Águas Passadas

15 - HOMENS BONS

Olá, minhas queridas leitoras <3

Fico tão feliz com os retornos que vocês têm passado. Obrigada pelo carinho e por acompanharem até aqui.

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Na última semana de agosto, Molly e Mike receberam uma visita inesperada.

— Pai! — Mike gritou e correu na direção do homem alto, bronzeado e de cabelos loiros que o recebeu de braços abertos.

Usando óculos escuros e recebendo o menino nos braços, Patrick Kennedy-Adams chegava a Tetbury com uma mochila sobre as costas e usando um boné do New York Yankees.

Do batente da pousada, Molly assistia à cena do pai do seu filho enquanto ele jogava o menino magricela sobre os ombros. Ao seu lado, James tentava esconder o ressentimento pela visita do homem de quem ele pouco gostava.

— Seja simpático. — Molly sussurrou.

Em resposta, James apenas gesticulou uma auréola ao redor da própria cabeça. Molly prendeu o riso.

— Ei, Molly. — Patch disse a beijando nas bochechas.

— Ei, Patch. Obrigada por vir.

— Obrigado por me receber. Sei que foi de última hora, mas estava com saudades do meu garoto. — Patch disse com uma mão sobre o ombro de Mike que agora estava de pé ao lado dele. — Ei, cara. Como você está? Obrigado por me receber e lamento sua perda.

Patch ofereceu a mão a James que, educadamente, apertou.

— Obrigado. — foi tudo o que James disse.

Mike estava exuberante com a visita inesperada do pai. Molly tinha decidido guardar segredo até o último minuto, porque a vida de Patch era cheia de imprevistos e ela odiaria criar uma expectativa no filho para que ele fosse desapontado logo em seguida.

— Papai, temos tantas coisas legais para fazer aqui. O senhor gosta de andar a cavalo? Será que podemos, Jimmy? Se os cavalos não forem uma boa ideia, podemos nadar no lago e podemos também...

— Calma, Mike. — Patch disse rindo. — Estou aqui por uma semana. Vamos fazer um pouco de tudo, okay?

Radiante, Mike perguntou a James em qual quarto seu pai ficaria. Desde que eles voltaram da temporada na propriedade dos Meade, James e Mike estavam unha e carne e Mike tinha decidido que aprenderia com o padrinho a administrar a propriedade, apenas no caso de que ele precisasse de uma folga.

A tarefa diária de Mike ali era auxiliar nos check-ins, então ele precisava estar vestido e arrumado às 9h para levar os hóspedes aos seus respectivos quartos e ajudá-los com as malas.

Mike ficou um pouco decepcionado quando descobriu que na Inglaterra as pessoas raramente davam gorjetas. Ele adorava quando os turistas eram americanos, porque na maior parte das vezes ele voltava com uma generosa nota de dez libras no bolso.

Molly decidiu supervisionar Mike depois que James o informou o quarto para onde deveria levar as coisas do pai. Ela acompanhou silenciosamente enquanto os dois conversavam entre si.

Patch falhava na maior parte das vezes em ser presente fisicamente, mas ele não economizava as demonstrações de afeto com Mike. Era caloroso, sempre o media quando se encontravam e comparavam o crescimento entre um tempo e outro.

— Este é o seu quarto. O meu e o da mamãe é logo ali... estamos ficando na pousada enquanto nossa nova casa não está pronta. — Mike contou animadamente. — Vamos morar no antigo chalé da vovó.