12 - Confissão

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Faz 2 semanas desde o meu término. Moa ainda não sabe, pois faz o mesmo tempo que não falo consigo.
Não consigo olhá-la sem lembrar daquela garota a beijando, tomando em seus braços o que me pertence.

O que está pensando, Yumi? Você e Moa não tem relação alguma, deixe de ser doida!

Após esse dia, ela passou a sair bastante com essa...Essa asquerosa. Me deixando de lado cada vez mais.
Faz duas semanas que não dormimos juntas, comemos juntas, assistimos ou, passamos o tempo. Mas nem adianta pensar em reclamar, Moa mal fica em casa agora.

𝘌𝘭𝘢 𝘴𝘰́ 𝘵𝘦𝘮 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢 𝘯𝘰𝘫𝘦𝘯𝘵𝘢...

Está bem tarde agora, Moa passou o dia fora mais uma vez, o que me deixou triste, de certa forma. Sei que ela não está sozinha, não passou o dia sozinha...Neste momento, elas devem estar tendo a melhor noite de suas vidas.

Oh, Moa chegou! A vejo passado pelo corredor pois minha porta está aberta. Ela passa e, minutos depois volta vestindo seu pijama de sempre - branco com desenhos de onigiri - ao perceber minha porta aberta, para e me olha com atenção, tentando ver se estou dormindo. Levanto a cabeça fazendo-a perceber que não.

— O que faz acordada? São 4 da manhã. — entra no quarto se sentando na beirada da cama. — Eu te acordei? — pergunta baixo e eu nego.

— Onde estava? — pergunto num sussurro. O cheiro de perfume era bem forte e, este não é o perfume de Moa. — Ah, já sei. Não precisa responder.

— Eu estava com Suzuka, ela foi convidada para uma festa e me chamou para ir com ela. Momo também foi, por que ela não te levou? — pergunta me olhando e eu suspiro. — Vocês brigaram?

— Terminamos, Moa. Faz duas semanas... — digo sem vontade de estender o assunto. Não quero conversar com ela. — Vá dormir, deve estar cansada pelo dia de hoje. — me viro de costas para ela, cobrindo todo o meu corpo com o cobertor.

— Yu, está brava com algo? — pergunta sem tirar os olhos de mim, nego murmurando um "estou apenas com sono, Moa." — Está mentindo, lhe conheço e sei quando está com sono...Eu fiz alguma coisa?

— Por favor... — sussurro, eu só queria que ela me deixasse sozinha. Recebo um beijo na testa e Moa vai para o seu quarto.

Acho que Moa percebeu que algo não está certo. Ela está tentando se aproximar de mim novamente, mas eu não quero! Eu não quero gostar dela e vê-la com outra.

Agora estou na cozinha fazendo um sanduíche de carne, de repente sinto os braços de Moa rodearem minha cintura, em um abraço carinhoso. Seus lábios encostam em meu ombro despido, depositando um beijo ali. Não nego que gosto desse tipo de contato, mas a afasto deixando-a confusa.

— Agora chega! O que eu fiz? — pergunta parando ao meu lado, buscando contato visual. — Yumi, não pode ficar me afastando e esperar que eu adivinhe que fiz algo! Me diga para que eu possa me redimir, meu amor. — sou virada de frente para ela, que segura meus braços firmemente.

— Quem é aquela garota que você vive saindo? Vocês tem algo? Por que ela te beija tanto, Moa? — a bombardeio de perguntas, o que deixa bem explícito o meu ciúmes. — E não estou com ciúmes, eu só quero saber...

— Ela é só um caso, não pretendo ter algo sério com ela. Mas por que isso te incomoda tanto? — pergunta arqueando a sobrancelha, ela sabe que estou me remoendo de ciúmes, só vai esperar que eu admita.

— Não me incomodo, é só que...Ah foda-se! Eu me incomodo sim, não fui com a cara dela. Menina feia, parece uma puta. Fica se jogando pra cima de você como se estivesse no cio. — falo me irritando mais a cada palavra. — Se eu a vir, vou amassar aquele nariz falso dela na parede. — falo irritada e ela ri baixo, adorando me ver assim. — Isso não é engraçado!

Tarja preta - MOAMETALOnde histórias criam vida. Descubra agora