"POR FAVOR...."

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LONDRES,

— Não acredito que você está aqui! — diz Eve, furiosa. — Por que não me deixa em paz?! NÃO QUERO VER VOCÊ!

— Dá pra falar baixo? — responde Villanelle, diz com voz arrastada. — NOSSA, EVE! — Villanelle diz, andando em direção a Eve, tropeçando e caindo de joelhos. — MERDA!

Ao notar que Villanelle está fora de si, Eve, mesmo com todo o remorso, a ajuda a levantar.

— Venha, não posso te deixar aqui. — Eve diz, puxando-a pelo braço em direção à sua casa.

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Chegando em casa, Eve coloca Villanelle sentada no sofá da sala.

— O que você estava fazendo na rua a essa hora e nesse estado, Villanelle? — pergunta, tentando disfarçar a preocupação.

— Hã? Eve, shiu! Minha cabeça tá a ponto de explodir! — responde Villanelle, colocando a mão na testa.

Eve bufa, estressada. — Era só o que me faltava!

— Villanelle, vê só, eu não estou afim de te suportar nesse momento! Principalmente estando totalmente bêbada. Então, por favor, apenas melhore e vá embora!

Villanelle não presta atenção em nada do que Eve fala, apenas olha para seus cabelos ondulados.

— Eve... você tem um... um... cheiro tão... bom! — diz arrastada.

— Não posso dizer o mesmo sobre você, está podre! — responde Eve, enojada.

— Hmm, você é ignorante mesmo, né... — diz Villanelle, se deitando no sofá.

Como Eve não conseguiu ir até o mercado,ela pede comida pelo delivery,Villanelle acaba pegando no sono.

Após finalizar o pedido, Eve fixa seu olhar em Villanelle, que, mesmo dormindo, nunca parece estar relaxada. Seus cabelos dourados brilhavam com a luz do sol que amanhecia e passava pela fresta das janelas.

Se aproximando de Villanelle, Eve se agacha ao seu lado e acaricia seus cabelos loiros. Ao sentir o toque, Villanelle abre lentamente os olhos.

— Eve... — diz Villanelle, sonolenta e ainda alterada.

Eve não diz nada, apenas espera pela próxima fala.

— Eve? — Villanelle aumenta o tom de voz.

— Oi, Villanelle! — diz Eve, parando de acariciar seus cabelos.

— Me perdoa? — Villanelle faz uma cara de cachorro pidão.

— ...Claro que não! Não sinto sinceridade em suas palavras! — responde Eve, se levantando e falando aos gritos.

Villanelle se levanta e segura os braços de Eve, olhando diretamente em seus olhos.

— Por favor, Eve! Eu posso sumir da sua vida, mas preciso saber que você me perdoou!

Eve desvia o olhar; ela sabe que não consegue viver longe de Villanelle. Querendo ou não, era um sentimento que nunca iria desaparecer.

— Por favor... — Villanelle segura o queixo de Eve, obrigando-a a olhar em seus olhos.

— Podemos conversar sobre isso depois, ok? — diz Eve, olhando para baixo. — Apenas quando você estiver cheirando bem e sóbria.

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