It's up to you

Five

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Pela primeira vez na minha vida, minha mente parou alguns segundos, enquanto beijava Louis e era beijado por ele, eu estava ali cem por cento entregue, aproveitando ao máximo o toque suave que fazia nos seus cabelos lisos, tocando a sua nuca quente por baixo da gola de pelo da jaqueta jeans.

As mãos de Louis exploravam a minha cintura de uma maneira que nunca ninguém foi capaz, tocando com gentileza ao mesmo tempo que me puxava para mais perto do seu corpo, como se pudéssemos ser um só. Não briguei nem um pouco por dominância no beijo, me rendi no instante em que a sua língua quente e úmida encontrou a minha, entrelaçando uma na outra. O beijo era lento, não queria que aquilo terminasse, não queria me ver livre dos braços de Louis, não queria que toda aquela atmosfera se fosse com o vento.

Louis sorriu entre o beijo, me dando selinhos por todo o rosto, seus olhos azuis brilhavam, tão perto, pude observar a mancha verde que tem em um deles, são absurdamente bonitos.

— Pode começar por isso — Louis morde o meu lábio inferior puxando-o com os dentes. Selando nossos lábios mais uma vez com certa delicadeza.

Foi estranho ver e sentir que uma pessoa realmente se preocupa comigo, no momento que Louis estava falando, disse apenas verdades, verdades que eu tento tanto ignorar e esconder, aquela máscara que visto ao sair de casa todos os dias, sendo arrancada do meu rosto, caída no chão, sem nenhuma serventia, pois Louis Tomlinson, o meu até então inimigo número um, foi quem me enxergou, quem viu a verdadeira face de Harry Styles, que tenta a todo custo manter uma boa aparência e ser aceito pelos demais, sendo que não vale de nada ser aceito por muitos quando eu mesmo não me aceito.

Beijei Louis porque era algo que queria fazer, difícil pensar quando essa vontade apareceu, e neste momento, com o rosto dele tão próximo do meu, deixo para fazer essa busca mais tarde, decidindo agora ser aquele que está ali, recebendo esses carinhos desconhecidos por mim.

— Cala a boca — respondo, abrindo um sorriso largo, marcando as covinhas do meu rosto. O beijando mais uma vez, mostrando que essa atitude era de fato a minha vontade, que este quem estava na ponte de Brooklyn, era o verdadeiro Harry.

Meu corpo é empurrado para a mureta, minhas pernas ficam entre as suas, causando uma fricção extremamente gostosa, deixando os nossos corpos atingirem uma temperatura alta, na qual eu só queria me queimar, mais e mais em todo esse fogo que Louis fez nascer de uma faísca.

Sua boca desce pelo meu pescoço, um gemido sai da minha garganta, instantaneamente me sinto um pouco envergonhado, tamanha a entrega que estou demonstrando aos seus toques, toques que não me incomodam, toques que me agradam, toques que não quero me ver livre tão cedo. É quando seus lábios chupam uma parte da minha pele logo atrás da orelha, que outro gemido sai de minha boca, o que parece dar mais estímulo para ele, sugar a pele sem se importar nenhum pouco se deixará uma marca vermelha. Suas mãos descem pela barra da minha camisa, e encontram a minha pele quente, arrepiando conforme seus dedos apertam a carne.

Na tentativa de ter mais daquilo, seguro com força a sua cabeça no meu pescoço, mostrando como estou apreciando, ele mexe o seu quadril, e posso sentir a sua ereção formada, tocando diretamente na minha, estamos completamente excitados, puxo os seus cabelos em busca de mais alívio, e meu corpo corresponde aos seus movimentos.

Já fiquei com outros caras na minha vida, mas isso é completamente diferente, me pergunto se é por ser Louis, o cara com quem implica comigo, que me provoca a todo instante, que provoca algo dentro de mim que nem sabia que era capaz de sentir, ele provoca esse fogo, esse desejo, esse desespero por querer mais.

Louis se dá por satisfeito, tocando no local que chupou em meu pescoço, rindo da sua arte feita em minha pele, buscando os meus lábios apenas para selar, sem aprofundar.