𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 36

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Mônica Sousa

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Mônica Sousa

7 de novembro...

Ninguém esperava o ataque do Jogo. A polícia demorou um tempo para chegar, a casa já estava praticamente toda queimada. Era madrugada, eles disseram, aproximadamente 4 da manhã quando nos encontraram. Nesse exato momento, o Sol começava a raiar.

E agora, cá estamos na sala de espera da delegacia. Sujos, cheios de mochilas, com medo e tristes. Estamos em um sofá, mas ainda sim Nimbus, Denise, Jeremias, Cebola e Do contra estão no chão. Magá está em pé rodando de um lado para o outro.

Resumindo bem: desolados.

Estamos desolados

Carmem: Magali, pelo amor de Deus, senta– ela fala e ela apenas a ignora.

Policial: Ela tem razão, precisa se acalmar- a policial que estava na recepção diz.

Magali: Me acalmar? É sério?! Eu vi meu melhor amigo não voltar de dentro de uma casa em chamas e vi minha irmã morrer! – ela grita– E agora eu preciso saber com que cara eu vou falar isso para minha mãe! Então, se não puder ajudar, apenas não peça para eu me acalmar.

Ninguém interfere, ninguém tem forças para isso. Nem mesmo Cascão. O tenente Garret sai de uma das salas para checar o que está acontecendo, pelo que eu sei, ele estudou com nossos pais.

Garret: Sei que estão em choque, eufóricos e tudo mais. Esperem apenas mais um pouco, vamos chamar vocês para recolher o depoimento e poderão voltar para casa.

Magali: Eu não quero voltar para casa, eu só quero saber o que está acontecendo! Vocês ficam apenas assistindo a gente sofrer de aflição, em vez de nos dar qualquer notícia logo! - ela e o tenente entram em uma conversa, ele tenta acalmar a garota.

Enquanto isso, observo Denise levantar de fininho e ir pegar um copo de água, enquanto seu olhar estava fixo na rua.

Olho para a mesma direção que ela e vejo duas ambulâncias a caminho de algum lugar, nós chamamos duas ambulâncias também quando estávamos no meio do nada. Mas, o mais estranho, era que a sirene estava desligada e as três estavam paradas no sinal vermelho.

Ambulâncias são para emergências, no entanto, essas não pareciam estar carregando alguém que precisa ser salvo, parecia estranhamente... sem vida.

O tenente também percebe o olhar de Denise, que começava a se movimentar lentamente.

Garret: Senhorita Petrov... - ele chama, mas é ignorado- Denise! - noto certa urgência na voz dele e a ruiva o encara, como se o desafiasse- DENISE!

Ele gritou tarde demais, a garota já correu para fora da delegacia e todos entramos em estado de alerta. Dois policiais lá fora, a pegaram pelo braço e ela se debateu sem sucesso.

TRUTH OR DARE, 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora