Capítulo 21: Armadilhas e Sacrifícios

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Bruce sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ler a mensagem dos cientistas. A menção ao poder de seu filho e a ameaça implícita deixaram-no paralisado por um momento. Sua mente, sempre tão afiada, foi subitamente invadida por um desespero que ele raramente permitia que o dominasse.

Alfred, observando a mudança sutil no comportamento de seu patrão, aproximou-se com cautela.

Alfred “Patrão Bruce, sei que a situação parece desesperadora, mas você precisa manter a calma. Clark e o bebê precisam de você agora mais do que nunca.”

Bruce fechou os olhos, tentando afastar as imagens de Clark em perigo. Ele sabia que não podia deixar o medo tomar conta. Quando abriu os olhos novamente, estavam determinados, mas ainda carregavam a sombra da preocupação.

Bruce “Eles sabem sobre o bebê, Alfred. Sabem do que ele será capaz... Não posso permitir que o usem. Preciso fazer algo, mas não posso arriscar mais ninguém.”

Alfred assentiu, compreendendo o peso da situação. Como sempre, seu papel era ajudar Bruce a encontrar clareza em meio ao caos.

Alfred “Precisamos de um plano, senhor. Algo que os faça pensar que você está se rendendo, mas que, na verdade, te dê uma vantagem. A Liga pode ajudar, mas eles devem permanecer nas sombras até que o momento certo chegue.”

Bruce começou a considerar as palavras de Alfred. Ele sabia que os cientistas esperariam que ele agisse de maneira desesperada. Se ele fingisse se entregar, isso poderia lhes dar uma falsa sensação de segurança, uma oportunidade que a Liga poderia usar para atacar.

Bruce (com mais determinação) “Você está certo, Alfred. Eu vou me entregar. Mas não será como eles esperam. A Liga vai me apoiar, mas de forma invisível. Precisamos de uma estratégia que envolva todos os nossos recursos.”

Alfred sorriu com aprovação. Batman, o Cavaleiro das Trevas, estava de volta. Não mais dominado pelo medo, mas guiado por uma resolução feroz de proteger sua família a qualquer custo.

Alfred “Vou começar a organizar tudo, senhor. Mas, por favor, não esqueça que estamos todos do seu lado. Não enfrente isso sozinho, mesmo que seja o que pareça necessário.”

Bruce assentiu e começou a traçar os detalhes do plano. Cada movimento tinha que ser perfeito, cada membro da Liga tinha que estar em posição, e ele precisava estar preparado para qualquer eventualidade.

A missão seria a mais perigosa que ele já enfrentou. Mas com a vida de Clark, do bebê, e possivelmente o futuro do mundo em jogo, Bruce sabia que não tinha outra escolha. Ele estava pronto para se sacrificar, mas faria isso de maneira a garantir que os cientistas não ganhassem nada com isso.

A noite estava apenas começando, e a tempestade que se aproximava seria a mais intensa que ele já havia enfrentado.

Bruce passou as horas seguintes elaborando cada detalhe do plano. A tensão no ar era palpável, mas ele se recusava a deixar o desespero vencer. Os membros da Liga foram convocados, um a um, para a Batcaverna. A situação era delicada, e Bruce sabia que precisaria da ajuda de todos para garantir o sucesso da missão.

Quando todos estavam reunidos, Bruce subiu ao centro da sala, onde um holograma do laboratório dos cientistas estava projetado.

Bruce “Eles estão esperando que eu me renda, que eu vá até eles sozinho. É isso que faremos... mas com algumas alterações.”

Os membros da Liga observavam atentamente enquanto Bruce começava a expor seu plano.

Bruce “Vou me entregar, como eles esperam. Vou me aproximar do laboratório, sem resistência. Eles vão acreditar que têm o controle, mas essa será a nossa vantagem.”

Diana, sempre a mais direta, cruzou os braços e perguntou:

Diana “E qual é a nossa parte nisso, Bruce?”

Bruce: “Enquanto eles me levam para dentro, vocês estarão em posição ao redor do perímetro. A prioridade é resgatar Clark e o bebê. Eles não sabem que vocês estarão lá, então teremos o elemento surpresa do nosso lado.”

Barry, o Flash, parecia ansioso.

Barry “E como vamos garantir que eles não machuquem o Clark? Se eles suspeitarem de qualquer coisa, podem agir impulsivamente.”

Bruce assentiu, já prevendo essa preocupação.

Bruce “Essa é a parte mais arriscada do plano. Vou me certificar de que eles estejam focados em mim, convencendo-os de que não tenho interesse em outra coisa senão me render. E nisso vou deixar passar dois dias, isso deve dar a vocês tempo para encontrar e resgatar Clark. Eles não iriam por Clark no mesmo esconderijo que mim querem mim colocar, isso dá a vocês a vantagem de achar Clark.”

O silêncio caiu sobre a sala enquanto os membros da Liga digeriam o plano. Não era perfeito, mas era a melhor chance que tinham. Depois de alguns instantes, Diana deu um passo à frente.

Diana “Vamos fazer isso. Clark e o bebê dependem de nós.”

Os outros membros concordaram, a determinação brilhando em seus olhos. Bruce continuou a detalhar as funções de cada um, garantindo que todos soubessem exatamente o que fazer e quando agir.

Finalmente, quando tudo estava pronto, Bruce se afastou dos seus companheiros, e manda uma mensagem destinada aos cientistas sobre sua falsa rendição.

Bruce “Lembrem-se, precisamos ser precisos. Não podemos falhar. Este é o momento em que tudo pode mudar.”

Os membros da Liga acenaram com a cabeça, prontos.

Bruce estava, sentado diante dos monitores, quando o som característico de uma nova mensagem ecoou pela sala. Seu coração acelerou enquanto ele abria a comunicação. A mensagem dos cientistas apareceu na tela, exibindo uma coordenada precisa e uma única exigência: que ele se apresentasse no local em duas horas.

Bruce “Eles morderam a isca.”

Sua voz era controlada, mas Alfred, que estava ao seu lado assim como a liga, percebeu a tensão subjacente.

Alfred  “Tudo está conforme o planejado, senhor?”

Bruce assentiu, os olhos fixos na tela.

Bruce “Sim. Mas ainda temos que executar tudo perfeitamente.”

Ele se levantou, seus movimentos precisos e calculados, e começou a se preparar para o confronto. Colocou o traje, ajustou os dispositivos no cinto e, por fim, pegou uma pequena seringa que Alfred lhe entregou.

Alfred “Sedativo de emergência, caso as coisas saiam do controle. Não quero ver o senhor se colocando em mais riscos do que o necessário.”

Bruce pegou a seringa e a guardou no cinto, olhando para Alfred com um semblante sério.

Bruce “Espero que não seja necessário, Alfred.”

A Batcaverna estava mais silenciosa do que o habitual, apenas o som dos preparativos de Bruce e da Liga ecoando no vasto espaço. Cada segundo contava, e Bruce sabia que não tinha tempo a perder.

Bruce “Todos preparados? Recebi a localização.”

As respostas vieram rápidas e concisas. Todos estavam prontos.

Diana “Estamos preparados, Bruce. Nos avise quando estiver a caminho.”

Bruce tomou um momento para respirar fundo, sabendo que, apesar de todo o planejamento, as coisas poderiam facilmente sair do controle.

Bruce “Vou sair em cinco minutos. Mantenham a calma e sigam o plano.”

Ele encerrou a comunicação e se dirigiu ao Batmóvel, onde Alfred o esperava para uma última palavra antes de partir.

Alfred “Lembre-se, PatrãoBruce, eles querem você vivo. Isso lhes dá uma vantagem. Use-a.”

Bruce deu um leve aceno, o peso da responsabilidade se refletindo em seus olhos.

Bruce “Vou trazer Clark e nosso filho de volta, Alfred. Nada vai me impedir.”

Ele entrou no Batmóvel, o motor rugindo enquanto as portas da Batcaverna se abriam. Com uma última olhada para Alfred, Bruce acelerou em direção à localização enviada pelos cientistas.

O caminho até o local foi marcado por uma tensão crescente. A cidade de Gotham passava rapidamente pelas janelas do Batmóvel, mas tudo o que Bruce conseguia pensar era em Clark, preso nas mãos dos cientistas. Ele sabia que estava correndo contra o tempo.

Finalmente, ele chegou ao local indicado: uma instalação abandonada nas áreas mais remotas de Gotham, cercada por mata densa e de difícil acesso. Parou o Batmóvel a uma distância segura e ativou os protocolos de camuflagem, antes de sair e se preparar para o encontro.

Ativou o comunicador novamente.

Bruce “Estou no local. Iniciando a abordagem.”

Ele começou a se mover em direção à instalação, o coração batendo rápido, mas sua mente estava fria e calculista. A cada passo, ele se preparava para o que poderia encontrar lá dentro. A Liga estava em posição, e ele sabia que, no final, tudo dependia de sua habilidade de manter os cientistas distraídos o tempo suficiente.

Finalmente, chegou à entrada. Dois guardas o esperavam, armados, mas não o atacaram. Em vez disso, apenas abriram a porta e o conduziram para dentro.

Bruce não falou uma palavra, mantendo sua compostura enquanto era levado por um longo corredor até uma grande sala, onde um grupo de cientistas o aguardava. O líder, um homem alto com cabelo grisalho e olhos frios, deu um passo à frente.

**Líder dos Cientistas:** “Bem-vindo, Batman. Vejo que resolveu cooperar. Isso torna as coisas muito mais simples.”

Bruce manteve seu rosto impassível.

Bruce “Onde está o Superman?”

O líder sorriu, satisfeito com a demonstração de preocupação.

**Líder dos Cientistas:** “Ele está bem, por enquanto. Mas isso depende muito de você. Vamos começar.”

Os cientistas começaram a conduzir Bruce para uma área onde claramente planejaram realizar experimentos. Ele deixou que o levassem, mantendo a calma, enquanto sabia que a Liga estava observando tudo.
O jogo de gato e rato havia começado, e a batalha pelo futuro de sua família estava prestes a se desenrolar.

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