uma sensação estranha

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          Havia amanhecido e eu não tinha conseguido dormir,fiquei sentado na minha cama encarando a escuridão do meu quarto até amanhecer,ainda estava assustado com o estranho acontecimento dessa madrugada,ainda conseguia sentir a faca no meu pescoço,seja lá o que havia acontecido parecia ser um aviso,me pergunto se Choi avia entrado no meu quarto porque eu tenho certeza que alguém entrou aqui,tremia só de pensar que talvez ele já estivesse me caçando.

          Me levantei da cama e fui direto para o banheiro,tirei minhas roupas, joguei dentro do cesto de roupas suja e em seguida entrei no box e liguei o chuveiro deixando a água morna cair sobre meu corpo levando junto com a sujeira toda minha preocupação, bom...quase todas. Meia hora depois sair do banho e vestir algo casual,me olhei no espelho e parecia que eu havia chorado a noite inteira,mas eu não havia derramado uma lágrimas sequer. Respirei fundo e caminhei até a porta e ao abri-la dei de cara com Félix o que me fez levar um susto.

–Caralho!

Ele sorriu minimamente. Me incomodava as vezes ele ser tão sério, já falei milhares de vezes para ele que somos amigos e que não precisa de formalidade enquanto estiver comigo e que não precisa ser tão sério também, mas ele não me ouve.

– o que faz aqui tão cedo?–o pergunto mas ele não parecia esta dando atenção para o que eu estava falando, ele me analisava de cima a baixo o que me preocupou.

– Você tá horrível! Parece que não teve uma noite muito boa.

Ele tinha razão.

– Apenas tive um pesadelo. O que vamos fazer hoje?

          Mudo de assunto,não queria contar para ninguém sobre o ocorrido. Então ele me encarou profundamente,eu pude entender que uma merda estava prestes a acontecer comigo,até porque eu só me fodo nessa vida.

– Seu pai está te esperando no escritório dele.

          Apenas assenti e comecei a caminhar em direção ao escritório do meu pai que fica no terceiro andar do prédio. Caminhamos pelo corredor até chegar no elevador, então entramos nele e descemos para o terceiro andar,não demorou muito já estávamos em frente ao escritório dele,então uma sensação estranha correu pelo meu corpo e meu coração começou a acelerar,minhas pernas travaram e milhares de pensamentos passaram pela minha cabeça sentir uma mão no meu ombro e me assustei,me virei e era o Félix,ele me olhava confuso,tinha esquecido que ele estava ali.

          Ele abriu a boca mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa me virei e para a porta do escritório e adentrei o local,meu pai está a sentado em sua poltrona atrás de sua mesa onde havia alguns papéis,mas algo (ou alguém) chamou minha atenção de imediato, avia um homem sentado no sofá ao lado da mesa do meu pai,seu físico me assustava um pouco,sua posição era um tanto dominante,tinha cabelos preto,um rosto sério, usava um terno preto e uma calça social preta,em seus pes usava um sapato social também da cor preta,em seu pulso tinha um relógio de ouro e em seu pescoço um cordão de prata,depois desta observação eu pude perceber que ele era alguém muito importante e,bom...poderoso?

          O mesmo estava com a cabeça abaixada e do nada ele a levantou e começou a me encarar,quando os seus olhos entraram em contato com os meus,corpo inteiro paralisou e pude jurar que minhas pernas iriam falhar, seja lá quem esse cara for,ele não deve ser alguém do bem.

– Wooyoung?– ouço meu pai me chamar,então lentamente desvio o meu olhar do tal homem e levo minha atenção até oo meu pai que me encarava .–Sente-se.

         Caminhei até a cadeira em frente à sua mesa e me sento,conseguia sentir o olhar intenso do homem em minhas costas,o que estava me deixando desconfortável.

– Seja lá oque você tiver pra falar,fale logo.– digo tentando me manter firme.

Meu pai me lançou um olhar de desaprovação.

– olha como você está falando aqui.

Apenas revirei os olhos.

– Bom,já que você tá com tanta pressa meu querido filho.–sentir vontade de vomitar niquelado hora.– estamos nos unindo a máfia de Namhae,mas para que isso aconteça você terá que se casar com San,o chefe desta máfia.

  Ele apontou para o homem sentado no sofá ao seu lado e o tal sorriu de um jeito um tanto...psicopata e meu corpo paralisou pela terceira ou quarta vez naquele dia.

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