Capítulo 8

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Hospital no dentro de Seul - 8:35 AM. Domingo.

Min Yoongi

Abro os olhos lentamente sentindo meus olhos arderam coma claridade que reflete em meus olhos, olho envolta reconhecendo o local, começo a me lembrar do que aconteceu ontem, do tiro, da dor horrível que senti, estava tudo normal até olhar para a poltrona do lado da cama e ver ele.

— Bom dia, Bela adormecida. – Fala em um tom irritante.

— O que você tá fazendo aqui? – Pergunto desconfiado. – Tá querendo me matar? Oh, qualquer movimento seu eu grito, em. – Ameaço, que pelo visto não pareceu nem um pouco ameaçador já que o mesmo começou a rir.

— Eu não vim matar você, idiota. – Cessa as risadas. – Sou eu que estou encarregado de cuidar de você, por isso estou aqui. – Fala simples.

— Espera, você é um enfermeiro? Não é possível que além de mafioso você seja enfermeiro, é sério, o que mais você esconde daq....

— Eu não sou enfermeiro, eu sou o encarregado de arcar com suas despesas e afins, Min. Eu sei que você deve pensar que o Bangchan está cuidando disso mas não, ele não está, não se preocupe que logo você estará em casa e tudo será esclarecido. – Fala tudo de uma vez me cortando.

Eu até iria questiona-lo  novamente se não fosse a enfermeira que entrou na hora.

— Oh, vejo que o senhor acordou, como se sente? – Caminha até mim parando a poucos sentimentos da maca hospitalar.

— Um pouco tonto...e com fome. – A mesma da uma risadinha.

— Isso é normal senhor, você estava desacordado, quanto a comida eu irei providenciar para o senhor, vou mandar alguém trazer aqui, tudo bem? – Eu ia responder se o Taeyhung me interrompe... DE NOVO.

— Pode deixar que eu cuido da comida dele e de outras coisas que ele precisar, obrigado. – A enfermeira apenas assente em concordância se retirando da sala.

Qual é a desse cara, em?! Será que tem fetiche em tomar decisões no lugar dos outros?! Só pode.

— Eu sei falar, sabia? Então deixa eu respondo quando perguntarem, beleza? – Falo irritado.

— Eu vou buscar sua comida. – se levanta caminhando até a porta me ignorando completamente.

— Me responde!!! Taeyhung!! – Ele sai pela porta sem me responder,me deixando sozinho. – Filho da puta. – Bufo de raiva.

As única perguntas que vem a minha cabeça agora é, como? Como ele soube? Porque está aqui? Ou melhor, porque ele se importa? E cadê o desgraçado do Bangchan?! Era pra ele estar aqui e não esse verme. Continuo com minha indignação interna e nem percebi que o verme já voltou.

— Voltei. – Entra com uma sacola em mãos.

— Eu tô vendo, não sou cego. – Respondo emburrado cruzando os braços.

— Pelo visto o gatinho está de mau humor. – Implica, colocando a sacola encima do meu colo. Eu apenas mostro o dedo do meio pra ele e forço um sorriso.

— Você realmente precisa aprender a ser mais gentil, Min. – Ele diz, com um sorriso provocador, enquanto começa a abrir a sacola.

— Gentil? Você é o último que pode falar sobre isso! – Respondo, tentando manter a expressão séria, mas a curiosidade sobre o que ele trouxe faz meu olhar se desviar para a sacola.

— Olha, eu trouxe seu café da manhã. Espero que você goste de mingau. – Ele tira um recipiente e uma colher de dentro da sacola.

— Mingau? Sério? – Faço uma careta. – Você não poderia ter trazido algo melhor? Tipo... um sanduíche?

— Sanduíche é para quem está bem, Min. Você acabou de levar um tiro. – Ele me lança um olhar sério, mas logo volta a sorrir.

— Ah, que generoso da sua parte. – Respondo sarcasticamente enquanto olho para o mingau como se ele fosse uma ofensa pessoal.

— Olha, eu estou fazendo o melhor que posso aqui. – Ele ergue as mãos em um gesto de rendição. – O que mais você quer? Uma festa de boas-vindas?

— Uma festa seria ótimo se você não estivesse aqui. – Digo enquanto pego a colher e dou uma mexida no mingau.

Ele ri novamente, aquela risada despreocupada que sempre me irritou e ao mesmo tempo me fazia sentir menos tenso.

— Você sabe que não dá pra ficar bravo comigo por muito tempo, né? Eu sou irresistível assim.

— Irresistível? Você só é irritante, e quem disse que eu estou bravo? – Tento manter a pose de raiva, mas meu tom já entrega um pouco de diversão.

— Ah, claro! Só porque você está na cama de hospital e eu sou seu "cuidador", isso não significa que você pode se esconder atrás da raiva.

— Cuidado com o que fala, porque eu posso muito bem pedir à enfermeira para te expulsar daqui!

Ele levanta as mãos novamente em sinal de rendição e então começa a comer um pouco do mingau também.

— Ok, ok! Vamos falar sério agora. Como você está se sentindo realmente?

Essa mudança repentina no tom me pegou desprevenido. Por um momento, o sorriso brincalhão desapareceu de seu rosto.

— Eu... não sei. Estou confuso e meio assustado com tudo isso, para ser honesto. E você ainda não respondeu minhas perguntas. Por que está aqui? O que aconteceu com Bangchan?

Taeyhung suspira e coloca sua colher de lado.

— Eu estou aqui porque alguém precisava cuidar de você e Bangchan teve que resolver algumas coisas... Ele vai voltar assim que puder. Mas eu prometo que vou ficar aqui até ele chegar.

— E você acha que eu quero sua companhia?

— Olha, eu sei que você me odeia agora mesmo... Mas vou te ajudar a passar por isso. E quem sabe assim você possa ver além do meu "lado mafioso".

Eu olho para ele e percebo que por trás da bravata e dos comentários sarcásticos existe alguém disposto a ajudar. Mesmo assim...

— Isso ainda não muda o fato de que você é insuportável!

Ele sorri novamente, aquele sorriso genuíno que sempre conseguia quebrar um pouco da minha resistência.

— Insuportável ou não, sou o único aqui agora. Então come esse mingau antes que esfrie!

Com um suspiro resignado, pego a colher novamente e dou uma colherada no mingau.

— Ok, mas só porque estou com fome... E você ainda vai me explicar por que decidiu ser meu "cuidador".

Ele ri mais uma vez enquanto observa eu comer lentamente.

— Ah, Min! Isso vai ser uma longa conversa...

[...]

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