Sob a Calmaria

7 4 19
                                    

Liz e Leo chegaram em casa, e Liz imediatamente mostrou o bilhete que recebeu da diretora sobre o psicólogo, indicando o horário e o local da consulta. Leandra, ao ver o bilhete, disse calmamente:

— Vou com você, Liz.

Liz sentiu uma onda de frustração e raiva surgir, e sua voz elevou-se um pouco:

— Por que vocês falaram com a diretora antes de falar comigo? Eu não sou mais uma criança!

Leandra, tentando manter a calma, respondeu com suavidade:

— Liz, nós só queremos o seu bem. Desde que nos mudamos, você tem estado diferente, preocupada... Queremos te ajudar a se adaptar, só isso.

Liz suspirou, percebendo que estava sendo dura demais. Após alguns segundos de silêncio, ela murmurou:

— Eu sei, mãe... Desculpa. Eu vou ao psicólogo, mas da próxima vez, conversem comigo primeiro, por favor.

Leandra assentiu, aliviada que a situação não havia escalado. Após o almoço, eles começaram a se arrumar para a consulta. Liz estava um pouco mais calma, mas ainda sentia uma inquietação interna. Colocou uma roupa simples e confortável, enquanto Leandra pegava sua bolsa e as chaves do carro.

Richard, percebendo que as duas estavam prestes a sair, decidiu que seria uma boa ideia passar um tempo com Leo para distraí-lo.

— Que tal irmos ao centro da cidade, Leo? — sugeriu Richard, tentando soar animado. — Podemos comprar algumas coisas para casa e, quem sabe, tomar um sorvete depois.

Leo, sempre animado com a ideia de sorvete, concordou rapidamente. Assim que Leandra e Liz saíram, Richard e Leo também se prepararam e saíram em direção ao centro da cidade. O dia estava agradável, e o clima na cidade parecia mais acolhedor do que nos últimos dias.

Enquanto Richard comprava alguns itens necessários para a casa, Leo explorava as prateleiras com curiosidade. Depois de finalizarem as compras, Richard manteve sua promessa e levou Leo até uma sorveteria na praça central da cidade. Eles se sentaram em um banco próximo, Leo saboreando seu sorvete com entusiasmo.

Enquanto observava Leo brincar com a colher no sorvete, Richard ouviu uma voz familiar chamando seu nome.

— Richard! — A voz feminina soou doce e melódica.

Richard levantou os olhos e viu Alexandra se aproximando. Ela estava ainda mais bonita do que na primeira vez que se encontraram. Seus cabelos ruivos brilhavam sob a luz do sol, e ela vestia um vestido que realçava suas curvas de forma provocante. Seu sorriso era convidativo, e seus olhos brilhavam com uma intensidade que Richard não pôde ignorar.

— Que coincidência encontrá-lo aqui! — disse Alexandra, com um tom casual, mas seus olhos diziam outra coisa. Ela parou perto de Richard e Leo, seus movimentos graciosos e calculados.

Richard sorriu de volta, tentando manter a compostura.

— Sim, é uma pequena cidade. — Ele respondeu, tentando soar indiferente.

Alexandra inclinou a cabeça levemente, seus olhos fixos em Richard. — Vocês estão se adaptando bem? Essa cidade pode ser bastante... única.

Richard assentiu, sentindo uma leve tensão no ar, mas antes que pudesse responder, Alexandra dirigiu-se a Leo com um sorriso gentil.

— E você, Leo? Está gostando da cidade? — Sua voz era doce, mas havia algo subjacente, algo que Richard não conseguia identificar.

Leo, com a inocência típica de uma criança, apenas balançou a cabeça afirmativamente, ainda focado em seu sorvete.

A cidade de RavenswoodOnde histórias criam vida. Descubra agora