Oioi, estamos passando por dias muito difíceis, saibam que meu coração está com cada um de vocês. Fiquei me questionando se deveria ou não publicar capítulo novo, mas recebi feedbacks de que a leitura está ajudando a distrair. Portanto, aqui vai.
Fiquem bem, converse com amigos, estou aqui se precisarem!Boa leitura, votem e comentem por favor 🗽
Ter passado um final de semana inteiro na companhia de Louis foi de longe uma das experiências mais vívidas. Consegui viver esses dias de uma maneira leve apesar de ter conversas difíceis e sentimentos ainda inexplicáveis, estar em sua companhia me deixa à vontade a ponto de não limitar palavras e nem pensar muito nas consequências antes de agir.
Viver sem ter um roteiro a seguir, sem moldar cada comportamento, cada expressão e diálogo, é um tanto quanto novo e me arrisco a dizer que é excitante. De uma maneira que me vejo ansioso para trazer mais desse Harry, ver o que mais tenho dentro de mim que pode ser expressado e sentido.
A decisão de finalmente entender que posso lutar contra meus traumas e cravar uma batalha — longa — contra meus pais, é de uma coragem que nem mesmo sabia que podia existir dentro de mim e me sinto extremamente orgulhoso comigo mesmo por ter tomado ela.
É com esse sentimento que dormi após assistir o nascer do sol, queria que o domingo não tivesse chegado e pudéssemos nos perder mais um no outro. Só que a realidade bate na nossa porta e temos que enfrentá-la, somente assim irei poder viver uma vida com leveza por mais dias seguidos do que somente alguns do final de semana.
O som do celular vibrando de Louis foi que nos despertou, a chamada de sua mãe confirmando a sua presença no almoço tradicional da família Tomlinson aos domingos. Sorrio enquanto ele conversa com ela, a forma como trata Johannah e o carinho em sua voz me faz pensar em como um relacionamento saudável com a família deve ser.
Empurro para longe a dor de não ter pessoas que fazem questão da minha presença para uma refeição, que não desejam saber o que se passa em minha vida e não sentem vontade de compartilhar as suas próprias, sem envolver negócios e dinheiro.
Fico extremamente feliz por Louis ter isso, e principalmente por ver de perto um pouco dessa relação que parece ser tão boa. Nós nos apressamos em nos vestir, pegamos um café em um trailer na esquina e Marcus nos levou de volta para Manhattan.
Admiro os funcionários que trabalham para as famílias do Upper East Side, não deve ser um trabalho fácil, lidar com os egos inflados e todo o poder que cada um tem diante a um mercado enorme. Admiro ainda mais a discrição que passam a ter, Marcus obviamente não faz nenhum comentário sobre nós estarmos juntos, mas conversamos um pouco sobre a sua família e a realidade de uma pessoa que está bem longe do nosso patamar financeiro. Como ele aproveita as suas folgas com os filhos e conseguem ter momentos maravilhosos juntos.
Fato de que a minha posição é privilegiada em termos de condições de vida, nunca me faltou dinheiro, nunca me faltou uma cama quente para dormir em uma noite de inverno congelante na qual cai neve pelas ruas que ficam tomadas pelo gelo. Entretanto, o que me faltou é algo que dinheiro nenhum no mundo é capaz de comprar.
Muitas vezes me pego afundando em culpa por chorar e me sentir triste e vazio, com tantas pessoas por aí, passando fome, frio ou sofrendo por alguma doença incurável, sem saber como irão pagar a conta do tratamento. Um país tão desenvolvido como os Estados Unidos, ter um sistema de saúde tão injusto.
Com essa culpa que não me sinto à vontade em compartilhar as minhas dores e sentimentos com outras pessoas, parecem ser tão pequenas quando coloco na balança, contudo tão intensas e fortes conforme as sinto diariamente. Tenho medo do julgamento do outro, de achar que estou residindo em uma bolha de coitado, não quero pena.
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It's up to you
FanfictionEm meio aos arranha-céus reluzentes e festas da alta sociedade de Manhattan, dois jovens herdeiros de impérios rivais em empresas de comunicação e publicidade, vivem vidas de riqueza e privilégios. Acostumados a ter tudo o que o dinheiro pode compra...