XXXV

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Medusa

eu: Solta ele, Simone! Isso não vai trazer de volta o que você perdeu

Simone:  Ah, mas eu não quero trazer de volta nada. Quero ver você sofrer igual eu sofri! Você não sabe o que é perder alguém que ama!

Ela começou a tocar flauta e as cobras começaram a se movimentar mais agressivamente. Eu sabia que precisava manter a calma e pensar rápido. Ela usava a flauta para controlar as cobras ja eu usava outro método o olhar e os movimentos do corpo. Mas como estava presa só podia usar o olhar. 

Fumaça:você acha que suas cobras vão me assustar? Eu sou Fumaça, e já passei por coisas piores do que isso!

A provocação parecia ter funcionado. Uma sombra de dúvida se formou no olhar de Simone, como se as palavras estivessem gerando fissuras em sua determinação.

Terror: Precisamos terminar isso, Simone. Não vamos dar-lhe a chance de se reerguer.

Simone olhou para o Terror, indecisa, mas a raiva e o desejo de vingança queimavam mais forte.

Simone: Vingança é tudo o que me resta agora! Você não entende o que aconteceu comigo. 

Fumaça: Você pode estar se enterrando em dor, mas isso não traz de volta quem você perdeu. E você ainda pode fazer algo a respeito!

A flauta parou por um momento e as cobras hesitaram, como se sentissem a dúvida de sua mestra.

Terror: Simone, por que você insiste em olhar para o passado? Ele já se foi. É hora de seguir em frente, libere essas cobras 

Aproveitei o momento de dúvida e comecei a tentar soltar me, mas não consegui, então desisti e comecei a encantar as cobras que estavam mais calmas elas foram-se soltando-se da Simone. 

O Fumaça repara no que eu estou a tentar fazer e vai buscar forças de algum lugar e solta-se vai para cima do Terror e a Simone fica em choque a tentar perceber o que se estava a passar começa a tocar novamente flauta mas desta vez as cobras nao reagem da forma que ela estava a espera. Porque agora era eu que estava no controle.

Simone: o que esta acontecer? 

eu: agora sou eu que estou no comando, passei anos a praticar e nao preciso de nenhuma flauta idiota para controlar as cobras.

Simone: como é que é possível

Eu: É simples, Simone. Enquanto você se deixou levar pela dor, eu aprendi a transformar a minha. As cobras não são suas, elas são apenas um reflexo do que você sente. Eu entendo-as, e agora eu as guio.

As cobras, antes agressivas, agora se reagrupavam ao meu redor, obedecendo ao meu olhar e à minha vontade

O Fumaça ja tinha imobilizado o Terror, a Simone quando se depara com aquela situação entra em desespero e solta a flauta e tira das costas uma arma.

Fumaça: solta isso

Simone: nem pensar 

Com um movimento firme, eu direcionei um olhar intenso para as cobras. Elas começaram a se mover lentamente em direção a Simone, como se tentassem confortá-la.

Simone: O que você está fazendo?

eu: a salvar o amor da minha vida 

Quando falo isto o meu pai e mais vapores entram no galpao armados mas ja era tarde demais as cobras ja estavam em cima da Simone.

O fumaça corre ate mim

Fumaça: vem ca- puxa-me para um abraço

eu: desculpa

Fumaça: nao tens que pedir desculpa Medusa

Muralha:vamos sair daqui

Foi de mota com o Fumaça apesar de sentir-me tonta passei fome nos dias que estive no galpao. 

Fomos em direção ao vidigal e durante o caminho foi fazendo carinho na barriga do Fumaça que se ria com cócegas. 






Historia de Fumaça e MedusaOnde histórias criam vida. Descubra agora