capítulo 2

3 1 1
                                    

3 dias mais tarde

Se passaram 3 dias desde aquele acontecimento, estou atualmente no banheiro com dor de barriga, não entendo o por que mas aquele cara não sai de minha cabeça, me levanto e começo a me preparar para ir à escola novamente - seu idiota! Por que está pensando se vai dar de cara com aquele cara novamente?!?! Seu foco é derrubar o sistema capitalista! - balanço minha cabeça em negação e vou em direção a escola.

Chegando lá olho para todos os lados, cantos e janelas, mas nada dele..me sinto um pouco desapontado, e me sinto como um grande idiota - será que eu sou gay?! Não não..não.. não - penso comigo mesmo e novamente balanço a cabeça em negação, pude ver algumas pessoas me olhando estranho acredito que, pensando se sou esquizofrenico, chegando em minha sala, entro e me sento.

Logo a professora se pôs a falar, eu estava focado e então em um momento ela citou o capitalismo, e questionou:
   -  Alguém aqui é a favor do capitalismo? - questionou olhando em volta, apenas uma pessoa levantou o braço, pois o resto da sala estava defecando em seus sonhos mais profundos, ela então se voltou a pessoa que levantou o braço e questionou - pode nos contar o por que, Jair?

Ele levantou se, e logo percebi, ERA AQUELE MESMO GAROTO DE ANTES, então o nome dele é Jair ?! Não acredito que ele apoia o capitalismo! Isso é um absurdo, fiquei com raiva mas logo comecei a escuta-lo falar:

  -  Eu acho que o capitalismo é bom demais taokey, gente pobre tem que ficar pobre pra sempre mesmo, raça maldita. - ele diz sem um pingo de piedade em seu tom, mas logo sua expressão se torna assustada quando eu me levanto agressivamente e bato em minha mesa com força enquanto digo:

  -    O QUE?! RAÇA MALDITA, É? O COMUNISMO É O UNICO CAMINHO, VOCE ESTA ERRADO, JAIR! - digo aos berros, a professora logo sai correndo e meus olhos se tornam vermelho enquanto olho meu mais novo inimigo em minha frente.

  -  Isso é uma pa-ti-fa-ria - ele diz olhando em meus olhos, aquilo despertou algo em mim, senti meu coração acelerar e acreditando ser raiva, fui pra cima dele.
Trocamos socos e chutes, ele me deu uma rasteira o que me fez ir ao chão, mas agarrei em sua roupa e nos dois fomos ao chão juntos.

Ele ficou por cima de mim, nos encaramos por 5 segundos até o Trump aparecer e puxar o Bolsonaro, Trump o-puxou para um canto para tentar acalmar ele.  Ver aquilo me deu uma sensação ruim, mas ignorei isto e apenas levantei.

Logo tocou o sinal e eu apenas fui pra casa, pude ver Bolsonaro ainda olhando em minha direção então comecei a andar rebolando, por algum motivo.

Dia seguinte.

Era um sábado, acordei 14 horas e me levantei sem pressa, arrumei meus cabelos, e desci as escadas, pensei no que faria hoje, e decidi que iria curtir uma festada, abri o whatsapp e perguntei no meu grupo de amigos se teria algum rolê hoje.  Alguns minutos depois Dilma me respondeu que uma guria la da escola ia dar uma festa hoje as 19 e iria até às 06 da manhã, fiquei animado e comecei a dançar já me adiantando, Temer disse que poderia me buscar e eu concordei.

Resolvi que ia em um restaurante pois estava com preguiça de fazer o almoço, como sou pobre, fui a pé, e, fui ao Mc Donald's.  Chegando lá pedi 6 Big macs e fiquei esperando, fui pegar o pedido - para viadagem - eu disse e logo percebendo meu erro, me corrigi - viagem, hahah - eu disse rindo calorosamente para Obama que estava trabalhando lá para rendas extras, ele não riu, apenas me encarou impassível, eu logo fechei meu sorriso e sai andando.

Quando estava caminhando percebi uma gritaria em um restaurante chique, como sou curioso, me aproximei e vi Michelle, a peguete de Bolsonaro gritando com ele, chamando a atenção de todos, ela dizia:

  - VOCÊ ESTA TENDO UM CASO COM AQUELE TRUMP NAO É?! - enfurecida, pude ver a fumaça saindo de sua cabeça - EU SEMPRE SOUBE, EU ESCUTAVA VOCE E ELE CONVERSANDO E ELE DIZIA "Ai Bolsonaro cum in me Bolsonaro" - ela logo pegou uma taça e jogou em direção à Bolsonaro, que ficou com um corte em seu...lindo rosto, e saiu andando desfilando para fora do restaurante.

Eu que olhava tudo em choque, pude ver Bolsonaro se levantar e vir em minha direção - ESPERA! MINHA DIREÇÃO?! - pensei e não tive tempo de reagir antes dele me puxar para longe daquele lugar, estávamos a certa distância de lá quando ele me colocou contra a parede e ameaçou:

  - se contar para alguém o que você acabou de ver neste restaurante, eu lhe mato - disse enquanto me encarava com uma expressão que eu não pude desvendar.

  - não tenho medo de você. - eu disse enquanto desviava meu olhar para qualquer outro canto, logo ele me soltou como se já tivesse dado o recado.

Ao sentir ele se afastar, logo senti falta de seu aperto em meus pulsos e, não sei por que, mas eu gritei:

  - deixe-me ao menos cuidar deste corte em seu rosto. - eu disse e logo me arrependi.

Ele virou em minha direção e apenas assentiu, fomos em direção à minha casa, a pé pois Michelle botou fogo em seu carro logo apos sair do restaurante.

Continua.

Fim do capítulo 2

o nosso amor atravessa barreiras    | BOLSOLULAOnde histórias criam vida. Descubra agora