Capítulo 2

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Narrador | Point of view

Essa manhã em particular, nasceu com uma pontada de ansiedade para Kara Danvers, como muitos conhecem apenas como — Supergirl.

Finalmente seus maiores objetivos foram alcançados. Nos últimos meses, Kara ganhou reconhecimento tanto como Supergirl, como Kara Danvers, agora nomeada a mais nova repórter da CatCo Worldwide Media.

Eu estou muito orgulhosa de mim mesma!

Ela se elogiou internamente, transparecendo a imensa satisfação em acordar mais cedo que o normal, sentindo o sol invadir seu quarto, atravessando as finas cortinas, anunciando um novo dia em National City, repleto de novos desafios e emocionantes histórias para seu impecável currículo.

Em um único pulo, Kara levantou e seguiu pro banho, iniciando sua rotina de trabalho. A noite passada foi animada, com companhias adoráveis, como Alex e Winn, sua irmã e melhor amigo. Cinco caixas de pizzas foram devoradas em menos de quinze minutos.

Alex costuma dizer que eu como mais rápido do que trabalho. Um completo absurdo!

Bom… ela não está tão errada assim, já que Kara tem uma fome insaciável.

A noite alegre em comemoração a promoção de Kara por nada mais e nada menos que, Cat Grant, a rainha da mídia, se estendeu pela madrugada, onde Kara não conseguiu dormir mais de duas horas seguidas, confinada em sua ansiedade pelo amanhecer, e por suas novas experiências como repórter. Ela se viu levantar inúmeras vezes durante a noite, caminhando involuntariamente até a geladeira e se servindo de sorvete, deixando a substância pastosa e gelada descer por sua garganta, enquanto pensava em sua nova realidade.

Digamos que… todos os processos têm seus troféus. Kara se viu incrivelmente feliz quando conseguiu uma vaga de simples assistente de Cat, e quando se tornou a Supergirl, suas satisfações pessoais só aumentaram, e agora que ela finalmente alcançou seu verdadeiro objetivo como pessoa, sentia-se completa e realizada profissionalmente, guardando em seu peito, a imensa felicidade da notícia recebida na sexta-feira, e agora, a segunda parecia ter um novo astral, perfeita para novos artigos e proficiência profissional.

Sendo assim, Kara tomou seu café da manhã e seguiu para CatCo, sem se importar com o horário, a ansiedade lhe deixou completamente aérea sobre esse detalhe, fazendo com ela se surpreendesse ao adentrar o edifício vazio, após cumprimentar educadamente o porteiro. O som de seus saltos apressados ecoavam pelas paredes entre salas superficialmente escuras e cheias de computadores desligados.

É… parece que eu vou inaugurar minha nova carreira em grande estilo.

Pensou Kara, enquanto caminhava até sua mesa, tendo como guia, a luz fraca da única sala que se destacava — a sala de Cat Grant.

Cuidadosamente, Kara deixou a bolsa sobre a mesa, observando em volta, mas o lugar parecia vazio e quieto, tornando facilmente possível ouvir sua própria respiração, mas isso rapidamente mudou quando ela tentou se acomodar em sua cadeira, sutilmente distraída e longe dos detalhes que ela facilmente poderia ouvir, e o som dos saltos conhecidos por sua audição sensível, preencherem o espaço.

— Caiu da cama, Kiera? — Cat Grant se aproximava, vindo da direção do banheiro com um sorriso travesso nos lábios, sempre com sua elegância e aparência impecáveis.

Com um leve sorriso, Kara virou-se para ela, ignorando a forma que Cat pronunciava seu nome, sabendo que a mesma fazia isso apenas para implicar. — Ah... Bom dia, srta. Grant! — disse, ajeitando o óculos desnecessariamente. — E não, eu não caí da cama — completou, fazendo Cat rir. — Eu só estava ansiosa demais para permanecer nela.

— Eu sei como é — por fim, Cat parou os passos, ficando em frente a Kara. — Você simplesmente sente a adrenalina percorrer seu corpo, e esquece que o sono existe.

— Exatamente! — disse Kara, organizando seus pertences de trabalho.

Um silêncio se formou, e Cat observou Kara com certo fascínio nos olhos. Kara sempre foi sua preferida, mesmo que não demonstrasse isso com muita frequência, pois apesar de ser uma mulher justa, Cat também é muito profissional, e sabe que favoritismo em público, pode prejudicar tanto ela, quanto Kara.

Ao ouvir a loirinha pigarrear, Cat saiu de seus pensamentos, olhando fixamente nos olhos azuis a sua frente. — Levante-se, Kara. Você tem uma sala agora.

— Uma sala? — com os olhos levemente arregalados, Kara perguntou surpresa. — É sério?

— Claro que é — Cat riu da expressão exagerada de Kara. — Eu nunca deixaria a minha repórter em uma simples mesa. Você não é mais uma assiste.

— Uau! isso foi… incrível!

— O mínimo. Você quis dizer, não é? — Cat perguntou, cruzando os braços.

— Ah… sim, quero dizer… não!

— Não?

— Não. Eu não me importaria em permanecer nesta mesa — Kara tocou o móvel com carinho. — Eu acredito que, um trabalho bem feito, pode ser realizado de um ambiente simples, desde que exista boa vontade, dedicação e persistência.

— Sabe, Kara — Cat se aproximou, tocando delicadamente na gola da blusa da loirinha. — Essa é uma das qualidades que eu mais gosto em você! — voltou os olhos para o rosto de Kara. — Você sempre consegue me surpreender com sua simplicidade. É algo fascinante, e que me prova o quanto você realmente merece esse cargo.

— Você me elogiando? Eu ouvi bem? — Kara brincou.

— Às vezes você merece — completou Cat, entrando na brincadeira.

— Obrigada, Srta. Grant! — Kara agradeceu com um sorriso tímido.

— Você pode me chamar apenas de Cat quando estivermos sozinhas, tudo bem?

— Claro! — Kara sorriu novamente. — Bom… então eu vou me instalar em minha nova sala — concluiu, olhando em volta.

— Faça isso, e quando terminar, me traga um café — Cat piscou, se afastando. — Ou a minha nova repórter estaria ocupada demais para me servir com os antigos hábitos? — disse de costas, visivelmente implicando.

— Eu jamais negaria algo a você, Cat! — Kara disse em tom orgulhoso e admirável, mostrando seu imenso respeito por sua chefe e amiga.

— Gostei disso! — Cat respondeu com o mesmo tom brincalhão, mas com um pouco mais de emoção, fazendo um pequeno gesto com a mão.

Sorrindo bobamente para a mulher que caminhava até o escritório no centro do grande salão, Kara pegou seus pertences e seguiu seu caminho, instalou-se e logo se dedicou a realizar o pedido de sua chefe.

Agora, o prédio já estava começando a ficar agitado, com jornalistas correndo de um lado para o outro, conversas animadas e o som constante de teclados sendo pressionados. No centro, Cat estava distraída em meio aos papeis em sua mesa, sentada elegantemente com as pernas cruzadas.

No meio dessa agitação, Kara Danvers se destacava, agora, não mais como a assistente pessoal de Cat Grant, mas como uma repórter recém-promovida.

Kara adentrou a sala da chefe com um misto de nervosismo e entusiasmo. Sua promoção era um reconhecimento de seu talento e dedicação, mas também uma responsabilidade que ela sabia que precisava honrar.

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