MP-11

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                             Olá!! Voltei.
    Já sabem, não esqueçam o Votinho e    comentem bastante. Que comecem o jogo!


"E vem a tarde ... e chega a noite!Mas... eu continuo indo e vindo, se... triste ou sorrindo!Indo como um ímã 🧲..."



Sinto a claridade do sol sobre meu rosto, forçando-me a despertar. Pisco algumas vezes, ajustando-me à luz, até perceber exatamente onde estou. O peso em meu peito era inconfundível: os braços do cretino me envolviam com força, como se temesse me deixar ir. Pelo jeito, dormimos nessa posição a noite inteira, já que meu corpo inteiro está dormente. 

Eu preciso sair daqui, mas a questão é como fazer sem acordá-lo. Seu semblante é tranquilo, quase angelical, o que faz meu peito apertar ao pensar que logo irá acordar com uma enxaqueca tremenda.  Cuidadosamente, começo a retirar seus braços de mim, movendo-os para o lado enquanto escorrego para fora do colchão. Meus movimentos são calculados, quase silenciosos, enquanto me dirijo ao closet nas pontas dos pés. Vasculho rapidamente até encontrar minhas roupas anteriores. Depois de me vestir, fico estático por um momento, perdido em pensamentos. 

Eu deveria me sentir culpado, mas, honestamente, não sinto. Meu coração já fez sua escolha, e lutar contra isso parece não so inútil, mas absurdo. 

De volta ao quarto, observo o moreno  dormir tranquilamente. E me pergunto, em que momento exato me deixei cair em seus encantos? Não sei dizer, mas já não fazia diferença.  Com passos leves, caminho até a mesinha onde está a maleta de primeiros socorros. Pego os antibióticos e os coloco junto à jarra de água que havia trazido da cozinha, deixando tudo na cabeceira.  

Antes de sair, o admiro mais uma vez, notando cada detalhe do seu rosto sereno. Deixo um beijo suave em sua testa, onde não há nenhuma linha de expressão, como se o mundo inteiro tivesse parado para ele. 

Me apresso para sair pela porta principal. No entanto, ao virar a esquina, acabo por esbarrar em uma senhora, derrubando todas as sacolas cheias de vegetais que carregava. 

— Meu Deus, me desculpe! — exclamei, ajoelhando-me rapidamente para recolher os itens. 

— Tudo bem, querido, acontece! — disse  com um sorriso gentil, embora seu olhar carregasse certa curiosidade ao me observar.  Apenas retribuo o sorriso, sem coragem de prolongar a conversa, enquanto término de ajudá-la. — Como se chama?

— Oi?

— Perguntei como se chama! O menino Jeon nunca trouxe visitas aqui além do Hosuki e do tio, é claro. Então, quem é você? — inclina-se ligeiramente, deixando-me desconcertado por alguns segundos. — Você é muito bonito... Parece familiar. 

— Obrigado... — O que devo responder? — Pode me chamar de Jimin. A senhora é algum parente próxima do Jeon? — Mudo de assunto rapidamente, tentando evitar prolongar as apresentações. 

— Oh, não! — sorri gentilmente. — Sou apenas a governanta da família. Fui eu quem ajudou Namjoon a criar o menino depois daquele trágico incidente. — para por um instante, como se recordasse vividamente daquele dia. — Pode me chamar de Sinhá. Aceita me acompanhar em um café? 

— Sinto muito, Sinhá, mas estou com um pouco de pressa agora. Quem sabe em outro momento? — inclino-me em uma leve reverência. — Perdão pela falta de atenção. Até mais. 

Saio às pressas antes que ela insista, ciente de que talvez tenha sido exageradamente rude. 

Fora da cobertura, não demoro a encontrar um táxi. 

MEU PADRASTOOnde histórias criam vida. Descubra agora