07- Floresta

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     Entrando rapidamente na clínica, Derek, acompanhado por Scott, vê Boyd e Érica em macas, faixas cobrem o abdômen de Boyd, enquando em Érica é na lateral do abdômen, pequenos machucados espelhados por seus corpos inconscientes.

Suas roupas contendo grandes manchas de sangue.

— O que aconteceu?!

— Estávamos na floresta, no mesmo local onde encontraram os pedaços do corpo daquela garota, só queríamos ter certeza que não deixamos nada pra trás.

Ethan, sem demora, responde à pergunta preocupada de Scott. Derek se aproxima bruscamente, pegando-o pelo colarinho, e antes que o Hale falasse algo, Aiden se adianta.

— Somos novos na matilha, e só queríamos agradar, não planejamos levar mais ninguém, só que Érica e Boyd se ofereceram pra nos acompanhar!

— Larga ele, o garoto só queria agradar.

Com um maldito sorriso de lado, Peter fala, totalmente diferente dos outros presentes que observam a situação tensos.

— Isso também não é culpa deles, ninguém podia imaginar que a coisa que matou aqueles adolescentes ainda estava no local.

— A Allison tá certa.

Ao lado de Deaton, Isaac concorda, querendo apoiar o braço em uma mesa, no entanto, quase derruba uma caixa. Graças a ser lobisomem, dando força e agilidade, consegue pegar a tempo. Colocando-a em cima da mesa, ela é rudemente  tomada de suas mãos pelo druida.

— Eu vou lá.

Derek avisa e imediatamente, Peter, seu irmão mais velho, discorda.

— Não seja impulsivo.

- Sou um alfa, essa coisa matou inocentes e feriu Boyd e Érica, pessoas importantes da matilha.

— Exatamente, "coisa". Como pretende lutar contra algo que nem mesmo sabe o que é?

Questiona, ele sabe que o irmão não é burro, mas ás vezes pode perder o controle e ser muito teimoso. Vendo o silêncio do outro, suspirando, concordou e em seguida acrescenta;

— Não vai sozinho, Ethan e Scott vem conosco, o resto fica aqui para caso algo aconteça.

— Nã-

— Resolvido! Vamos.

Derek, prestes a recusar a ideia, instantaneamente é interrompido.

***

— Fomos atacados exatamente aqui.

— Ainda é longe do local da garota morta.

As palavras de Ethan, Scott, enruga a testa e comenta, olhando ao redor na floresta.

— Não conseguimos nem chegar ao destino.

— O que os atacou não queria que se aproximassem. _Derek declara.

— Mas nós com certeza vamos.

Falando irônico, Peter sorri, sendo encarado pelos outros três presentes. Sem falar nada, o alfa fecha os olhos, focando em identificar algum cheiro estranho ou som.

— Cuidado!

De forma tão repentina ele escuta o aviso de Scott. Abrindo os olhos uma manada de veados vem em sua direção, por pouco quase não consegue desviar deles.

Voltando a atenção para os companheiros, fica confuso percebendo que está só.

Bons minutos se passam enquanto procurava os outros, e antes que percebesse não fazia a menor ideia de onde estava.

Quando o vento soprou, o lobisomem pode sentir ligeiramente um cheiro familiar. Se aproximando rapidamente e consegue ouvir sons de passos e uma voz resmungando.

— Stilinski?

— Hum, Derek?

Por mais que Scott seja seu beta(o que foi acidental), e tenham vivido na mesma cidade, o Hale nunca se interessou em se aproximar do outro Stilinski.

No momento em que bateu os olhos nele sabia que não era boa pessoa, só teve mais certeza quando percebeu a inveja tremenda quase indisfarçável que ele possuía do irmão mais novo, tratando-o mal muitas vezes.

Scott só veio entender isso quando fez treze anos, três anos se passaram e nada mudou, é óbvio que Scott tenta odiar o irmão, mas falha miseravelmente, mantendo só uma máscara por cima.

— O que faz aqui?

Todos no colégio, ou quase todos evitam Stiles, ignorando sua existência, só Liam Dunbar o seguia.

Os olhos opacos ou a face de autopiedade não existe mais, agora que olha...

— Olá?

Estranhamente, depois de encontrá-lo na estrada, obviamente algo mudou... totalmente.

— Derek!

Saindo de seu transe, o lobisomem faz uma carranca encarando o garoto, seu tom obviamente descontente.

— Não precisa gritar.

— Não é o que parecia, te chamei três vezes e você não me respondeu. Ficou encarando meu belo rosto.

Ouvindo tais palavras saírem da boca do humano, revira os olhos.

— O que faz aqui?

— Eu quem te pergunto.

— Responde a maldita pergunta.

— Então responda minha pergunta primeiro, como posso ter certeza de que vai me responder após eu responder a sua pergunta?

Derek respirou fundo.

— Por que diabos isso seria impor-

Repentinamente, o Hale para suas palavras ao escutar algo, pegando Stiles pelo pulso o arrasta para trás da raiz exposta de uma árvore, obrigando-o se deitar e acaba ficando por cima do corpo alheio.

— O qu-

— Cala a boca.

Mandou, pousando a mão na boca do Stilinski que tentou se virar para olhá-lo, porém, ele para ao escutar o som de galhos se rompendo.

Encarando um ponto fixo, logo avistam uma mulher na casa dos vinte, cabelos castanhos escuros, pele escura e olhos totalmente brancos, andando devagar, além dos olhos suas roupas também chamam bastante atenção com o sangue nele.

— Socorro...

Um sussurro rouco logo é ouvido.

— Por favor, não me mate...

Não só Derek, mas Stiles reconhecem a moça.

Fotos dos arquivos da polícia mostravam o antes e depois do crime.

Antes de ser despedaçada possuía aquela aparência, bom, tirando os olhos estranhos.

Andando em linha reta, ela passa pelos dois garotos, dizendo palavras desconexas. Quando sumiu, o Hale tirou a mão dos lábios do castanho que parece notar finalmente a posição em que estão e tenta empurrar ele.

Derek faz uma carranca, saindo de cima do menino.

— O que foi isso?!

— Nada importante, vamos sair daqui.

Disse se levantando.

— Como "nada importante"? Aquela mulher obviamente devia estar morta, só que ela estava andando em nossa frente como se estivesse hipnotizada dizendo frases estranhas e com os olhos anormalmente brancos, senti que se fizéssemos algum barulho com toda certeza morreríamos.

— Fale baixo, ela pode voltar. Vamos sair daqui.

Advertiu, pegando novamente o pulso do humano e puxando-o.

— Espera, ei!

— O que foi? _Parou, encarando o Stilinski.

— A gente está entrando mais fundo na floresta, o caminho correto é outro.

Ao explicar, o castanho aponta com a mão livre para uma estrada sutil, difícil de se ver. Sem dizer uma única palavra, o alfa arrasta Stiles para a direção mostrada.

O Outro EuOnde histórias criam vida. Descubra agora