Doce Pecado [PJM+JJK]

t r a i ç ã o

⚠️AVISO⚠️
O capítulo contém cenas de sexo explícito, se você não se sente confortável, sugiro que pule a cena.

"Me sinto tão distante e ao mesmo tempo tão perto
Decifrando seu silêncio
Então me imagino dentro da sua pele
Mas me perco na tentativa
E por mais que eu busque te dar amor
Você nunca olha para mim"
(Inalcanzable—RBD)

🍎

BUSAN — 28.11.1962

"Havia uma espécie de egoísmo de coração frio em ambos os lados, que os atraía mutuamente; e eles simpatizavam um com o outro em uma conduta insípida e uma falta geral de compreensão."

— O que você está lendo hoje? — Jimin foi arrancado do mundo literário e jogado no mundo real, o que era quase uma agressão para ele.

Piscou algumas vezes antes de erguer a cabeça e tirar os olhos das páginas do livro e encarar o homem à sua frente, que colocava uma bandeja servida com chá e biscoitos na mesa que havia diante dele.

Jimin o analisou, como quem espera que haveria um pedido por trás daquela gentileza toda. Ou era apenas uma recompensa pelo que havia lhe garantido algumas noites antes, que ele torcia para não ser a opção, pois a ideia de Jungkook achar que lhe devia algo por terem feito sexo lhe faria sentir-se uma mercadoria.

— Razão e Sensibilidade — disse Park, colocando o dedo para marcar a página do livro. — O que faz aqui, doutor? Meu horário de terapia é só daqui duas horas.

— Você conta as horas pra me ver, Jimin? — Jungkook provocou com um sorriso maroto se deixando sentar na outra poltrona, de frente para seu paciente.

Jimin olhou para a xícara de chá e os biscoitos fumegantes. Haviam acabado de sair do forno, portanto ou Jeon tinha algum ponto extra com a cozinheira, ou ele mesmo havia feito aquilo.

— Tem veneno nisso? — Jimin perguntou,  desconfiado.

— Porque eu envenenaria você? — Jeon rebateu, com uma voz muito calma e controlada.

Jimin olhou a página em que havia parado e memorizou o número antes de soltar o livro na mesa e se esticar para pegar um biscoito da bandeja.

— Por arrependimento. Culpa. Remorso doloroso e constante. — Jimin sorriu ladino, ele ainda era o motivo dos pensamentos mais sujos do psicólogo e tinha plena ciência disso, o que tornava tudo mais divertido. — Talvez desejo incontrolável. Tudo que é demais é perigoso.