11 - "Me desculpe, Momo..."

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𝗬𝘂𝗺𝗶 𝗻𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼.

Se passou 5 meses desde que decidi voltar a morar com Moa.
A fiz voltar a tomar seus remédios e iniciar um acompanhamento médico, agora eu e ela vivemos bem uma com a outra. Sem brigas ou desentendimentos por motivos bobos.
Na verdade, vivemos como um casal dentro de casa. Dormimos juntas, ela sempre me dá beijos de "bom dia" e "boa noite" - na bochecha ou testa, obviamente - e também fazemos muitas coisas de casal.

Mas faz tempo que não vejo minha própria namorada. Sinto falta dela, mas não sei se ainda sinto o mesmo.
Tudo o que fazíamos, faço com Moa agora - menos a parte mais íntima - sou bem tratada por ela e sinto algumas coisas sempre que fazemos algo fofo.

𝘕𝘢̃𝘰 𝘷𝘰𝘶 𝘯𝘦𝘨𝘢𝘳, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘰 𝘮𝘦𝘥𝘰 𝘥𝘦 𝘔𝘰𝘢 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢𝘳 𝘢 𝘮𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘵𝘢𝘳 𝘮𝘢𝘭.

Volto do mercado, sendo recebida por um cheiro bem convidativo vindo da cozinha. Moa estava cozinhando algo bem cheiroso para o almoço, devo admitir.
Indo até a cozinha, me deparo com uma cena engraçada e fofa.

Ela estava misturando algo na panela enquanto dançava igual um criancinha. Não consigo me conter e rio baixo chamando sua atenção, fazendo-a me olhar e sorrir logo em seguida.

— Comprei tudo o que você me pediu e mais algumas coisas. — digo guardando os adicionais que comprei. Deixo as coisas que ela me pediu encima do balcão da pia, e sento no balcão que separa a cozinha da sala. — O que falta fazer ainda?

— Nada. Só os legumes que você trouxe e o suco. — diz se aproximando de mim e, se posicionando com o corpo entre minhas pernas, abraça a minha cintura. — Quer fazer algo mais tarde? Podemos sair, ou assistir. — acaricio seu cabelo que já está bem longo, chegando até o fim de suas costas. Pensando muito, decido dizer o que realmente quero fazer.

— Acho que, hoje vou chamar Momo para sair. Tudo bem por você? — percebo sua expressão mudando para uma mais séria, suspiro, temendo que ela tenha aquele comportamento de antigamente. — Faz tempo que não a vejo, por favorzinho, Moa... — aperto as bochechas dela, fazendo um bico aparecer em seus lábios.

𝘌 𝘴𝘦 𝘦𝘶 𝘰𝘴 𝘣𝘦𝘪𝘫𝘢𝘴𝘴𝘦? 𝘗𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘵𝘢̃𝘰 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘰𝘴𝘰𝘴...

— Ok ok! Apenas não volte tão tarde, ta? Não a quero fora de casa após às 11. — diz soando autoritária, o que a deixa mais atraente que o normal. — Está bem, Yumi?! — pergunta, me trazendo de volta à realidade.

— Claro, Moa...Claro. — digo fazendo um biquinho. Percebo o olhar da mais velha em meus lábios e entendo que não sou a única que tem vontades, sabe? Os umedeço com a língua sem tirar o olhar dos olhos dela que permanecem no mesmo lugar. — Ei, meus olhos não são em meus lábios. — seu olhar sobe até meus olhos e seu rosto toma um tom rosado, quase vermelho, o que me faz rir.

— Vá arrumar algo para fazer, vá! — Moa volta para o fogão completamente envergonhada. — Fica com essas gracinhas mesmo, Yu. Vou te colocar de castigo! — finge me repreender, o que me causa um ataque de risos. Ela se vira com as mãos na cintura, com uma expressão falsamente séria. — Qual a graça?

Desço do balcão ainda rindo e, me aproximando dela, vou parando de rir, me tornando um pouco mais séria. Parando à sua frente, pouso minhas mãos em sua cintura bem modelada e aproximo meus lábios de sua orelha. — A graça é que você não tem autoridade alguma, mas acha que tem. — Sussurro e, quando me afasto, a vejo extremamente séria.

𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘮𝘦𝘵𝘪?

Talvez eu tenha ferido seu ego, pois Moa sente prazer em mandar, em ter autoridade sobre alguém, em se sentir dominante, sabem?
Ela pode ser pequena, mas é um poço de dominância e, isso é a parte mais deliciosa dela que conheço até agora. Será que ela e Yui tinham fetiches estranhos?

Tarja preta - MOAMETALOnde histórias criam vida. Descubra agora