𝙎𝙃𝘼𝘿𝙀𝙎 𝙊𝙁 𝘾𝙊𝙊𝙇 | Capitão Nascimento.

06

Roberto Nascimento.
01:16.

☠︎︎

–01, acho que dá pra matar dois coelhos com uma porrada só aqui, hein?

–É cem porcento, 14?–Franzo o cenho com incerteza. Estou com uma dor de cabeça do caralho por conta do estresse do trabalho. Parece que a cada dia o tráfico fica pior no Rio de Janeiro e isso tem tirado meu sono.

–Caveira, meu capitão.

–... Então senta o dedo nessa porra.

O disparo bala atravessando a cabeça e o peito de dois vapores não é estrondoso como deveria graças ao silenciador. Lobo não quer se entregar. Ou é do jeito fácil ou do difícil. Das duas, uma: o filha da puta escolheu o jeito difícil. Vem se escondendo como um rato nos bueiros dessa favela.
Mas nós somos tão sorrateiros como gatos. Nós iríamos o pegar. Leve o quanto tempo que essa brincadeirinha de rato e gato precisar.

Tenho pensado bastante em relação à Helena. Tudo indica que ela é inocente e não tá envolvida nesse caso em específico.

Ou talvez o gosto da buceta dela na minha boca esteja envenenando minha mente. Acho que tenho sido um babaca por não dar notícias desde...esse encontro. A garota parece ser direita. Desbocada, mas direita. Mathias me deixa informado dos movimentos dela na ONG da namoradinha dele e porra, não há nada que possa me dar pistas sobre o caso e isso me deixa frustrado.

Vejo o 06 ajudar o 09 a pegar um dos corpos com agilidade e precisão. Não estávamos ali de bobeira, a porra era séria. Era guerra.

A hora de voltar era sempre a mesma. Sigilosa e consequentemente menos tensa...apenas um pouco. A sensação de que a missão foi concluída me deixa aliviado mas o pensamento de possivelmente arruinar a missão logo no final, é de fuder.

Inclusive, para mencionar o Demônio.

Estreito os olhos ao ver Helena e... foda-se, uma outra mulher insignificante para ficar reparando, ao seu lado. Que porra era aquela? A observo com o vestido que ficava mais curto a cada vez que a Diaba subia o maldito escadão.

14 para ao meu lado boquiaberto com a visão. O soldado parecia hipnotizado mas não tanto quanto eu. Me viro para o encarar assim que me toco da realidade e tiro meu olhos dos movimentos que seu corpo fazia. A forma como a bunda dela rebolava enquanto andava, me fazendo lembrar de quando ela rebolava como uma piranha querendo gozar na minha boca. Meu nariz em seu clitóris, minha língua, minhas mãos...fico escarlate por conta da fúria.

–O que foi? Perdeu o teu cu na cara da moça, Senhor 14? Não está se sentindo apto pra missão?

–O que? Capitão, eu estou ótimo! Eu-

–Que bom então! Porque a porra dessa missão não acabou pro Senhor estar parado, não!–Empurro seus ombros com força, fazendo ele se desequilíbrar, cambaleando um pouco para a esquerda.
Ele solta um som muxoxo e continua a caminhar.

Pego o celular do meu bolso e digito com tanta força que sou capaz de quebrar a tela do aparelho em minhas mãos, trêmulas de raiva.

Entra pra casa, Helena.

Helena Abreu.
E quem disse que eu não estou em casa?

Eu consigo te ver
Entra pra casa antes que eu faça alguma besteira.

Helena Abreu.
E desde quando você tem esse direito?

Desde o dia que te comi gostoso no banco de trás do meu carro.

Helena Abreu.
E sumiu, né, Nascimento?! E por isso não te devo satisfações

Suspiro com toda minha frustração e tento manter a paciência que faz esforço para se livrar de meu corpo. Vizualizo mas não respondo.

Helena Abreu.
Vai ficar calado, né?
Aff
Só porque é grande, pensa que é dois🙄

Dou um sorriso estúpido com a mensagem boba dela...mas só um sorrisinho.

[...]

02:02.
apartamento do Nascimento.

Suspiro ao trancar a porta de casa me encontrando em completa solidão. Tenho um maldito problema de afastar relacionamentos. As vezes isso é até uma vantagem. A ideia de ter alguém me esperando em casa é acolhedora, porém, a de colocar a pessoa em risco por conta do meu trabalho não era boa.

Retiro minha roupas e vou direto para o banheiro. Deixo meu celular no apoiador de produtos e ligo o chuveiro na água gelada, porque porra, minha mente estava cheia de imagens dela.

Todo desejo que senti por ela naquele momento, mas resolvi ignorar, agora flui livre em minhas veias. Toda aquela porra de desejo concentrado no meu pau. Fecho os olhos com força...não ligo.

Não vou me fazer de desentendido quando a quero aqui nesse momento com meu pau no fundo de sua garganta. Com isso, seguro minha ereção, que pulsa com o meu toque enquanto a água escorre em meu corpo.

Um gemido rouco escapa dos meus lábios e mordo o lábio inferior com força. O momento é tão intenso que é como se ela estivesse aqui. Chupando meu pau como se sua vida dependesse disso. O celular toca e eu atendo sem hesitar.

–Alô?–Minha voz falha.

–Roberto? Vem cá, eu fiquei curiosa! Como você sabia como eu tava vestida?

Demoro pra responder porque, meu Deus, sua voz faz minha imaginação me levar para outros lugares.

Ela de ajoelhos, olhando para mim com suas orbes castanhos e diabólicas, sua língua se arrastando pela minha glande, suas mãos masturbando minhas bolas gostoso.

–Caralho, Helena...

–O que? Eu não disse... você tá no chuveiro?

–Preciso de você.–Gemo perdido na minha própria ilusão. Desse jeito, não demoro pra sentir meu orgasmo atingir o azulejo do box.

Necessito de abrir os olhos. Necessito saber se eu realmente estou sozinho nesse cômodo e infelizmente, eu estava sozinho. Não era as mãos dela que me tocavam.

Quando um senso de sanidade me atinge olho para o celular e vejo que a chamada ainda estava alí. Silêncio. Escuto barulhos e... gemidos roucos tão baixos que se eu não estivesse sozinho e em silêncio, não conseguiria ouvir.

–Está se tocando, sua vadia?

Ela geme, ignorando minha pergunta e eu sorrio.

–Helena, Helena... você não tem ideia do que faz comigo. Eu quero te ver.

–A-agora?

–Manda a porra da localização.

Notas da autora:

AAA TAVA ANSIOSA PRA ESCREVER PUTARIA NA VISÃO DO NASCIMENTO 🫡
Fiquei com saudades de vocês essa semana!
Achei o capítulo meio curto e peço desculpas, pois escrevi de ontem pra hoje e estou com dor de cabeça 😕

Não se esqueçam de votar e comentar sobre o que acharam do capítulo!🩷