┊ FINALIZADA ┊ - Em uma realidade aonde todos são mágicos e são divididos em suas classes sociais baseados em seus poderes, Beomgyu se destaca como um rebelde que pretende seguir o legado de seus pais para alcançar a liberdade.
Yeonjun, por outro l...
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Distraído pelo corredor, Yeonjun volta para a realidade e se entusiasma quando vê Beomgyu virando a esquina do corredor bem a sua frente. Um meio sorriso se abre em seu rosto e ele corre na direção do garoto antes que o perca de vista.
— Beomgyu! - ele chama animado e o segura pelo braço. O garoto também se alegra com a presença do amigo.
— Yeonjun! Tudo bem? Estou voltando da aula de anatomia.
— Legal! Mas você não apareceu para jantar ontem... Nem antes de ontem.
O sorriso de Beomgyu murcha em segundos.
— Minha nossa, eu me esqueci completamente. Me perdoa? Eu e Soobin estamos muito ocupados com uma coisa, nem jantamos nesses dias que eu não fui te encontrar.
— Tá, entendi. Mas você vai hoje, não vai?
— Hoje... Acho que não. Tenho que ver uma coisa muito importante com Soobin. Inclusive, estava correndo para meu quarto agora. Mas amanhã prometo que vamos comer juntos, ok?
— Ok...
— Até, Yeonjun! - ele se despede com um abraço rápido e volta a sua caminhada ligeira em direção ao dormitório.
É. Ele tinha prometido que continuariam amigos, mas está claramente trocando Yeonjun por Soobin.
Sem pensar muito nessa interação, Beomgyu continua rapidamente até seu dormitório, ansioso como nunca. Algumas semanas atrás, nem sabia que precisaria dessa carta como precisou nos últimos dias, afobado quando fizeram questão de estender o prazo de resposta até o último dos vinte e cinco dias úteis.
Soobin abre e já o puxa pela mão para dentro como complô de todo o seu plano.
Finalmente chegou. A resposta que pode mudar o curso do seu plano e da sua vida. Irão comprovar ou não se a teoria sobre como é a vida dos T0's está certa.
— Acabou de chegar, o entregador passou aqui e logo depois eu já te chamei.
— Muito obrigado. Eu estava esperando muito por essa carta, ela demorou para chegar.
— Essa é a carta que você estava esperando para montar seu plano?
— Meio que sim.
Relutante, ele rasga o envelope e pega o papel de carta grosso com a estampa do governo no canto inferior direito, o mesmo papel que eles disponibilizam uma vez a cada dois meses caso os zerados queiram se comunicar com alguém de fora.
A letra de seu pai está meio ilegível, mas consegue reconhecer o que está escrito. Então, sentindo a ansiedade explodir no seu peito, ele começa a ler.
"Meu querido Beomgyu, fico feliz em ouvir de você depois de algumas semanas sem atualizações. Latibule continua sendo tão ruim quanto sempre? Imagino que sim, não sinto falta desse lugar.
Não posso dar muitos detalhes sobre como nossa vida zerados é, mas posso concordar com o que você escreveu na carta que enviou. As coisas aqui são quase como você imagina, sua hipótese chegou bem perto da realidade. Sei que você não pode escrever o que está planejando com essa informação, mas espero que use ela para o bem. Você vai fazer a diferença.
Beijos, mamãe e papai."
A animação no seu peito aumenta a cada palavra que lê da carta. Então a vida dos zerados é quase como imagina. Provavelmente não deve ser tão bom quanto está visualizando, mas melhor do que ser um T3 e viver com a falta da própria liberdade ou ser um T1 ou T2 e sofrer com a desigualdade social impregnada no mundo desde que os Tiers foram estabelecidos.
Beomgyu vai fazer a diferença. Ele tem uma informação valiosa, e vai ser o primeiro a testa-la na prática e a trazer a possibilidade de viver sem os poderes para todos que acham aquilo injusto.
— Soobin - ele exclama alto depois de encarar o papel em suas mãos por cinco minutos sem nem respirar. O guardião também absorto em seus pensamentos volta para a realidade em um piscar de olho e começa a prestar atenção atentamente no que Beomgyu tem a dizer.
— Oi?
— O que você sabe sobre zerar alguém?
— Bem... Recebemos alguns treinamentos sobre isso nas aulas para ser um guardião.