Cristian acordou com uma dor latejante na cabeça. A raiva borbulhava em seu peito ao perceber que estava em uma espécie de prisão futurista. As paredes brilhavam com um tom metálico, sem janelas, apenas com uma única porta trancada. Ele tentou usar seus poderes, mas sentiu-se fraco. A prisão selava suas habilidades, o que só aumentava sua fúria. Com um grito de pura frustração, ele ameaçou:
— Me tirem daqui agora mesmo! Eu juro que, quando sair, vou matar cada um de vocês!
Enquanto isso, no outro lado dos santuário, no salão principal onde os estátuas dos deuses cercavam um majestoso trono, os cinco — Oliver, Bárbara, Thales, Carlos e Cristóvão — estavam reunidos com o homem que afirmava ser Cristian. A tensão era palpável, cada um deles estava envolvido em seus próprios pensamentos.
Carlos, tentando quebrar o silêncio desconfortável, expressou sua preocupação:
— Estamos ferrados se ele sair. Ele está realmente com raiva.
Thales, que estava quieto e pensativo, olhou para o chão, seu coração apertado com a ideia de ver Cristian novamente, mas sabendo que as circunstâncias não estavam a seu favor. Finalmente, ele respirou fundo e disse, com um misto de esperança e medo na voz:
— Posso vê-lo?
O homem, que se dizia ser Cristian de outra realidade, olhou fixamente para Thales e respondeu com firmeza:
— Não... Agora não. Você só vai acabar sofrendo mais do que já está se há até lá. Enquanto ele estiver preso, estamos seguros, mas não o seguraremos por muito tempo, então preciso ser breve com minhas explicações.
Todos ficaram em silêncio, esperando ansiosamente pelo que ele tinha a dizer.
O homem começou, com uma voz grave e cheia de significado:
— Bom, eu sou Cristian, mas de outro mundo. Ou melhor, de outra realidade. Uma realidade bem diferente de vocês. No meu aniversário, recebi um artefato que tinha a capacidade de ver outras realidades e um pouco do futuro. E, Oliver, foi você quem me deu esse artefato. É triste que você não reconheça seu mestre, mas na minha realidade, você sempre foi meu mestre.
Os outros trocaram olhares confusos, tentando compreender as palavras enigmáticas que aquele homem dizia. Ele contínuo:
— Com esse artefato, comecei a observar o que estava acontecendo em várias realidades. Todas eram relativamente normais, nada muito diferente da minha. Mas quando olhei para uma realidade mais distante, fiquei chocado. Era um horror. A minha versão nessa realidade era um monstruoso, disposto a destruir o próprio mundo para viver no submundo. Eu não sabia o que fazer.
Bárbara, com uma expressão de incredulidade, interrompeu:
— Então, se você viu isso, por que não tentou impedir que tudo isso acontecesse?
O homem sorrir, passando a mão pelos cabelos antes de responder:
—É simples. O Cristian daquele mundo só era ruim porque nunca conheceu o amor. Como ele poderia querer afeição se nunca teve? E, além disso, aquela era a única realidade em que ele não conhecia Thales. Então, eu tive que mexer algumas peças para mover o tabuleiro. Primeiro, tive que encontrar um jeito para Cristian conhecer o amor — no caso, Thales. Entreguei o livro para a sua avó cristóvão e mais ou menos disse o que ela deveria fazer. e fala com com você No entanto, tudo saiu do meu controle quando Cristóvão brincou com o destino. Não tive outra opção a não ser abrir um portal para outro mundo e empurrar todos para lá. E então, tive que criar o sistema.
Os cinco ficaram paralisados, tentando processar tudo o que havia sido revelado. As peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar, mas a imagem que se formava era aterrorizante. A batalha entre o amor e a escuridão estava apenas começando.
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O Eclipse do Rei Sombrio / Vol 1
AdventureO Eclipse do Rei Sombrio Cristian, um jovem comum que trabalha como garçom em Belo Horizonte, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um portal para outro mundo surge na estação de metrô, trazendo monstros e um misterioso sistema que transform...