13 - O JANTAR E O BEIJO

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Olá, queridas leitoras.

Obrigada pelo caminho e apoio prestado até aqui. Quero deixar claro que muito me admira aquelas que ainda têm interesse em concluir a leitura de Águas Passadas rsrsrs vocês merecem um troféu pela paciência.

Devido às inúmeras edições sofridas no texto, a história seguiu um caminho bem diferente do pretendido. Acredito que para conseguirem compreender algumas coisas seja necessário reler os capítulos lançados até aqui.

Obrigada pelo apoio de sempre <3

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Molly se sentou no banco do passageiro ao lado de William, usando um vestido longo de verão e tênis, trazendo consigo a bolsa e como sempre com o celular em mãos. Ela também estava com os óculos de grau.

William colocou a música para tocar no volume baixo para que não fizessem o trajeto em completo silêncio, mas o surpreendendo, foi Molly quem puxou assunto.

— Michael recebeu uma excelente recomendação de um doador importante. — Molly comentou, colocando uma mecha teimosa de cabelo atrás da orelha. — Eles abriram uma exceção e permitiram a matrícula tardia.

Oh, William pensou consigo mesmo.

Ele tinha redigido uma carta anônima, porque sendo Príncipe de Wales ele não poderia fazer uma doação em seu nome ou ter seu nome na relação de membros da Associação de Etonianos.

— Obrigada. — Molly disse e soriru.

— Não fiz nada demais para ser sincero. — disse encolhendo os ombros. — Mike passou na prova e você arcará com as mensalidadesexorbitantes. 

— Mesmo assim. Você disse que tinham tudo sob controle e realmente tinham...

Ele se lembrou então do pedido que tinha feito a Molly para que deixasse os homens cuidarem de alguma coisa e se sentirem úteis.

— Bom saber que você tem tão pouca fé em nós. — William provocou com um sorriso enquanto dirigia.

Molly riu e então disse baixinho 'gosto dessa música' e ela aumentou o volume, deixando a canção de Bryan Adams, Summer of 69', tocar livremente nas caixas de som do carro esportivo de William.

Eles fizeram o restante do trajeto em silêncio, mas dessa vez não era pesado. Era simples e agradável, porque era apenas ele e Molly.

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Foi uma sensação estranha sair do carro e entrar na Highgrove House acompanhado de Molly. Deveria ser um sentimento de familiaridade, mas William estava suando frio em sua camisa de botões.

É claro que Molly foi imediatamente reconhecida por alguns dos serviçais que estavam no plantão da noite. Alguns deles a conheceram como namorada de William, mas a maioria se lembrava dela apenas como a 'filha da Scar'.

Eles até mesmo a beijaram nas bochechas, dizendo o quanto lamentavam sua perda. William ficou perto, sentindo-se um pouco protetor por Molly, não querendo que ela ficasse subitamente triste, mas assim como Molly dizia a todos, ela realmente parecia muito melhor.

— Sim, eu me sinto bem melhor agora. — Molly garantiu a governanta que era uma grande amiga de Scarlett no passado.

Os dois deixaram o hall de entrada, bem como os ambientes de convivência para irem até os aposentos de seu pai.

Molly olhava para todo o local que pouco mudara com um sorriso. Ela comentou sobre 'tudo estar exatamente no mesmo lugar' e William a disse que seu pai, na idade que estava, era um homem que se preocupava pouco em mudar as coisas de lugar.

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