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Mônica Sousa
Estávamos prestes a sair de casa. Já eram umas quatro horas e eu realmente queria um cafézinho da tarde, aparentemente Xaveco estava esperando o horário de alguma coisa chegar.
Xaveco: Seguinte, eu marquei com a senhora que você precisa conhecer, daqui há quinze minutos, vamos pegar seu carro e ir até a casa dela- ele fala- Eu vou assim, parecendo um assaltante mesmo, porque se me virem já era. Magá está em casa?
Mônica: A última vez que a vi, ela estava saindo da escola com Cascão. O carro dele não está aí, então acho que não- respondo.
Xaveco: Provavelmente devem estar se pegando- ele diz dando de ombros.
Mônica: Não sei, ela parecia puta da cara.
Xaveco: Com toda certeza estão se pegando- ele fala com convicção.
A campainha toca e levamos um susto. Ficamos nos encarando até tocar de novo.
Mônica: Meu Deus.
Xaveco: Vai, linda. Atende a porta, normalmente é isso que querem quando tocam a campainha- ele diz.
Mônica: To com medo. - assumo.
Xaveco: De abrir a porta?! - pergunta confuso- Ué.
Mônica: Deve ser porque a última vez que a campainha tocou, um amigo que aparentemente deveria estar morto estava na porta. - respondo com deboche.
Xaveco: Ah, agora faz sentindo seu medo.
Ele se esconde e eu finalmente abro a porta. Era um entregador, que me entregou uma pizza. Ele disse que era presente de um amigo e que já estava pago. Depois de fechar a porta, Xaveco saiu de dentro da cozinha.
Mônica: o Cê convidou todo mundo para uma festa amanhã- eu digo sorrindo.
Xaveco: E eu ele nem lembra, né? - o encaro de cara fechada- Piadas, humor... não?
Mônica: Que legal, ele comprou pizza para todos nós e mandou um serviço de entrega nos dar- sorrio mais- Não é fofo?
Xaveco: Que gada, provavelmente foi ideia da Carmem- mostro a língua para ele- Realmente eu precisei morrer pra ver você e o Menezes se pegando.
Deixo a pizza na bancada, cruzo os braços e encaro o garoto indignada.
Mônica: Xaveco! - repreendo.
Xaveco: A morte falsa foi minha, me deixa fazer piada- ele rebate.
Mônica: Morre mas não muda, incrível- ele que ri dessa vez.
Abri a caixa e fui pegando um pedaço, mas quando estava dirigindo aquela gostosura até minha boca, Xaveco a tira da minha mão e devolve para a caixa.
