v o l ú p i a

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"Você é tão hipnotizanteVocê poderia ser o diabo?Você poderia ser um anjo?[

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"Você é tão hipnotizante
Você poderia ser o diabo?
Você poderia ser um anjo?
[...]
Me beije, me beije
Me infecte com seu amor
Me encha com o seu veneno
Me leve, me leve
Quero ser sua vítima"
(E.T — Katy Perry)

🍎

BUSAN — 20.11.1962

Ele acreditava que havia coisas no mundo que a mente humana não podia explicar. Pequenos fragmentos da vida que por mais que o ser humano tentasse jamais encontraria respostas para sua existência. Certas coisas não foram feitas para a mente humana compreender. Então em suma, Jeon Jungkook acreditava em Deus. Ele acreditava em muitas coisas a respeito dele e talvez em seu íntimo buscasse aprovação do ser superior apesar de dizer que não ligava para esse tipo de coisas.

Ele queria acreditar que era esse o motivo de estar sentado ali naquele momento. Mas talvez fosse mais como uma última tentativa de criar juízo e pedir socorro para não fazer uma besteira. Era escuro, pequeno e lhe trazia uma sensação claustrofóbica, mas ele sentia que devia isso a alguém. Talvez fosse mais a si mesmo do que qualquer outra pessoa ou ser superior. Ou talvez fosse a Lisa.

Ele juntou as mãos de forma nervosa e fechou os olhos com um suspiro longo e pesado.

Não sabia fazer aquilo.

Claro que seus pais o levavam a igreja e o faziam se confessar quando criança, mas era uma memória tão distante que chegava a ser estranho pensar que já tinha feito aquilo.

Pelo menos ele sabia como devia começar.

— Padre, me perdoe pois eu pequei — ele sussurrou como se tivesse medo que mais alguém espreitasse na sombra, apesar de saber que estava sozinho com o homem do outro lado daquela grade de madeira. Jungkook fez uma pausa, pensando se deveria continuar ou esperar que o padre dissesse algo. Como o homem ficou em silêncio ele prosseguiu — Eu olhei de forma pecaminosa para outra pessoa que não é minha esposa.

Jeon olhou o rosto do sacerdote por trás daquela grade, a pouca luz tornava uma tarefa quase impossível discernir suas feições, mas tinha quase certeza que o homem não exibiu nenhuma surpresa com a confissão. Provavelmente era o que mais ouvia.

— Você apenas olhou ou foi além, meu filho? — perguntou o padre.

Jungkook pensou um pouco sobre o que ele queria dizer. Se queria falar sobre pensamentos nada puros ou sobre os sonhos que lhe assombravam pela madrugada.

Ou se ele havia tocado de forma indevida.

— Eu quis tocar — disse Jeon — Mas me contive. Estive muito perto.

— Esses pensamentos são constantes? — perguntou o homem, com uma calma que para Jungkook era incomum diante da situação de ter alguém lhe confessando os desejos adúlteros.

Doce Pecado [PJM+JJK]Onde histórias criam vida. Descubra agora