A Terra Depois de Nós

16 - Os Banheiros.

Ravih Alves.

Acordo assustado com o som da sirene que avisa a todos para já estarem no pátio. Olho para a janela e vejo o sol se erguendo lentamente.

- Oh porra , to atrasado. - levanto as pressas, olho pra cama do meu lado esquerdo, e vejo que Sarah já não estava mais presente.

A Base militar, mais conhecida como jardim do eden está muito diferente do que era há um ano. O lugar, antes em ruínas, se transformou em um santuário improvisado e até mesmo depois do fim do mundo as pessoas nunca perdem a ambição por poder. O território era dividido por níveis, havia os do lado norte, que eram os pobres pike eu e meus amigos e o lado Sul a nobreza, um apelido carinhoso que dei pra eles.

A fortaleza feita de metal com muros de quinze a dezoito metros de altura, abrigavam em media sete mil pessoas, existem mais cinco iguais a essa, mas foi aqui que todos nós sobreviventes do dia zero tentamos encontrar um novo propósito, uma nova vida.

Onze meses se passaram desde que fugimos do prédio, esses últimos meses foram um completo caos no mundo, Quase todo o continente asiatico foi Aniquilado, China foi o pais mais infectado pelo virus, o governo de outros países temeram o número extremo de pessoas transformadas, e pra proteger o resto do mundo eles usaram pelo menos quatro bombas nucleares no país e aos arredores 
O Sacrifício de Nicole ainda pesa sobre cada um de nós. A dor da perda foi esquecida com a necessidade de sobreviver.

Desde que chegamos aqui, cada um encontrou uma função. Lisa tornou-se uma excelente enfermeira do exército. Suas habilidades adquiridas antes do apocalipse agora são inestimáveis. Talita e Sarah, por sua vez, tem um talento para o combate. Sophi ajuda na manutenção dos veículos. Maya, agora se tornou uma das poucas pessoas a tentar ajudar os mais pobres voluntariamente, ja Miguel graças ao cargo de sua mãe consegue seguir a vida estudando ciência.

E Alice...

[...]

Corri até o campo de treinamento, tentando me juntar a todos sem o Coronel perceber, ele era um homem irritado com a vida, nem mesmo eu todo simpático consegui encantar ele. Todos os Sargentos tinham ódio e rancor por ele.

- Isso que da chegar 3hrs da manhã com compromisso as 5h.

- Me erra Talita, até parece que nunca chegou tarde em casa.

- Mas nunca chegamos tarde no treinamento. - Sarah rebate, mantendo a postura de um soldado.

- Sargentos, os suprimentos estão acabando, e precisamos de uma missão de coleta. - O Coronel começa, andando e passando os olhos pelo grupo. - Essa será a primeira missão oficial de voces.

- Primeira missão fora dos Muros. - Talita sussurra, ela parecia animada com a situação.

- Existe um armazém a duas horas daqui. Precisamos de mais comida e remédios.

Essa comida e remédio dificilmente chega até os pobre, a uns três meses tentei ajudar uma velhinha com o uso de remédios, e infelizmente ela n resistiu, que Deus a tenha.

- A missão precisa ser concluida imediatamente, se preparem. Iremos sair daqui a uma hora. - O Coronel finaliza.

Todos começaram a se agilizarem, solto o ar tenso que estava em meus pulmões ufa o Coronel não sentiu minha falta.

- Lá vem ele. - Talita comenta dando risada.

Nem fudendo.

- Vamos Talita. - Sarah mete o pé junto a Talita.

- Sargento Alves, não ira se juntar aos outros.

- Avee graças a Deus, eu não estava muito bem da cabeça de ir não. - Tento forçar um sorriso do Coronel.