Os dias lentamente se transformaram em semanas, e Bruce permanecia em coma, ainda sendo monitorado por Cyborg e os médicos incansavelmente. Apesar da incerteza, Clark nunca deixou o lado de Bruce. Com seu corpo recuperado e suas forças renovadas, Clark se dedicava completamente a estar presente para seu amado.
Clark agora passava horas ao lado de Bruce, conversando com ele, como se o homem que amava pudesse ouvi-lo. Embora Bruce estivesse inerte, Clark se recusava a acreditar que suas palavras caíam em ouvidos surdos. Além disso, o bebê em sua barriga, agora saudável e ativo, proporcionava uma fonte de conforto e esperança, movendo-se frequentemente como se respondesse ao som da voz do pai.
Alfred, sempre atento e paternal, decidiu que esses momentos não deveriam ser esquecidos. Discretamente, ele começou a gravar as conversas que Clark tinha com o bebê e com Bruce. Ele queria que Bruce soubesse, quando acordasse, que, mesmo em seu estado de inconsciência, ele nunca esteve sozinho e que tanto Clark quanto o bebê estavam bem, esperando por ele.
Nas gravações, a voz de Clark variava entre o calor de um pai que conversava carinhosamente com seu filho e a dor de um homem que falava com o amor de sua vida, implorando para que ele voltasse.
Clark (acariciando sua barriga) “Ei, pequeno, você sabe que seu papai está aqui com a gente, não sabe? Ele é o homem mais forte que eu conheço, e eu tenho certeza que ele vai acordar logo. E quando isso acontecer, vamos ser uma família completa.”
Em outras conversas, a voz de Clark quebrava-se de emoção enquanto ele falava com Bruce.
Clark (segurando a mão de Bruce) “Bruce, precisamos de você... Eu preciso de você. Nosso filho vai precisar de você também. Por favor, não desista. Lute para voltar para nós.”
Alfred capturava esses momentos com um peso no coração, mas também com a esperança de que um dia, Bruce ouviria essas gravações e saberia o quanto era amado e necessário.
O tempo seguia seu curso na Batcaverna. Clark mantinha a vigilância constante ao lado de Bruce, enquanto os membros da Liga da Justiça visitavam regularmente, oferecendo apoio e conforto. Mesmo nas horas mais escuras, havia um fio de esperança inquebrável que unia todos eles.
As gravações de Alfred se tornavam um diário vivo de amor, esperança e força. Cada palavra gravada era um testemunho do vínculo inquebrável que unia aquela pequena família, e um lembrete de que, por mais difícil que fosse o caminho, eles continuariam a caminhar juntos, esperando o dia em que Bruce finalmente abriria os olhos e voltaria para os braços daqueles que o amavam.
O que Clark, Alfred, e os médicos não sabiam era que Bruce podia ouvir quase tudo ao seu redor. Preso em sua própria mente e corpo, ele lutava desesperadamente para se libertar das correntes invisíveis que o mantinham imóvel. Embora seus olhos permanecessem fechados e seu corpo inerte, dentro de si, Bruce batalhava contra a substância desconhecida que percorria seu sistema.
A cada palavra que ele ouvia, dita por Clark ou por Alfred, uma chama de determinação acendia-se em seu peito. Bruce estava ciente de que Clark precisava dele, e isso alimentava sua vontade de lutar. Ele visualizava o rosto de Clark, agora suavizado pela gravidez, a barriga que abrigava o bebê que eles criaram juntos. A imagem era como um farol, guiando-o de volta à consciência.
Bruce não sabia ao certo quanto tempo estava preso nesse estado, mas sentia o tempo passar a cada movimento do bebê que Clark descrevia. Ele ouvia Clark conversar com o filho, prometendo que tudo ficaria bem, que ele e Bruce estariam lá para ele.
Dentro de si, Bruce usava toda a força que tinha para combater as substâncias em seu corpo, focando-se em um único objetivo: voltar para Clark. Ele queria ver como Clark estava, queria acariciar a barriga que ele só podia imaginar, queria sentir o calor do corpo de Clark ao seu lado novamente. A dor da separação era quase insuportável, mas ele não deixaria que isso o derrotasse.
Bruce sabia que não poderia desistir, que tinha que lutar contra o veneno que corria em suas veias, para abrir os olhos, para estar presente ao lado de Clark e do bebê. Cada palavra que ele ouvia era como uma corda lançada em direção ao abismo onde ele estava preso. Ele precisava segurar cada uma dessas cordas, precisava usar cada gota de sua força de vontade para subir de volta à superfície.
A luta dentro de Bruce era intensa. Ele sentia o peso do veneno tentando arrastá-lo para baixo, mas a força do seu amor por Clark e a esperança de conhecer seu filho eram mais fortes. Bruce se agarrava a esses sentimentos como uma âncora, puxando-se lentamente para fora da escuridão.
Na Batcaverna, enquanto Clark conversava suavemente com a barriga, e Alfred cuidava diligentemente de tudo ao redor, Bruce fazia o possível para retornar ao mundo dos vivos. Ele sabia que não seria fácil, mas também sabia que não estava sozinho. Com Clark esperando por ele, com um futuro ao lado da pessoa que amava e do filho que estavam prestes a ter, Bruce se recusava a deixar a escuridão vencê-lo.
O amor que unia Bruce e Clark era a força motriz que o mantinha lutando, e Bruce sabia que, com o tempo, ele finalmente conseguiria quebrar as correntes que o mantinham prisioneiro. E quando esse dia chegasse, ele estaria pronto para abraçar Clark e seu filho, e nunca mais deixar que nada os separasse. Três meses se passaram, e Clark já estava com nove meses de gravidez. O dia do parto se aproximava rapidamente, trazendo consigo uma mistura de ansiedade e esperança. Como de costume, Clark foi visitar Bruce na Batcaverna, sua rotina diária desde que o amado havia entrado em coma. Ele sentou-se ao lado de Bruce, segurando a mão do parceiro com ternura, falando sobre o futuro e sobre como ansiava que Bruce estivesse ao seu lado quando o bebê nascesse.
Foi então que, para sua surpresa, Clark sentiu um aperto suave em sua mão. Ele congelou por um momento, sem acreditar no que estava acontecendo. Mas o aperto estava lá, real e firme. As lágrimas de felicidade encheram os olhos de Clark enquanto ele apertava a mão de Bruce de volta, sentindo uma onda de esperança o invadir.
“Bruce... você está me ouvindo?” Clark sussurrou, a voz embargada pela emoção.
Sem esperar mais, Clark chamou por Cyborg com urgência. Cyborg chegou rapidamente, preocupado que algo grave tivesse acontecido. Mas ao ver a expressão radiante no rosto de Clark, ele soube que era algo bom.
“Ele apertou minha mão, Victor! Bruce apertou minha mão!” Clark exclamou, a alegria transbordando em suas palavras.
Cyborg rapidamente começou a realizar exames em Bruce, verificando seus sinais vitais e analisando o estado de seu corpo. Ele passou o scanner sobre Bruce, observando atentamente os dados que apareciam em sua tela.
“É incrível,” Cyborg disse, com uma nota de surpresa em sua voz. “A toxina está quase extinta do sistema de Bruce. Ele está recobrando a consciência, lentamente. Parece que a sua presença realmente fez a diferença, Clark.”
Clark sentiu o coração acelerar com a notícia. Era como se uma grande nuvem escura estivesse finalmente começando a se dissipar. Bruce estava voltando para ele, para o bebê, e para o futuro que eles haviam sonhado juntos.
“Eu sabia que você ia voltar para nós,” Clark sussurrou, abaixando-se para beijar a testa de Bruce. “Estamos te esperando, Bruce”.
As palavras de Clark pareciam carregar uma promessa de dias melhores. Com a toxina quase erradicada e Bruce começando a despertar, havia finalmente luz no fim do túnel.
A alegria de Clark ao sentir o aperto na mão de Bruce foi tão intensa que ele quase não percebeu a dor aguda que o atingiu de repente. Uma onda de contrações percorreu seu corpo, e ele soube instantaneamente que algo estava acontecendo. Antes que pudesse reagir, sentiu um calor se espalhar por seu ventre e, em seguida, a sensação inconfundível de sua bolsa estourando.
Ele murmurou de dor e surpresa, tentando processar o que estava acontecendo. O som baixo e contido foi suficiente para chamar a atenção de Cyborg, que ainda estava ao lado de Bruce, examinando os resultados dos exames.
“Clark?” Cyborg perguntou, virando-se rapidamente para ver o amigo com uma expressão de dor no rosto. “O que está acontecendo?”
Clark lutou para falar, sentindo outra contração forte apertar seu corpo. Ele tentou respirar fundo, mas a dor era intensa, diferente de qualquer outra que ele já havia experimentado. Cyborg percebeu imediatamente o que estava acontecendo.
“Acho que o bebê está vindo... agora!” Clark conseguiu dizer entre respirações pesadas, sua voz trêmula com a intensidade da dor.
Cyborg não perdeu tempo. Ele ativou imediatamente seus comunicadores, chamando Alfred e alertando os médicos de confiança de Bruce que estavam na Batcaverna. Eles precisariam agir rápido. Clark estava prestes a dar à luz, e o momento pelo qual todos esperavam havia chegado, em um momento inesperado.
“Segure firme, Clark,” Cyborg disse, tentando manter a calma enquanto ajudava Clark a se mover para uma posição mais confortável. “Vamos cuidar de você e do bebê. Tudo vai ficar bem.”
Alfred entrou na sala às pressas, seguido pelos médicos. O ambiente ficou repleto de uma energia intensa e concentrada enquanto todos trabalhavam para garantir que o parto acontecesse da forma mais segura possível, tanto para Clark quanto para o bebê.
Apesar da dor, Clark segurou a mão de Bruce com força, sentindo-se conectado a ele mesmo naquele momento caótico. Ele sabia que, de alguma forma, Bruce estava ali com ele, em espírito, e que logo estariam todos juntos como uma família.
Clark estava deitado na sala de cirurgia, tentando manter a calma enquanto os médicos e Cyborg preparavam tudo para a cesariana. Embora tentasse se concentrar na chegada iminente de seu filho, ele não conseguia deixar de sentir uma pontada de tristeza ao lembrar de Bruce, ainda inconsciente na outra sala. Soltar a mão dele havia sido difícil, mas Clark sabia que precisava ser forte pelo bem do bebê.
Enquanto isso, na sala ao lado, algo extraordinário aconteceu. Assim que Clark deixou a sala, Bruce abriu os olhos, como se o chamado do nascimento de seu filho tivesse despertado algo profundo dentro dele. Ele piscou algumas vezes, ajustando-se à luz suave da Batcaverna, e tentou mover o corpo. Suas pernas estavam fracas, e cada movimento era um esforço, mas ele sabia que precisava estar presente.
Reunindo toda a força que havia restado em seu corpo debilitado, Bruce se empurrou para fora da cama, seus músculos protestando com a falta de uso. Ele se segurou nas paredes, cambaleando a cada passo, mas determinado a chegar até Clark. A mente dele estava focada em apenas um objetivo: estar ao lado de seu amor enquanto seu filho nascia.
Os corredores pareceram intermináveis, cada passo um teste de sua força de vontade, mas Bruce continuou. Quando finalmente chegou à porta da sala de cirurgia, ele respirou fundo, ignorando a dor e o cansaço que ameaçavam dominá-lo. Ele empurrou a porta com cuidado, entrando tão silenciosamente que ninguém percebeu sua presença.
Foi só quando Bruce segurou a mão de Clark que todos se deram conta de que ele estava ali. Clark virou a cabeça, surpreso, e seus olhos se encontraram com os de Bruce. Aquele olhar, cheio de amor e determinação, fez com que uma onda de alívio e emoção varresse Clark.
“Estou aqui, meu amor,” Bruce sussurrou, sua voz rouca mas cheia de carinho.
Clark apertou a mão de Bruce com força, sentindo-se mais seguro e tranquilo com Bruce ao seu lado. Naquele momento, todos os medos e incertezas desapareceram, substituídos por uma sensação avassaladora de amor e conexão.
E com Bruce segurando sua mão, Clark soube que, não importava o que viesse a seguir, eles enfrentariam juntos.
Cyborg sentiu uma onda de felicidade ao ver Bruce ao lado de Clark, mas sabia que aquele não era o momento para conversas. Toda sua concentração estava focada na cirurgia, realizando cada movimento com precisão. Os segundos se arrastaram, mas então, um som que parecia mágico preencheu a sala: o choro de um bebê.
Clark, não conseguiu segurar as lágrimas. Depois de tudo que passaram, seu filho finalmente estava aqui. Cyborg, sorrindo, se virou para Bruce e perguntou com uma voz gentil: “Você quer cortar o cordão umbilical?”
Com um aceno determinado, Bruce deu um passo à frente e, com as mãos ainda um pouco trêmulas de emoção, cortou o cordão que ligava seu filho ao ventre de Clark. Era um gesto simples, mas carregado de significado; finalmente, ele estava ali para cumprir seu papel como pai.
O bebê foi então levado pelos médicos para ser limpo e avaliado, enquanto Cyborg terminava de fechar a incisão em Clark. Assim que a cirurgia foi concluída, **Clark** sentiu seu corpo se curar instantaneamente, graças aos seus poderes kryptonianos.
Sem hesitar, Clark levantou-se da mesa de cirurgia, ainda sentindo as emoções à flor da pele. Ele se virou para Bruce e o abraçou com todo o amor que sentia, um abraço cheio de gratidão, alívio e alegria.
Bruce retribuiu o abraço, segurando Clark como se nunca mais quisesse soltá-lo. Naquele momento, o mundo ao redor parecia desaparecer. Nada mais importava além de estarem juntos, como uma família.
Os médicos voltaram com o pequeno Jonathan nos braços, envolto em um cobertor macio. Bruce foi o primeiro a pegá-lo, seu coração transbordando de emoção. Ao segurar o bebê, não conseguiu conter as lágrimas que corriam pelo seu rosto.
“Bem-vindo, filho,” disse Bruce, a voz embargada, “eu te amo tanto, meu pequeno.”
Clark se aproximou e, com um sorriso terno, beijou a cabeça de Jonathan. “Estávamos tão ansiosos por você, meu amor.”
Enquanto esse momento íntimo se desenrolava, todos os membros da Liga chegaram à sala. Eles ficaram surpresos e emocionados ao ver Bruce de pé, segurando o bebê, algo que parecia impossível alguns momentos antes.
Alfred observou a cena com lágrimas nos olhos. Pela primeira vez, ele se permitiu chorar, tocado pela visão de seu querido patrão finalmente reunido com sua família.
Bruce se aproximou de Alfred e, com uma expressão sincera de gratidão, disse: “Obrigado por cuidar da nossa família quando eu não podia. Muito obrigado, Alfred.”
Alfred sorriu através das lágrimas, sabendo que seu apoio havia sido fundamental. O ambiente estava cheio de alegria e alívio, e todos os presentes sabiam que, apesar das dificuldades enfrentadas, esse momento era a realização de um sonho, o início de uma nova e bela fase para Bruce, Clark e seu filho.
Cyborg, mesmo tentando não interromper a felicidade do momento, sabia que era necessário. Com uma expressão de preocupação, disse: “Bruce, preciso examinar você. É um milagre que você já esteja de pé.”
Bruce acenou com a cabeça, entendendo a importância do exame. Ele sabia que a recuperação total era essencial para continuar cuidando de sua família.
Enquanto Cyborg se preparava para o exame, Clark se virou para Bruce e, com muito carinho, pegou Jonathan no colo pela primeira vez. O sentimento que invadiu seu coração foi indescritível; uma mistura de amor, proteção e alegria pura. Segurar o bebê nos braços fez com que Clark se sentisse completo de uma forma que nunca havia experimentado antes.
Bruce observou a cena, seu coração transbordando de felicidade ao ver Clark com Jonathan. Era um momento de pureza e amor, um lembrete do que realmente importava em meio às adversidades que enfrentaram.
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amor e destino
FanfictionSinopse Em meio às sombras de Gotham, um romance inesperado floresce entre Batman e Superman. Ambos alfas, com Batman sendo um alfa lúpus capaz de engravidar, outros alfas eles irão enfrentar não apenas seus sentimentos conflitantes, mas também a n...