Amélia
Quente e fria.
Deus! O que estou fazendo. Eu não posso ficar tão à vontade com ele, é meu tio e estamos sozinhos nessa enorme casa!
Deitei na cama soltando uma sonora gargalhada.
Simplesmente amo sentir excitação, me queimar nas sensações perigosas que elas proporcionam. Sinto-me mais absolutamente encantada pela gentileza dele. Analisando-o de perto, ele é um homem bonito, atraente apesar de seus quarenta anos. E, a lembrança de meu beijo roubado incendeia-me com desejo de repetir. Eu não posso dar na telha com um comportamento assanhado na frente dos meus pais referente a ele, mas agora estamos reclusos, longe dos olhos curiosos, exceto os empregados.
Não quero me concentrar na imagem dele, nem em sua voz e suas íris azuis acinzentadas. Quando estamos conversando, seu perfume gostoso me preenche de uma carga lasciva excitando meus sentidos. Imagino suas mãos sobre meu corpo, sua barba rala na minha pele e entregando minha virgindade para ele. Oh céus, isso é demais. Acalme-se, garota, entenda, é seu tio. Tio!
Tentando fugir desses pensamentos pecaminosos, meus olhos pairam na visão do quarto de quando meu pai era jovem. A suíte tem cheiro de coisas velhas.
Há uma cama de solteiro, caixas com coisas guardadas, uma escrivaninha com livros e poucos quadros na parede revestida de tecido com super heróis. O tapete brocado gasto, e as cortinas que parecem novas em tom suave, deixam o espaço mais acolhedor. Está limpo e em ordem apesar de não ter muitas cores alegres.
Ele não me avisou onde estão as roupas de cama, mas a encontrei no armário. Notei seu olhar desviando de mim ao falarmos e seus gestos estão frios, diferentes da primeira vez quando meu salvou. Também pudera temos um parentesco e a surpresa, deve tê-lo deixado preocupado. Mas...eu acho que ele está mentindo. Deve ter sentido meus lábios em sua boca e pensado coisas sujas, talvez mais que eu. Eu adoraria saber!
De tanto pensar e cansada da viagem, adormeci como se tivesse batido a cabeça. Abrindo as pálpebras ouço ruído dos passarinhos pelo jardim. É de manhã, não sei que horas são e virando na cama sobre o criado mudo, o celular mostra 9am.
Não sei ainda o que há para fazer por aqui hoje, ao perceber os raios de Sol. Talvez, explorar lugares com meu tio através de um passeio de carro seja a melhor aposta. Levantando da cama, vou rapidamente encontrar algo apropriado para passear. Visto uma saia longa, vermelha acima do joelho, com tênis e uma t-shirt preta, deixando uma parte do meu abdômen em forma. Estou feliz com o resultado dos exercícios.
Depois de fazer minha higiene oral, deixo o quarto descendo as escadas quase correndo. Ao chegar nos últimos degraus a voz grossa dele me causa um arrepio ao me repreender:
— Devagar, ou pode sofrer uma queda.
Eu separo os lábios com um sorriso fofo, calmamente pisando os degraus, sem desviar os olhos dele. William está com o celular no ouvido, e volta para andar em outra direção. Ele não parece estar com seu humor dos melhores. Guardando o telefone no bolso, olha para mim.
— Edith já serviu o café da manhã. — Ele disse indo até a janela.
Não posso negar, estou faminta e rapidamente fui fazer a refeição. Ele pegou o celular de novo mostrando-se concentrado com a mesma fisionomia endurecida permanecendo na sala. Terminei o café e fui até ele.
— Hoje é um dia ótimo para tomar um banho de piscina. Acho que é exatamente isso que vou fazer. Eu nado como um peixe! — Me empolgo toda feliz, esperando por alguma reação dele, e tive.
— Eu sei que esta é uma pergunta estúpida, mas você se importaria de nadar com um maiô que cubra mais o seu corpo? — Ele pergunta educadamente com o celular na mão, mas há um tom frio em suas palavras.
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Proibida para o Magnata/ Degustação Amazon
RomanceApós retornar de uma viagem, o magnata William Patterdale acaba sendo o verdadeiro anjo ao ajudar uma garota com problemas na noite democrática e diversificada de Londres. Em agradecimento, ela rouba-lhe um beijo. Um beijo, fora o suficiente para de...