Another love | Serquel

Capítulo 16 🦋 HOT

POV: RAQUEL MURILLO

Eu e minha mãe estávamos sentadas a mesa. Ela havia feito o jantar, a comida estava cheirosa, mas eu não sentia fome. A falta de apetite podia ser por causa dos remédios que eu tomava ou por causa do que aconteceu entre Sérgio e eu. Nunca iria esquecer o que aconteceu na noite passada. Minha mãe não imagina que ele esteve aqui. Alícia precisava saber. Ter a minha melhor amiga aqui me ajudaria nessas horas.

— Filha, você não precisa esconder os seus sentimentos de mim. O que está acontecendo? — Mamãe perguntou parando de comer.

— Posso te contar uma coisa? — Perguntei.

— É claro que pode. — Ela afirmou sorrindo.

— Eu estou apaixonada. — Falei com os olhos marejados. — Eu não sei o que fazer com isso mamãe. O meu pai nos abandonou, do nada eu comecei a ficar doente, nós estamos sozinhas. O que eu faço com esses sentimentos todos?

— Minha querida... — Minha mãe se compadeceu. Não falávamos do meu pai e nem da minha doença. — Você está sofrendo tanto ultimamente, não é? Meu bem, não se preocupe com essas mudanças. Eu acredito que o seu pai vai largar a amante. Ele vai se arrepender de tudo e vai voltar pra essa casa.

— Não sei...

— Se acalma, meu bem! — Ele disse com a voz leve. Segurou a minha mão sobre a mesa. — E me diga, está apaixonada por quem?

— Não importa o nome da pessoa... O que eu quero saber é como que eu faço pra dizer pra ele o que eu sinto? Nunca fiz isso antes. Fora que... se outras coisas acontecerem entre nós... eu... — Não soube como continuar.

— Querida, eu acho que entendo o que você quer dizer. — Ela sorriu. — Espera. Você precisa se sentir confortável com esse rapaz que você gosta, eu até sei quem ele é!

— Mamãe! — Falei envergonhada.

— Calma! — Ela riu. — Depois disso, encontre um momento e diga pra ele o que se passa no seu coração, amor. — Ela disse com seriedade. — E nós precisamos ter uma conversa mais profunda de mulher para mulher, não é? — Ela se referia a me ajudar sobre assuntos sexuais. Acho meio constrangedor, mas, faz parte.

— Obrigada pelo seu apoio, mãe. Te amo! — Me senti melhor, mais tranquila.

Ela assentiu e eu me levantei da mesa. Decidi me deitar um pouco, já estava de pijama. A surpresa que tive quando entrei no meu quarto foi ver Sérgio sentado na minha cama.
Tranquei a porta, a janela e fechei a cortina.

— Sérgio? Oi. Virou rotina invadir o meu quarto? — Perguntei confusa.

— Vim te ver, meu amor. — Ele se levantou e veio até mim segurando uma flor vermelha. — Eu trouxe pra você!

— Obrigada! — Sorri. Nunca tinha ganhado flores. Te amo tanto, Sérgio. Meu Deus! — Sérgio, me dá um beijo?

Ele me segurou pela cintura e uniu nossos lábios em um beijo molhado e cheio de desejo. Aquela noite seria especial para nós dois. Quando já estávamos sem fôlego, nos separamos.

— Eu te amo. — Soltei sem perceber.

— Eu te amo. — Ele disse sorrindo. — Raquel, você a-aceita si... se-ser a minh-minha namorada?

— Ah! Aceito! — Dei um abraço tão forte que Sérgio só sabia retribuir. Ele estava nervoso.
— Eu te quero na minha vida pra sempre e na minha cama também. — Falei o encarando firme.

— Só se você pedir. — Ele sussurrou no meu ouvido.

— Eu quero ser sua hoje! Faz o que quiser comigo. — Fiz o pedido.

Ele não disse mais nada. Suas mãos jogaram meu corpo sobre a cama, ele logo se pôs em cima de mim e me beijava como se fosse a última coisa faria na vida. Eu tinha sede dele. Não sei por quanto tempo iríamos resistir.

— Fica se quatro pra mim. — Ele ordenou com a voz grossa.

Obedeci ao seu comando e logo senti seu membro entrando dentro de mim. Nós dois estávamos excitados e úmidos. Soltei um gemido alto. Ele colocou a mão sobre a minha boca e começou a estocar forte. Ele tirava e botava, eu sentia nossos corações batendo forte, estávamos suados. Ele ia mais forte, eu queria mais, nunca me senti tão molhada.

— Goza pra mim! — Ele ordenou.

Tentei desvencilhar a minha intimidade da sua na tentativa falha de não gozar ainda. Ele me segurou com uma de suas mãos fortes e dava tapas em minha vinda com a outra. Eu mordia o lábio tentando não gemer mais.

— Gostosa! — Ele disse ainda rouco.

— Ah, vai Sérgio! Não para! — Implorei.

Senti seu pênis pulsando e quente dentro de mim, ele aumentava as estocadas e eu quase mordia o lençol abaixo de mim, o segurava forte como se ele fosse segurar o nosso prazer. Sérgio gozou dentro de mim, eu pude senti-lo arquear o corpo e me pressionar como se fôssemos nos fundir. Eu também gozei, respirávamos fundo e buscávamos o fôlego. Ele se deitou fraco ao meu lado, colocando seu braço envolto em meu corpo.
Dei alguns beijos leves em seu rosto e ele retribuiu. Ficamos deitados e em silêncio por alguns minutos.

— Amor? — Ele disse e eu o encarei. — Eu consegui um trabalho, sabia? Ficarei lá a tarde toda em um escritório, no Centro de Madri, na rua principal. Quando eu tiver dinheiro o suficiente eu prometo que vou me casar com você!

— Que legal, amor. Vou procurar um novo trabalho também. — Respondi. — Quero viver coisas novas.

— E nós vamos viver... — Ele segurou a minha mão. — Juntos.