Prólogo

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Autor (a): Touko Amekawa


O BEIJO QUE RISHE COMPARTILHOU COM ARNOLD no telhado da casa de ópera durou vários segundos, mas parecia ter acabado em um instante.

— Humm...

Os lábios de Arnold se afastaram lentamente dos dela. Rishe soltou um suspiro quente, já sentindo falta do toque dele.

— Vossa Alteza... — ela murmurou.

Em vez de responder com palavras, Arnold entrelaçou seus dedos mais uma vez. O gesto parecia dizer: 'Estou aqui. Não vou deixar você ir embora.' Rishe quase desatou a chorar.

Eu o amo. Eu amo o príncipe Arnold.

Rishe confirmou os sentimentos dos quais acabara de tomar consciência.

Acho que me apaixonei por ele há muito tempo, mas aconteceu tão naturalmente que nem percebi...

Acho que me apaixonei por ele há muito tempo, mas aconteceu tão naturalmente que nem percebi

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Ela ofegou. Arnold inclinou o queixo dela e a beijou novamente.

— Hum!

Ele se afastou com a mesma rapidez, e seus lábios se separaram com um leve estalo. Mas então ele a beijou novamente, só mais um beijo rápido. Ele a beijou de novo e de novo, e os olhos de Rishe se arregalaram.  Ela estava prestes a gritar, então ele selou os lábios dela, mas só por um momento. Ele se debruçou sobre ela, com os lábios batendo nos dela repetidas vezes de todos os ângulos imagináveis, provocando um som fofo de Rishe cada vez que se separavam.

— Humm...

Arnold a havia beijado até deixá-la sem sentidos. Rishe não tinha mais ideia do que estava acontecendo, pois ele havia plantado tantos beijos em sua boca. Ela queria afastá-lo, com medo de que ele ouvisse o estrondo de seu coração, mas Arnold não permitiu.

— Ah...

Ele devia saber o quanto ela estava nervosa, mas não dava sinais de parar. Ela estava com falta de ar há algum tempo e tinha a sensação de que seus pobres pulmões estavam no limite. Não ajudava o fato de seu pescoço ter sido esticado para trás durante todo esse tempo.

— Hã..humm!

Embora ela tenha dado um tapa no peito de Arnold, ele não se mexeu. Continuou a roçar os lábios nos dela. Ela tinha acabado de perceber o que sentia por ele, então como ele podia torturá-la dessa maneira?

Meu coração vai explodir!

Rishe agarrou a camisa de Arnold e, de alguma forma, conseguiu olhar para ele na fração de segundo em que seus lábios se separaram. Ela se arrependeu rapidamente. Quando seus olhos se fixaram, um brilho agudo iluminou as íris azuis dele. A visão era tão bela que as lágrimas brotaram em seus olhos mais uma vez.

Ainda assim, sua súplica sem palavras parecia ter surtido efeito. Arnold finalmente afrouxou o controle sobre Rishe. Ao soltá-la, ele lhe deu um último beijo na testa.

— Príncipe Arnold... — Rishe choramingou, perguntando-se por que ele a havia beijado tantas vezes. Ela engoliu em seco quando ele a fitou com um olhar gentil e protetor.

— Você o memorizou?

— Hã?

Arnold encostou o polegar nos lábios de Rishe.

— Prometi que a beijaria quantas vezes você quisesse.

Rishe finalmente se lembrou. Ela havia pedido que ele a beijasse para que ela pudesse aprender a fazer isso no casamento deles, e foi isso que ele disse em resposta. A torrente de beijos que acabara de acontecer era ele atendendo ao pedido dela.

Ela gritou com o ultraje do que havia pedido, suas bochechas ficando mais vermelhas a cada segundo.

— E-E-Eu o fiz! — respondeu ela, balançando a cabeça enfaticamente.

Arnold deu uma risadinha e estendeu a mão para acariciar o cabelo dela.

— Ótimo, então.

Como uma voz tão suave poderia tocar seu coração como uma harpa? Ele acariciou a bochecha dela e murmurou:

— Não importa se é seu aniversário. Quero fazer tudo o que estiver ao meu alcance para realizar seus desejos. Nunca se esqueça disso.

Suas palavras foram inequivocamente de comemoração.

Sempre odiei meu próprio aniversário, mas...

Ela não conseguia acreditar no quanto estava feliz agora.

— Obrigada, Príncipe Arnold.

— Hum-hum. — Ele retirou a mão e a guiou de volta para o banco no telhado. — Vou preparar nossa carruagem. Espere aqui.

Rishe assentiu com a cabeça e Arnold desceu as escadas. Quando não conseguiu mais vê-lo, Rishe se deitou no banco, exausta.

Não acredito que ele tenha me beijado tantas vezes...

Todos os lugares em que ele a havia tocado estavam febrilmente quentes. Ela queria valorizar a lembrança de seu nome nos lábios dele e daqueles lábios beijando os dela, mas seu coração doía cada vez que ela pensava nisso.

"Rishe..."

— O que eu vou fazer? — Ela segurou suas bochechas escarlates, completamente perdida. — Eu não consegui descobrir como beijá-lo...

🦋 7th  Time Loop - VOLUME 06 🦋Onde histórias criam vida. Descubra agora