Nicole.
[...] após fuga da escola.
- Não é o fim, é apenas um até logo. - Ravih que estava do meu lado comentou. Eu mesma tenho minhas dúvidas. ctz que ele vai ser o primeiro a morrer.
- Vamos nos encontrar amanhã, no nosso lugar. - Alice, diz tentando abrir um sorriso, porém era nítido que ela não estava nada feliz.
Peguei o rumo da minha casa, estava ansiosa, com medo e principalmente preocupada com minha família. Será que eles...não me nego a pensar isso. preciso acreditar que eles estão bem Meu padrasto nem tanto. ele costuma beber cerveja pra um caralho, certeza que já comeram ele.
Maya e Miguel me acompanharam até certo caminho.
- Se necessário corra. - Miguel se pronunciou, apenas afirmei num movimento com a cabeça. - ou lute.
- Mulher, toma cuidado! - Maya diz, estranho eu e ela vive se xingando.
- Eles é que têm que tomar cuidado, eu já até matei um. - Ravih e Miguel ajudaram, mas mesmo assim, quem meteu o cano foi eu.
Consigo ouvir Arthur rir e me zuar por essa frase. É estranho pensar que eu nunca mais vou xingar o garoto, ou que ele nunca mais vai mandar aqueles meme estranho, nunca achei que diria isso mas vou sentir saudade dele.
O caminho até minha casa parecia mais longo do que nunca. Cada ruído me fazia saltar. Precisava estar pronta para qualquer coisa. Cheguei ao meu bairro, os cenários antes familiares e alegres agora desolados e quietos. Cada passo ecoava em um silêncio que parecia gritar perigo. Finalmente, avistei minha casa no final da rua.
Porém não vi apenas minha casa, havia alguns gritos vindo da esquina, foi quando vi pessoas correndo. atrás delas tinha um grupo daquelas coisas grunhindo, todos eles estavam vindo na minha direção.
- Puta que pariu em. - grito, e começo a correr. - Que merda, eu estava quase em casa.
Mesmo já estando exausta corro com todas as minhas forças. me lancei no chão, me escondendo atrás de um dos carro na rua. Ofegante, tentei ficar em silêncio, minha respiração não ajudava e os grunhidos dos mortos estavam cada vez mais perto, meu coração martelava meu peito.
- Corre gente!
- Eles vão nos alcançar!!
Escuto algumas das pessoas que estavam correndo, elas passaram pelo carro sem me notar, e alguns dos mortos as seguiram. Fico aliviada e levanto, porém um homem barbudo apareceu me fazendo tremer de susto, ele estava ofegante e a sua camisa estava com sangue.
- Caralho moço. - digo sem pensar.
- Vem menina! eles vão te ver! - ele diz pegando no meu pulso, e me puxando.
- Não moço. - retruco puxando meu braço. - me solta, minha casa é logo ali.
- Eu to tentando te ajudar sua ingrata. - Ele me puxa, ele é quase o dobro do meu tamanho.
- Me solta caralho! - meti uma bicuda no meio das pernas dele, fazendo ele me empurrar no chão e se torcer de dor.
- Sua vagabunda tomará que morr...- de repente o homem é jogado contra o chão.
Era um infectado, ele se jogou em cima do homem, e enquanto o homem segurava o pescoço do morto e gritava por ajuda, outros infectados cravaram os dentes na garganta dele, o sangue do homem respingou no meu rosto, rápida eu me escondo atrás do carro novamente, fugindo da visão do morto, os gemidos de dor do homem eram perturbadores. minha respiração ofegante mas enchendo o ar. fecho os olhos por um instante, tentando encontrar coragem dentro de mim.
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A Terra Depois de Nós
Novela JuvenilEm um mundo devastado por um vírus zumbi, um grupo de amigos luta pela sobrevivência. Cada um traz habilidades únicas para a equipe. Enquanto buscam respostas, o grupo enfrenta intrigas, traições e o peso da responsabilidade de salvar aqueles que am...