14 - O QUE PODERÍAMOS TER SIDO

101 13 11
                                    


N/A

Olá, queridas leitoras.

Como vocês podem ver, tivemos muitas modificações no texto original. Ontem já fiz uma postagem, mas hoje é oficialmente um capítulo inédito para vocês.

Quero pedir que não deixem de compartilhar suas impressões do capítulo e expectativas para a história. Nós escrevemos porque esperamos que tenha alguém para ler e eu gosto muito de saber os palpites de vocês.

--

— Você gostaria de leite no chá?

— Não, obrigado.

William ficou um pouco perplexo ao se dar conta que seus devaneios tinham o levado para um lugar em que ele se imaginava levantando da mesa e beijando Molly. 

Não ajudava nem um pouco que ela estivesse sendo... Molly. Afetuosa, gentil, carismática e simplesmente única. 

De frente para o outro, eles bebericaram o chá. William tomando o cuidado de não demonstrar seu nervosismo e nem olhar tempo demais para os lábios dela - eles sempre tinham sido assim? Vermelhos e macios?

— Recebi um e-mail do arquiteto que contratei informando que o projeto daria sequência ao projeto. — Molly comentou.

— Oh... — William abaixou os olhos e fez uma careta. — Aquilo era um assalto. Ele estava tirando vantagem de você.

— Vantagem de mim?

— Sim. Ele provavelmente percebeu que você não entende muito do assunto e cobrou um valor extravagante. — William disse firme. — Vou cuidar disso também.

— William... — Molly começou cuidadosamente. — Agosto está acabando e em breve suas atividades exigirão mais de você. Você tem compromissos em Londres. 

— A casa também é minha, certo? Então devo contribuir de alguma forma. — William explicou. — Deixe-me cuidar disso, Molly.

— Okay. — ela suspirou, dando de ombros. — A minha ideia era reformar e transformar num lugarzinho para mim e Mike.

— Por que você não vai para a casa de Londres? — William quis saber.

— James...

— James sabe se cuidar. — William falou. — Este é um empreendimento, é o trabalho dele, é o que o mantém aqui. Além disso, a criação de cavalos, produção de mel, são todas coisas que solicitam a atenção e a presença dele. Você não tem que ficar aqui.

Molly encolheu os ombros. Ela se sentia culpada de voltar para a Inglaterra, mas não viver em Tetbury. Ela sempre pensava que James poderia precisar do apoio dela e foi exatamente o que confidenciou a William.

— Não o deixe saber que você está preocupada com o bem-estar dele. Ele se sentirá profundamente ofendido. — William declarou, rindo levemente. — James acha que tem controle de tudo. Precisamos deixá-lo continuar pensando que sim. 

— Quanto machismo...

William declarou que homens precisam ser homens, mas não se aprofundou naquilo. 

— Bem, deixarei você ser homem e providenciar uma equipe de reparos para o sobrado. — Molly suspirou. — Apesar que eu acho que a equipe que contratei era sim muito boa.

— Eles são indecentes. Isso sim. — William resmungou. — Não se preocupe. Vou cuidar disso... 

— Sobre a casa em Londres, ela está alugada há um tempo com alguns conhecidos da família. —  Molly o contou. — Estava pensando em vendê-la para a família que vive nela. Eles fizeram uma oferta para a mamãe há um tempo.

Águas PassadasOnde histórias criam vida. Descubra agora