capítulo IX

923 82 59
                                    

- Para de me encher o Saco Caroline, eu não vou ir atrás do Garro, eu já disse

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Para de me encher o Saco Caroline, eu não vou ir atrás do Garro, eu já disse. - Ditei ao telefone, enquanto vasculhava a minha bolsa em busca da chaves de casa. - E daí que ele me deu uma carona? Ele é gentil oras. Eu aposto que ele nem lembra mais de mim...

- E eu aposto que estar errada Senhorita Anaya.

Franzi o cenho ligeiramente com aquela afirmativa, levando um pequeno susto inicialmente. Pus as mãos no lado esquerdo do peito, deixando que a bolsa cai-se sobre o duro do chão. Merda!!!

Jamais deixaria de reconhecer aquela voz, o português puxado para o espanhol era inconfundível. Era o argentino que me esperava no portão de casa, com braços cruzados e um sorriso encantador nos lábios. Eu mal conseguia esconder o espanto que ultrapassava minhas feições. Afinal de contas, o que o jogador fazia ali?

Apertei os olhos rápidos, recuperando o fôlego, minhas bochechas coraram de vergonha, claramente o homem havia ouvido boa parte da conversa e isso deixa-me espantada. Não queria que ele acha-se que era o único assunto em que me pertencia, embora seja verdade.

Sorri sem jeito, com o coração mais agitado que uma escola de samba. Lhe dediquei um olhar sincero, porém, com um ar de curiosidade em seu fim.

Mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, desliguei a ligação imediatamente. Agaixando logo em seguida para pegar-me a bolsa do chão, todavia, as mãos fortes de Rodrigo havia sido mais rápido e ligeiramente quando me dei conta, o homem já me estendia o objeto de coro, e eu claramente a peguei, sentindo uma corrente elétrica ao tocar o quente de sua pele.

- Obrigada! - o agradeci.

- De nada.

- Odeio ser a garota das perguntas, mas preciso lhe perguntar, não me leve a mal. Mas o que faz em frente a minha casa? São quase 23h da noite jogador...

Coragem. Está palavra o definia neste momento, ou, ele é apenas mais um gringo que não conhece os perigos que uma simples rua deserta oferece por aí. Principalmente aqui onde moro. Não era o lugar mais perigoso do mundo, mas também não era o mais tranquilo.

- O seu cabelo fica ótimo assim, já falei o quanto gosto de sua cor vibrante?

Sorrir sem jeito, desacreditada.

- Por que você sempre foge das perguntas pondo meu cabelo no meio? - o questionei em um humor avançado e o jogador me deu uma risadinha meiga. E uau, confesso que gosto de ouvi-lo rir é doce e extremamente relaxante.

- Não estou a fugir, só gosto de evidenciar o apreso que tenho por seu cabelo, assim como você gosta de colecionar coisas a meu respeito em seu quarto. - retribuiu o humor.

Aquele momento era perfeito para me enfiar em um buraco fundo e distante e em circunstâncias nenhuma sair de sua profundidade. Me sentir tão envergonha naquele pequeno momento, que não fiz nada além de enfiar as mãos na bolsa e finalmente sacar a chave de la. Abrir a porta de casa totalmente nervosa.

(𝑴𝒆) 𝑬𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂 |• Rodrigo GarroOnde histórias criam vida. Descubra agora