- Phantom!! - A ansiedade corria pelas minhas veias, e quando não obtive resposta, o desespero tomou conta de mim. Senti as lágrimas começarem a rolar pelo meu rosto. - Phantom! - Chamei por ele mais uma vez, minha voz embargada pelo choro.
De repente, ouvi um barulho vindo do quarto, e Phantom apareceu, a preocupação evidente em seu rosto.
- O que aconteceu? Por que está chorando? - Ele perguntou, se aproximando.
Eu estava confusa.
- Como assim? Você foi sequestrado, eu vi... Eu escolhi você pra viver... - Disse, minha voz tremendo.
Ele parecia genuinamente perplexo.
- Emma, eu nunca saí daqui. O que aconteceu?
Sem conseguir processar tudo o que estava acontecendo, corri até ele e o abracei com força, as lágrimas ainda caindo. Phantom retribuiu o abraço, apertando-me contra seu peito.
- Eu pensei que... Eu achei que... - Gaguejei, tentando encontrar as palavras certas.
- Ei, está tudo bem. Estou aqui, estou bem. - Ele murmurou, acariciando meu cabelo.
O alívio que senti ao ouvir suas palavras foi esmagador. A adrenalina do medo e da confusão começou a diminuir, deixando-me exausta. Senti o calor do corpo dele, o conforto que seu abraço me proporcionava.
- Ele estava me vigiando, Phantom - disse chorando. - Ele sabia sobre você, me fez de boba.
Phantom, sem hesitar, me puxou para a cadeira dele, me colocando em seu colo como sempre fazia. Ele me segurou com firmeza, tentando me acalmar.
- Explica o que aconteceu, Emma. - Ele pediu, a voz calma e reconfortante.
Mas eu não conseguia falar, a angústia era demais. Com as mãos tremendo, peguei o celular e mostrei o vídeo a ele. Phantom assistiu em silêncio, a expressão dele se tornando cada vez mais sombria à medida que o vídeo avançava.
Phantom segurou meu rosto com as mãos, seus olhos fixos nos meus.
- Não era eu aqui, tá bom? Eu tô bem, e o outro cara também. Olha, vou te mostrar.
Ele começou a mexer no computador, acessando as câmeras da delegacia. Na tela, vi Mike conversando com alguns policiais, aparentemente tranquilo e sem nenhum sinal de que algo estivesse errado. A realização me atingiu como um soco no estômago. Tudo aquilo tinha sido apenas um jogo de manipulação, uma tentativa cruel de me enlouquecer e quebrar meu espírito.
- Ele só está tentando nos separar, te enfraquecer - Phantom disse, a voz firme.
Eu fiquei aliviada ao ver que Mike estava vivo, mais lágrimas escorriam pelo meu rosto. Phantom, meio sem jeito, murmurou:
- Eu sei que não é a hora mais certa, mas... se quiser, podemos esquecer o que eu disse antes...
Voltei a olhar para ele, percebendo a vulnerabilidade em seus olhos.
- Pra gente poder trabalhar sem nenhuma preocupação... - ele continuou, com a voz hesitante.
Mas eu não queria esquecer. A escolha que eu fizera, por causa dele, por causa do que ele dissera, ainda ecoava em minha mente. Eu precisava dele, não só como aliado, mas como algo mais. O que ele dissera, o que eu sentia, tudo isso era verdadeiro.
- Me beija - pedi, a voz baixa, mas firme.
Phantom olhou para mim, surpreso por um momento, antes de me puxar para mais perto. Seus lábios encontraram os meus com uma intensidade que fez meu coração disparar.
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A sombra do caçador - Dark romance
RomanceEmma, uma investigadora particular altamente qualificada, está determinada a capturar um astuto e sádico assassino em série que tem aterrorizado a cidade. À medida que Emma se aproxima cada vez mais de descobrir a verdadeira identidade do assassino...