sorte encontrou o senhor Miyagi que acenou para ele.

— Venha Daniel.

Disse o velho com o sotaque.

Daniel se aproximou, Miyagi havia convidado-o para entrar. E ao entrar, viu a sua bicicleta que estava limpa e consertada. Daniel sorriu.

— Obrigada.

O garoto analisou sua bicicleta de novo sentindo uma pontada de alegria, agradecido.

— Muito obrigada mesmo — repetiu — Senhor Miyagi?

— Sim?

— Bom, o senhor parece saber sobre artes marciais. E sou grato por me salvar naquele dia — disse Daniel o o homem escutava atentamente — Mas eu queria saber, você pode me ensinar?

E então pediu.

O velho se calou pro alguns segundos sem nenhuma expressão mas logo sorriu fraco e assentiu com a cabeça.

— Eu posso...mas precisa aprender lições primeiro. Em outro dia Daniel-san.

O garoto sorriu. Pegou sua bicicleta e encostou debaixo da escada. Ele estava decidido a andar a pé para organizar melhor os seus pensamentos. O céu estava aberto e isso seria sinal de que talvez iria ver estrelas esta noite. Daniel andava um pouco distraído apenas olhando os lados, quando em um canto de uma avenida ele escuta a voz de Dutch.

Shh shh calado...

Daniel caminhou até a direção da voz e viu que atrás de um bar velho Dutch prendia um garoto que tremia dos pés a cabeça contra a parede.

The karatê kid - Lawrusso (NC)Onde histórias criam vida. Descubra agora