Capítulo 20 🦋 HOT

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CINCO DIAS DEPOIS...

POV: RAQUEL MURILLO

Eu estava escondido ali por dias. Era maçante, porém, eu confiava no meu namorado. Ele ia cuidar de mim. Eu precisava apenas ficar ali, tudo ia dar certo.
Não havia nada naquele porão, além de um lençol, um travesseiro e algumas comidas que Sérgio deixava para mim. Ele precisava passar o dia trabalhando, o chefe dele não poderia desconfiar.
O expediente dele havia acabado a uma hora atrás e, nós estávamos nos devorando de um jeito ferroz, excitante, devasso e muito lascivo.

Ele havia me sentado em seu colo, estávamos nus, esfregávamos nossos corpos e só tinha uma lâmpada com a luz fraca e amarelada que nos permitia enxergar somente o necessário.

— Eu quero ser só sua! — Falei com difícil de respirar.

— Você já é minha! — Ele disse com a voz rouca, segurando forte o meu pescoço. — Eu mando e você obedece, entendeu?

Num movimento rápido e desavisado, Sérgio enfiou um dedo na minha intimidade úmida, eu fiquei boquiaberta e frágil. Ele segurava meu pescoço forte com uma das mãos e balançava o dedo delicadamente dentro de mim e se divertia enquanto me observava tentando não gemer e me contorcer.

— Você é tão safada, adoro isso! — Ele sussurra em meu ouvido enquanto coloca o segundo dedo dentro, sem nenhum aviso prévio. Eu solto um gemido alto. — Isso, geme pra mim, amor.

— Ah, hmm. Sérgio, vai! — Eu implorava. — Continua. Sérgioo, hmmm. — Tremia.

— Quer mais um dedo? Implora! — Ela ordenou retirando os dois dedos.

— Por favor, ah... hmm — Gritei!

Ele enfiou os dois. Três. Gemi e não me segurei mais, por alguns segundos ele continuou. Ele tirou os e me penetrou com o pênis ereto e pulsando. Nos unimos e ele estocava mais forte, eu já havia desistido de lutar, ele me beijava e eu fugia do beijo, isso o deixava louco, Sérgio se transformava na cama. Ele parou e me colocou de quatro, enquanto ele prendia minhas mãos e fazia momentos de vai e vem dentro de mim. Ficamos assim por muito tempo, não falamos mais nada, estávamos entregues, aquele momento era de total êxtase! Ele era tão forte e eu adorava quando me fazia delirar e me sentir voando. Como um jato quente, senti escorrer nosso prazer. Ele queria mas, porém gemia e me segurava, seu peso caia sobre mim e seu pênis entrava muito profundamente. Eu adorava sentir a sua pele quente. Quando estávamos escorrendo, ele me ajeitou e deitamos assim mesmo.

Com ele ainda dentro de mim, suados e cansados, nós ainda pulsávamos com tanto fogo e prazer. Nós dois nos comemos naquele lençol.

Estávamos pingando e trocando leves carícias. Ele mordiscava a minha boca, eu ri fraco, estava tentando respirar, nossos batimentos estavam completamente acelerados e o cheiro de sexo pairava no ar. Eu amava me entregar a ele.

Depois de alguns minutos em silêncio, ele tomou coragem para me contar uma coisa que seria difícil de ouvir.

— Amor? — Ele perguntou. — Eu preciso te contar o motivo de eu ter sumido por seis anos. Eu deveria ter falado antes. Muito antes.

— Deveria ter falado o que? — Eu estava deitada em seu peito, mas levantei os olhos para enxergar melhor. — Eu sinto que tem muitas coisas que você não me conta.

— Eu só quero te proteger.

— Não quero proteção, eu quero a verdade, Sérgio. Você não acha bizarro eu precisar ficar escondida no porão embaixo do escritório que você trabalha só pro meu pai não nos atrapalhar? — Perguntei aflita.

— Acho. Eu vou te contar a verdade. — Ele se sentou e segurou a minha mão. — Antes de tudo, espero que acredite em mim.

— Fala.

— O seu pai não gosta da minha família. O seu bisavô matou o meu. Se você sempre viveu no luxo e no conforto, saiba que foi graças ao roubo e assassinato que o meu bisavô sofreu por causa da família Murillo. A casa aonde você mora é minha por direito. Tudo é nossa! Vocês nunca se arrependeram. — Ele desabafou com um olhar cansado.

— Sérgio? Do que você tá falando? — Não acreditei. Estava boquiaberta. — Isso não é verdade.

— Raquel, pelo amor de Deus! Acorda pra vida. O seu pai é um pilantra, esse cara não presta.

— Cala a boca, é claro que ele não é ruim desse jeito, Sérgio! Você é exagerado. Essa história não existe. — Afirmei.

— Você é mimada!

— Você é um grosso!

— Metida! — Ele gritou.

— Covarde! — Gritei mais alto.

— Escuta aqui. — Ele segurou firme o meu braço e me encarava com raiva. — Eu nunca mentiria com uma coisa dessas! O seu pai me ameaçou quando eu era um garoto. Tudo isso foi por sua culpa! Você é fraca e não aguenta a verdade!

— Para! Isso não é verdade! Olha os absurdos que você está dizendo, Sérgio! Me solta. Na minha família não há assassinos. — Me levantei tentando cobrir o meu corpo com o lençol velho. Meus olhos estavam marejados. — Sérgio porque você está mentindo pra mim?

— Bem que o meu pai me disse que a família Murillo não presta. Você é igual ao seu pai. — Ele sussurrou para si mesmo.

— Você quer que eu vá embora? — Perguntei já chorando.

— Eu te amo, Raquel, mas sinceramente, quero um amor tranquilo. Estou cansado de fazer o meu máximo e não receber nada. Eu nunca menti para você! — Ele disse com os olhos brilhando.

Eu o abracei, ele retribuiu e ficamos abraçados por muito tempo. Não tinha mais nada para falar.

— Eu também te amo... — Sussurrei chorando.

— Vamos dormir um pouco, amor? — Ele sugeriu.

Nos deitamos em silêncio e permanecemos assim. Ele deitado de um lado e eu para o outro.

Another love | Serquel Onde histórias criam vida. Descubra agora