Capítulo 8

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Palavras do (a) autor (a):

Sim... eu sei que demorei pra voltar, mas estava em uma viagem. Na verdade... ainda estou, mas consegui um tempinho para atualizar.

Boa leitura...

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Narrador | Point of view

O dia podia estar um pouco quente, mas Cat sentia as mãos geladas, e o caminho até sua sala parecia mais longo que o normal. Ela olhou em volta, mas não havia nenhum sinal de Kara, mesmo que ela já soubesse disso ao ver sua vaga na garagem completamente vazia.

Eu não devia ter beijado a minha repórter. Não devia! Cat caminhava de cabeça baixa até seu escritório, ignorando a sensação de conflito em seu peito, onde os lábios de Kara ganhavam todas as batalhas.

Os minutos se transformaram em horas, e a CEO se pegou observando cada movimento, à procura de sua loirinha, mas ela teimava em não comparecer, e isso estava gerando uma onda de frustração em Cat Grant, quando finalmente, a repórter surgiu apressada nos corredores da CatCo. Cada passo, uma nova batida tamborilava nos corações de ambas.

Kara sorriu levemente ao adentrar a sala da chefe, ajeitando os óculos e esfregando as mãos na saia justa. — Bom dia, Srta. Grant. Me desculpe pelo atraso, eu tive um imprevisto, e… bem, você sabe como é! — a loira tagarelou, caminhando até a mesa, mas tudo que Cat se atentou, foi em como Kara estava linda, e de como gostaria de elogiá-la nesse momento, querendo tocar o tecido tingido de vermelho e preto das mangas longas da blusa de sua jovem repórter.

A CEO sustentou o olhar de Kara, pigarreando logo em seguida. — Você sabe que eu entendo os seus sumissos, mas devo admitir que eles me intrigam.

— Ah… e-eu agradeço pela sua compreensão, Srta. Grant.

— Por favor, Kiera. Por que tanta formalidade? Eu já disse que pra você, eu sou apenas... Cat.

— Apenas Cat… — Kara repetiu suavemente, enquanto tentava disfarçar o nervosismo que lhe subia à garganta. Ela sentiu a tensão no ar, densa e palpável, como se uma força invisível a puxasse na direção da chefe.

Cat, por sua vez, sustentava o olhar com uma intensidade que fez Kara se sentir exposta, como se os óculos e a fachada de timidez que usava não fossem o bastante para esconder a verdadeira face de seus pensamentos turbulentos.

A CEO pigarreou, lembrando de algo, na verdade, de um pedido para ser mais específica. — Kara… hoje pela manhã, Lena Luthor me notificou, pedindo o seu contato — iniciou, vendo a repórter franzir o cenho com a informação. — Parece que ela gostou de você. Eu devo atender ao pedido da poderosa Luthor?

— Bom… e-eu acho que sim, quero dizer… sim. Não vejo problemas em ela querer meu telefone pessoal.

— Okay! — Cat sorriu, mesmo que esse ato não fosse seu mais sincero desejo no momento.

— Então eu vou indo… trabalhar — Kara sorriu de volta, ajeitando os óculos. — Tenho muitos artigos para revisar.

— Espere! — Cat chamou, levantando abruptamente ao ver a repórter se virar para seguir até a porta. — Sobre… — ela uniu as mãos, como se isso pudesse acalmar seu coração. — Sobre ontem à noite… — continuou, inclinando-se levemente para frente, o tom de sua voz tão controlado, mas as palavras carregavam uma sutil inquietação. — Eu espero não ter… ultrapassado nenhum limite. Quero me desculpar mais uma vez se te deixei desconfortável.

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