𝟭𝟬 𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟱 — 𝟮𝟯:𝟰𝟬.
𝗠𝗼𝗮 𝗻𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼.
Estou com frio. Tanto, tanto frio que, parece que irei congelar.
Minhas mãos doem, mesmo que eu tente esquentá-las com o tecido de meu moletom cor de vinho.𝘔𝘰𝘭𝘦𝘵𝘰𝘮 𝘤𝘰𝘳 𝘥𝘦 𝘷𝘪𝘯𝘩𝘰?!
Onde estou está bastante escuro, mas olhando em volta, avisto uma loja de conveniência, onde entro em busca de luz e calor. O ambiente mantém um tom azulado, não importa em que direção eu olhe, apenas frio, escuridão e azul.
De repente, ouço o sininho da porta tilintar, alguém havia entrado. Mas quem sairia na rua nesse frio extremo? Nem sei o que estou fazendo aqui, na verdade.
Mas então sinto um peso em meu braço, olhando percebo ser uma cestinha plástica com chocolates, miojos, biscoitos e etc.𝘌𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘱𝘦𝘨𝘶𝘦𝘪 𝘪𝘴𝘴𝘰?
Foi o que pensei, tentando lembrar quando peguei as coisas. Agora indo ao caixa, pois senti que não precisava pegar mais algo, pago tudo e saio dando de cara com uma antiga colega da faculdade. Éramos uma dupla desde o início do curso e, seguimos assim até o fim, na formatura.
Levamos horas colocando os assuntos em dia e, então só percebi estar bem tarde quando a mesma recebeu uma ligação de seu namorado a perguntando o motivo de sua demora, pois já batiam quase 2 da manhã. Com isso, nos despedimos e eu fui embora com pressa, mesmo sem saber o porquê.Assim que chego em casa, vejo minha garota sentada no tapete, de costas para a porta. Chamo sua atenção, porém não obtenho resposta, então me aproximo.
— Amor, trouxe os doces que você me pediu... — sussurro, percebendo que minha voz está um pouco mais infantil. Então ela se vira para mim. — Yui....
Seus olhos estavam brancos, com os globos oculares levemente podres; de sua boca, escorria saliva espumada, densa e fétida, misturada ao sangue que também saía de sua boca.
Sua garganta estava cortada e, em sua mão havia uma garrafa de veneno de rato. E então, ela sorriu para mim, se rastejando em minha direção.— Por que demorou tanto, princesa? Estava lhe esperando...Tão agoniada e morrendo de frio. — diz e, quanto mais falava, mais sangue jorrava de sua garganta. Sinto meu estômago se embrulhar com a cena.
𝘗𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦?
— Por que me deixou sozinha por tanto tempo, Moa? Por que não os fez parar? Você não me ama de verdade?! — à cada pergunta, sua voz saía mais fraca, mais arranhada e lenta. De repente ela cai, parecendo morta, franzo o cenho querendo me aproximar, mas meus pés não saem do lugar. O que está acontecendo?
𝘚𝘦𝘳𝘢́ 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘴𝘰𝘯𝘩𝘢𝘯𝘥𝘰?
E então, seu corpo começa a solavancar no tapete, ela estava tendo convulsões. Seus olhos podres se reviram e seus ossos se estalam como se fossem quebrar, e talvez fossem mesmo. E então ela para...
Com a boca aberta e os olhos arregalados olhando em minha direção, Yui se levanta lentamente, como se seu corpo não tivesse ossos, seus membros se retorcem e seu pescoço é mole, deixando sua cabeça pendurada.
Então ela sussurra meu nome, tão suave que parecia uma melodia calma, me hipnotizando. A visão horrenda que tenho dela se distorcia lentamente, para uma pior ainda, Yumi agora estava em seu lugar, me chamando...Sussurrando meu nome enquanto se aproxima com a mandíbula pendurada.Então eu abro os olhos, Yumi estava à minha frente, gritando meu nome, com o rosto molhado por lágrimas. Em minha mão, próxima ao meu pescoço estava uma faca de cozinha, usada para cortar carnes e outros alimentos que necessitavam de uma faca grande e bem amolada.
Jogo a faca no chão procurando, em mim, qualquer corte ou resquício de sangue. Minhas mãos tremiam, meu corpo tremia. E Yumi me abraça apertado, seu corpo dava espasmos à cada soluço dado por ela e, eu só a abraço de volta, me sentindo aliviada por tudo não ter passado de um pesadelo.
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Tarja preta - MOAMETAL
FanfictionApós um festival, o estádio é interditado pelos seguranças locais. Motivo? uma garota havia desaparecido misteriosamente. Testemunhas disseram que a mesma tinha sido levada aoa fundos do palco por um grupo de pessoas, que alegaram que a garota estav...