Capítulo IV

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• Lanchonete, SP

—Já é o quinto site que diz que ele vai embora. — cerrei os olhos firmes sob a publicação escancarada no pequeno laptop em que carregava em situações de grandes urgências. — Qual é? Eu não aguento mais esse suspense. Já atualizei a página do Corinthians um bilhão de vezes e ainda não saiu nada a respeito.

Não sei ao certo o quão psicótica estou em relação a possível ida do  Garro para a Argentina. Mas lembro-me de não dormir a três noites, duas lamentando-me no breu da solidão, enquanto assistia edits triste do jogador nas redes sociais, credo, a sensação que sentia era que alguém havia morrido.

Ja na outra, bom, eu enchi a cara e acabei indo parar em casa com um suposto desconhecido que tentou me enganar com uma brincadeirinha estúpida.

O medo sempre estava corroendo-me pelas beiradas, afinal, o Rodrigo era uma peça importante para o Sccp.  Imagino o cáos que seria sem ele aqui... Merda, eu só preciso de uma nota oficial onde afirmam que ele fica.

— Ficar o dia inteiro em frente a esse laptop não o fará ficar. — Exclamou Carol ao puxar uma cadeira, sentando assim em meu lado. — Você nem almoçou direito olhando isso, da qui a pouco é hora de voltar para o trabalho. — alertou-me. E eu continuei ali, intacta olhando para o site aberto na página oficial do time alvinegro.

— Cala a boca Caca, você estar trazendo energias negativas. Além do mais, eu perdi a fome, o sono, a vontade de viver e... Atualiza site maldito. — supliquei, dando dois leves tapinhas na tela. Estava mais angustiada que antes, no fundo tinha medo do Garro  ir embora do Corinthians assim como o Roger um dia foi; por dinheiro.

— Você é louca. — ditou ela, convicta de suas palavras. — Por que diabos você mesma não pergunta a ele sobre isto? Não foi o próprio que te levou em casa e ainda lhe comprou um café da manhã? Inclusive, não sei porque diabos não comeu aquele bolo, estava uma delícia.

Revirei os olhos, irritada.

— Não foi o Rodrigo que me levou em casa, apenas um idiota afim de me fazer de palhaça. — estremeci de desgosto só de lembrar da situação embaraçasa de mais cedo. — E para de me lembrar disso Caroline, eca.

— Anaya, ele te escreveu um bilhete...

— e daí??? Qualquer idiota com uma mãos e dedos poderia escrever isto. — dei ombros.

— Eu ainda acho que você deveria mandar um direct para confirmar, estar perdendo a oportunidade da sua vida. — alertou ela, me julgando com os olhos. — Cara, imagina se foi mesmo  o gostoso do Garro que... — a interrompi.

— Não foi!!!

A Caroline era o típico Maria chuteira. Não, ela nunca ficou com um jogador sequer, mas vivia a azara-los em uma tela de tv ou eletrônicos em que releva-se a vossa imagem. E mesmo sendo São Paulina de coração, não deixava de contemplar os atletas de outros times. Os odiavam, mas se estivessem em sua cama, valeria totalmente o sacrifício de reverter a situação.

(𝑴𝒆) 𝑬𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂 |• Rodrigo GarroOnde histórias criam vida. Descubra agora