Durmo o trajeto inteiro e sou despertada suavemente pelo seu toque. Finalmente chegamos! Meu coração está ansioso desde já.
Descemos do avião, pegamos nossas bagagens e seguimos em direção à Vila Olímpica, onde ficaríamos em um ambiente semelhante a um acampamento de férias para atletas. No entanto, havia regras rigorosas: se saíssemos para baladas, precisaríamos estar de volta a tempo, e qualquer deslize poderia resultar em punições. A expectativa era grande, mas a responsabilidade também.
A ginástica rítmica era uma das últimas modalidades do torneio, mas teríamos que ficar para a abertura e as entrevistas. A cerimônia de abertura seria no rio Senna, em uma embarcação que reuniria todas as delegações.
Chegamos ao hotel para fazermos o check-in. Apesar de se chamar Villa Olímpica, era apenas um conjunto de prédios às margens do rio Sena. A vista era bonita, mas a estrutura não correspondia às nossas expectativas.
A delegação italiana era composta por cerca de 360 atletas de várias modalidades. No entanto, a regra era clara: homens deveriam ficar no dormitório com outros homens, e mulheres com mulheres. Eu ficaria com a Claudia e Sienna uma atleta de natação.
__Está tudo bem, querida? ela se aproxima.
__Está sim, vou dormir um pouco. À tarde tem treino, respondo.
__Está bem, descansa, diz ela.
__Ela se aproxima de mim, beija minha testa e sai.
São 16 horas. Teríamos 2 horas de treino antes do jantar. Levanto e vou ao centro improvisado; hoje seriam usadas as fitas.
— Sofi descansou? Ela perguntou se aproximando de mim.
— Sim, Cláudia, Dou um leve sorriso.
_Então, vamos! Não temos tempo a perder. Nós dirigimos ao centro, e começo com a fita em movimentos básicos. Cláudia nos guia o tempo todo, concentrada, com seu rosto sério nessas horas.
__Sofia, concentração! Esse movimento é crucial para a sequência. Ela diz enquanto gesticula, enfatizando a importância de cada passo.
Na ginástica rítmica, os atletas utilizam vários tipos de objetos, como bolas, cones, fitas e cordas, para executar sequências coreografadas que combinam movimentos corporais com manipulação dos equipamentos.
Eu tentaria com dois aparelhos: bola e fitas no solo.Depois de alguns ajustes, consegui pegar o jeito e executar com sucesso os movimentos. Passamos a tarde juntas no clube e saímos para jantar. Daqui a três dias, nossa equipe começaria a se apresentar.
12 dias depois....
Hoje seria a minha apresentação solo. A nossa delegação italiana estava ótima no placar de medalhas, e hoje a ginástica italiana poderia ganhar mais uma medalha; tudo dependia de mim agora. Nervosismo e empolgação Sabia que tinha treinado muito e que era a minha chance de brilhar.
Claudia foi muito paciente comigo e me apoiou durante todos os treinos. Ela sempre me preparou psicologicamente para qualquer resultado que pudesse vir. Tenho certeza de que ela ficaria feliz por mim, e vou me esforçar ao máximo para não decepcioná-la.
Sofia Rafaelli, Itália ao centro, ouvi do auto falante dentro do ginásio. Chegou a hora. Respirei fundo, enquanto Claudia, sempre ao meu lado, me confortava com um sorriso encorajador. Estava nervosa, mas a presença dela me dava forças. Olhei ao redor, os olhares atentos, a adrenalina percorrendo minhas veias. Era o momento que tanto esperei.
Antes de entrar, Cláudia me envolve em seus braços e beija minha bochecha. Por um milésimo de segundo, naquele nervosismo, sinto arrepios.
Chego ao centro com as fitas, ansiosa para minha apresentação solo. As outras meninas já se apresentaram, e eu percebo que cometi erros anteriormente com as bolas, chorei demais. Não posso deixar que isso aconteça de novo agora. É meu momento de brilhar e mostrar todo o meu treino e dedicação. Respiro fundo e me concentro, determinada a dar o meu melhor.
A apresentação flui como o esperado. No final, a nota seria a junção de vários aparelhos, como a bola, os pinos, e a fita, sai do centro. Ao término, fui até a minha comissão, onde fui recebida com um abraço carinhoso pela minha técnica.
__Linda Sofi, estou orgulhosa de você. Retribuo o sorriso de forma tímida, ainda regida pelo nervosismo. Seus olhos brilham como estrelas, e sinto uma mistura de alegria e insegurança.
Após mais duas apresentações, aguardávamos ansiosos a contagem das notas. Estávamos em quarto lugar. Uma das meninas cometeu erros que só a Cláudia, nossa técnica, conseguiria identificar.
Na percepção dela, as notas estavam erradas, e o gênio dela, que não deixava passar injustiças, não hesitou em reclamar com o júri. Isso é ridículo! Ninguém aqui entende o meu esforço!, exclamou uma delas, indignada.
Claudia estava na bancada, conversando com o júri, parecia reclamar; afinal, vale uma medalha. Ela vem retornando em minha direção, e seu andar é expressivo e feroz, como o de uma leoa que quer defender seu território. Seu olhar intenso e determinação demonstravam que ela não recuaria facilmente, pronta para lutar pelo que julgava ser justo.
Passaram-se uns minutos e os dois primeiros lugares já estavam definidos. A briga agora era pelo bronze. Enquanto isso, eu revisavam as notas.
Enquanto eu olhava para a tela, a resposta apareceu. Ganhei o bronze após a revisão técnica! Meu coração gelou e fiquei paralisada, sem saber como reagir. Foi então que Cláudia saltou em mim, quase sentando no meu colo, cheia de alegria e empolgação.
Subir ao pódio era uma sensação de coroamento, independentemente da colocação. Receber a medalha e ouvir os aplausos trazia uma alegria indescritível, como se todo o esforço tivesse valido a pena. A maior sensação era a de dever cumprido, um reconhecimento de todas as horas de treino e dedicação.
Alô, meninas! Tudo bem com vocês?
Meninas, o trabalho está me acumulando! Sobre o detalhe desse capítulo da competição dela, infelizmente não consegui assistir. Me baseei apenas pelos vídeos.
O twitter infelizmente caiu 😔
Espero que gostem.
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MINHA TREINADORA
RomanceSophia Rafaelli é uma atleta italiana de ginástica rítmica e, aos 20 anos, irá disputar sua primeira Olimpíada em Paris junto à sua treinadora, Cláudia Mancinelli, uma sedutora italiana de 35 anos. O que ninguém esperava era que, durante os treinos...