O Eclipse do Rei Sombrio / Vol 1

CAPÍTULO 24

O submundo era um lugar onde as regras eram moldadas pela força e pela crueldade, e Cristóvão havia encontrado seu lugar nesse reino sombrio com uma determinação implacável. Ao longo do tempo, ele se tornou uma figura notável, conhecido não apenas por suas habilidades como necromante, mas também por sua habilidade de manipular e dominar os demônios que habitavam o submundo. Em vez de apenas satisfazer os desejos dos demônios, Cristóvão os usava para seu próprio benefício, tomando suas auras de escuridão e fortalecendo-se a cada batalha. Seu nome ecoava pelas ruas do submundo, um testemunho de seu poder crescente e de sua capacidade de espalhar destruição.

Cristóvão sabia que o momento de agir havia chegado quando o nome de seu irmão, Cristian, começou a se tornar uma lenda. Cristian havia se tornado um demônio, rei do submundo, e seu reinado era marcado pela destruição de vilas, terras e mundos. A ambição de Cristian parecia não ter limites, e o submundo estava em caos. Cristóvão sentia uma dor no peito ao ver seu irmão tornar-se uma força de destruição, e essa dor o impulsionava a tomar uma atitude.

Em um dia especialmente significativo, enquanto um dos deuses do pacto visitava o palácio do submundo, Cristóvão viu uma oportunidade. Ele se disfarçou de seu irmão e tomou o trono, empunhando a lança da escuridão com uma aura de autoridade. O Deus da Memória, um dos deuses do pacto, chegou ao palácio e encontrou Cristóvão sentado no trono.

"Que bom finalmente conhecer o Rei das Sombras pessoalmente," disse o Deus da Memória, sua voz carregada de ironia.

"Não digo o mesmo," respondeu Cristóvão com um sorriso frio. "Você deveria ter vergonha de trair o santuário, não?"

O Deus da Memória ficou visivelmente irritado com a descoberta. "Como soube?"

Cristóvão riu com desdém. "Eu tenho meus meios. Mas enfim, quero seu artefato e, além disso, soube que um deus está apaixonado por mim."

O Deus da Memória reagiu com desprezo. "Não vou te dar nada. Você não pode provar nada."

"Haha, posso sim. Vamos fazer um acordo: me dê seu artefato e a autorização de usá-lo, e eu te transformo em meu servo," propôs Cristóvão, com um tom desafiador. "Se não aceitar, faremos do jeito mais divertido."

O Deus da Memória, enraivecido, respondeu: "Nada feito. Eu vou te matar agora mesmo, Cristian."

Cristóvão, com um sorriso frio, liberou sua habilidade, forçando o Deus da Memória a se tornar seu servo. "E quem disse que estava contando com a sua aceitação? Dessa forma, as coisas ficam mais prazerosas."

Com o tempo, Cristóvão conseguiu obter o artefato desejado e a notícia de sua conquista se espalhou rapidamente, tanto entre os deuses quanto pelo submundo. A reputação do Rei Sombrio foi reforçada com o boato de que ele havia matado um deus e roubado seu artefato.

Cristian, em sua busca incessante por poder e destruição, não entendeu completamente o que estava acontecendo no submundo. Ele sabia que havia destruído o mundo humano e que sua família estava morta, então não tinha dúvidas de que Cristóvão estava vivo e, pior, estava fazendo o mesmo tipo de destruição que ele próprio havia causado. As notícias e boatos sugeriam que Cristovão estava agora para dar o próximo passo em sua brincadeira sinistra.

Cristóvão, ao saber do amor de Thales por Cristian, formulou um plano. A ideia de que Thales estava apaixonado pelo assassino do deus era a chave para o próximo passo. Cristóvão decidiu usar essa informação para tirar Cristian do submundo e, ao mesmo tempo, eliminar uma ameaça potencial.

O plano era simples: fazer com que o boato sobre Thales se espalhasse para que ele fosse banido do santuário. Cristovão sabia que, se Cristian perdesse suas memórias, seria possível manipulá-lo e enviá-lo para um lugar distante. Com a ajuda de seu novo poder como Deus da Memória, Cristóvão apagou as memórias de Cristian e o enviou para um local remoto, longe do submundo e de qualquer possível interferência e Thales foi atrás de seu amado.