capítulo 3

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Hora de arrumar as malas! Hoje é o dia do embarque. Claúdia ficou de me buscar, como sempre, para irmos juntas até o aeroporto. A ansiedade já está batendo! Mal posso esperar para o nosso destino!

Antes de sair, confiro tudo. As roupas eram poucas, já que a maior parte do tempo usaríamos as vestimentas do nosso patrocinador. Só teríamos algumas opções para os jantares com a comissão, já que era proibido ir a baladas fora da vila. 

ouço o barulho do seu carro se aproximando da rua de casa, uma BMW preta com vidros fumê. O motor ronca suave enquanto se aproxima, e meu coração acelera com a expectativa. É sempre um momento eletrizante, como se o tempo parasse, um misto de ansiedade toma conta.

Ela se aproximou da porta da minha casa e, antes de entrar, não percebeu que eu a estava observando. Estava deslumbrante, com um semblante radiante e feliz. Nunca a considerei feia; sempre foi uma mulher bela.

__ filha... ouço chamar. Eram os meus pais, não posso me atrasar e corri o mais rápido possível.

__Calma, meu amor - disse a minha.

A encarei com um olhar receptivo e ela me devolvia, como sempre, um sorriso de canto. Nos últimos dias, nós duas estávamos cada vez mais próximas; era como se houvesse uma conexão que eu nunca havia sentido antes. Meu coração vibrava com a sua presença, e cada momento ao seu lado parecia mágico.

Tanto que eu fazia de tudo para não me atrasar e, durante os treinos, apreciava os seus toques. Ao me guiar, sentia uma segurança imensa.

Não sabia explicar ao certo que conexão era essa, mas era algo diferente, como um flerte, um flerte com o perigo. Cada olhar trocado era uma promessa de aventura, um convite a explorar o desconhecido, onde os limites se tornavam borrados e a adrenalina pulava nas veias.

Saí dos meus pensamentos quando ela me chamou para ir, mas como não tomei café, fazer isso vai atrasar a gente então decido comer antes no aeroporto.

__Filha, você não vai comer antes de sair?

__Claro, mãe! Mas se eu parar para comer aqui em casa, vou me atrasar. Vou comprar alguma coisa no aeroporto antes do embarque.

__Não se preocupe, dona Marlei. Eu vou cuidar da Sofia e quero que ela esteja bem alimentada. Ela volta o olhar sobre mim.

__ vamos?

__ vamos!

Vamos, tchau mãe, tchau pai! Os abraço forte e eles nos acompanham até a porta, observando enquanto partimos. O carro some lentamente no horizonte, enquanto aceno uma última vez.

Chegamos ao aeroporto como prometido. Fui com a treinadora até uma lanchonete para tomar um café. Ainda faltam 15 minutos para o avião partir.

__Seus pais são uns bons pais, eles te amam muito, ela fala, com um sorriso no rosto. Você é sortuda por ter tanto carinho ao seu redor!

__São realmente incríveis, não tenho do que reclamar. Eles sempre me apoiam, e é isso que me faz seguir em frente. Falo isso com orgulho.

__ É Você o meu! __ dou um Lever sorriso em sua direção.

Ficamos nos olhando por uns segundos – algo diferente estava no ar, como se um mistério nos conectasse.

Carlo nos chama: já está na hora do embarque.

— Vamos, meninas! Já está na hora!

Entramos no avião, a comissão ficou perto e alguns atletas mais pra frente. Por sorte, nossos assentos eram um do lado do outro. Eu e Cláudia ficaríamos juntas.

Decolamos, seriam cerca de 2 horas de viagem. Já estava me sentindo cansada, mesmo antes de chegar. Acordei às 5 da manhã arrumando minhas coisas e, além disso, ainda enfrentei alguns picos de ansiedade durante a madrugada que me faziam desperta do sono.

Bocejo e ela percebe, __Você está cansada, Sofi?' me questiona.

Aceno com a cabeça.

__Vem! Ela envolve o braço ao meu redor, trazendo-me para mais perto, com a cabeça repousada em meu peito. 'Descansa, meu bem', sussurra.

Me aconchego em seus braços e, envolta nesse calor, sinto-me confortada e segura. O ritmo sereno do seu coração ecoa em meu ouvido, e a sua respiração tranquila me envolve  É ali, nesse instante, que encontro a paz que tanto busco.

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