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CAROLINA                                           dias atuais

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CAROLINA
                                           dias atuais

──── Você precisa mesmo ir Carol?
──── Minha mãe perguntou pela vigésima vez assim que bati o porta malas do carro.

──── Sim mãe, é uma boa oportunidade pra mim, mas sempre que puder venho visitar vocês.

Era difícil deixar minha casa onde moro com meus pais novamente, por mais que eu já tenha saído daqui pra morar sozinha em São Paulo, querendo ou não meus pais ainda sentiam receio sobre eu voltar pra São Paulo depois do meu último término.

Depois que terminei continuei em São Paulo por 1 mês, o máximo que consegui. O término me afetou o suficiente pra me causar uma depressão e então percebi que era hora de voltar pra casa.

Meus pais viram o quanto sofri, esse era o motivo do receio.

Mas se passaram quase dois anos e hoje posso dizer que estou bem e não penso mais nele. A dor já tinha passado, o suficiente pra me dar segurança de voltar pra São Paulo sem medo de o reencontrar caso nos esbarracemos em algum lugar.

Doeu, doeu muito, mas passou. Superei toda a dor e superei ele, praticamente já tinha o esquecido.

Me aproximei da varanda da casa dos meus pais e vi meu pai sentado no banco de madeira, sua feição era de tristeza, a mesma da primeira vez em que larguei minha vida no Rio pra ir para o estado paulista.

Mas dessa vez era mais importante, uma boa proposta de emprego pra trabalhar em uma clínica odontológica muito bem renomada, da família de uma amiga minha que morava em São Paulo.

──── Não tá feliz por mim pai?
──── Me sento ao seu lado abraçando seu braço.

──── É claro que estou Carol, só não quero que você se machuque outra vez, é ruim estar longe e não saber pelo que você está passando.

──── Eu entendo pai. ──── Suspiro.
──── Mas vai dar tudo certo dessa vez, não foi porque deu errado uma vez que vai dar errado de novo, dessa vez vou focar no meu trabalho.

──── Ele continua no palmeiras ainda, voltou no mês passado.

──── Eu não quero saber dele pai, não estou me mudando por homem nenhum! Tô me mudando pelo meu futuro e pelo de vocês também. Queria que vocês fossem mas não rola né?

──── De jeito nenhum! ──── Ele disse me fazendo rir. ──── O Rio é o nosso lugar Carol, é o seu também. Aqui sempre será sua casa, você pode voltar quantas vezes quiser, seu pai vai continuar aqui te esperando.

Sorrio sentindo meus olhos marejarem.

O abraço forte.

Por alguns segundos repensei na ideia de desistir de me mudar. Mas eu estava segura, eu gostava de viver a minha vida, viver coisas novas, e sei que se der errado posso voltar pro meu lar, só não quero me arrepender de não ter vivido.

Me despedi da minha família pela ultima vez e entrei no meu carro, pronta pra longa viagem que viria pela frente.

Meu coração estava em paz, e era bom saber que foram apenas fases.

A viagem foi longa, cerca de 6 horas até chegar oficialmente em São Paulo.

Eu amava o Rio mas São Paulo era muito especial pra mim, as amizades verdadeiras que construi aqui foram fortes ao ponto de não ter perdido o contato com alguns mesmo morando no Rio.

Dirigi até a casa em que eu havia alugado que não ficava muito longe do meu antigo apartamento.

Peguei a chave que a proprietária havia me entregado na semana passada e abri o portão automático pelo controle.

Desliguei meu carro depois de o estacionar na garagem e desci do carro, ansiosa pra ver a casa.

Por enquanto optei por alugar uma casa imobiliada até me estabilizar financeiramente o suficiente pra comprar minha própria casa ou apartamento, o que não iria demorar se tudo desse certo.

Abri a porta e assim que entrei pude sentir um cheiro bom de casa limpa. Liguei a luz que iluminava a sala e a cozinha.

A casa era perfeita pra mim, extremamente confortável e semelhante a casa dos meus pais.

Subi as escadas até o segundo andar e entrei em meu quarto.

Agilizei na semana passada com algumas coisas como a cama que não tinha na casa ainda.

Ainda faltava os detalhes, os meus detalhes, a decoração, do meu jeitinho.

Por mais que estivesse exausta, a ansiedade me fez tirar todas minhas coisas do carro e deixar a casa um pouco mais com a minha cara, como os quadros que eu deixava no meu quarto e os porta retratos da minha família que ficariam na sala.

Organizei algumas coisas e deixei as roupas no canto do quarto, organizaria no dia seguinte.

Suspiro aliviada e me jogo no sofá macio da sala, logo ligando a tv.

Meu estômago já roncava pelo fato da minha ultima refeição ter sido a horas atrás.

Abro o aplicativo de comida e peço uma pizza, a minha favorita, calabresa.

Liguei pros meus pais e detalhei a eles a viagem e a casa, por mais que eles ja tivessem vindo aqui comigo outro dia ver a casa, eu insistia em repetir tudo de novo com a maior felicidade do mundo.

Terminei o dia tarde da noite, o domingo passou voando e a segunda-feira seria um dia importante, meu primeiro dia de emprego no consultório onde eu atenderia.

Me deitei na minha cama após um longo banho quente e peguei no sono com facilidade.

Encontro ao Acaso |RICHARD RIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora