m o r t e

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"Todas as coisas que eu fizSó para eu poder te chamar de meuTodas as coisas que você fez Bem, eu espero que eu tenha sido seu crime favoritoPorque, amor, você foi o meu”(Favorite Crime — Olivia Rodrigo)

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"Todas as coisas que eu fiz
Só para eu poder te chamar de meu
Todas as coisas que você fez
Bem, eu espero que eu tenha sido seu crime favorito
Porque, amor, você foi o meu”
(Favorite Crime — Olivia Rodrigo)

🍎

BUSAN — 25.12.1962

Um dia.

Já havia se passado um dia inteiro.

Ele estava ali, com os cabelos desgrenhados, o rosto machucado, assim como os hematomas que se espalhavam por todo o seu corpo. Roupas sujas, lábios manchados com sangue seco.

Jungkook apertou ainda mais as algemas contra o próprio pulso, olhando em volta naquela pequena sala estreita. Ele sabia que alguém o estava ouvindo, provavelmente do outro lado da porta que estava atrás de si.

Ele não tinha dormido, não tinha comido e apenas bebeu água uma vez. Só conseguia pensar em alguma rota de fuga e no tempo que estava perdendo ali.

Taehyung lhe disse para apenas esperar e enrolar todos até o dia seguinte, evitar ser encaminhado para o presídio.

Mas ele não sabia ao certo pelo que estava esperando, se era por um milagre ou pela morte.

Ele olhou para o casal que estava sentado à sua frente há mais de cinco minutos sem dizer nem uma única palavra.

Ele não teria aceitado falar com aqueles dois se não fosse pelas palavras de Taehyung. Tempo. Ele só precisava ganhar tempo, de todas as formas possíveis, antes de ser transferido.

Os Park pareciam decepcionados, traídos e ofendidos. E Jungkook não sentia uma gota de pena ou de remorso por eles, tudo que queria era que eles sofressem pelo resto de suas vidas miseráveis.

A mãe de Jimin lhe transferiu um tapa forte e estalado no rosto.

Não teria doído tanto se não tivesse sido onde já estava machucado. Jungkook sentiu a pele esquentar e algo úmido descer pela bochecha. Ela provavelmente tinha reaberto a ferida que tinha levado a noite toda para parar de sangrar.

— Como você teve essa ousadia? Nós confiamos em você! Acreditamos em você! — a mulher disse, completamente alterada.

Jungkook lambeu o lábio e ergueu a cabeça, usando o impulso para tirar uma mecha do cabelo escuro de seus olhos.

Olhou nos olhos dela, deixando claro em cada movimento e expressão que ele não se arrependia de nada. Podia fazer o que precisasse, mas jamais diria que se arrependia.

— Nunca pedi sua confiança, Sra. Park — Jeon retrucou.

— Você prometeu que curaria aquele moleque e tudo que fez foi corrompê-lo mais ainda, seu desgraçado! — o pai de Jimin atacou, fechando a mão em punho e provavelmente calculando o local do rosto de Jeon onde mais doeria o golpe.

Doce Pecado [PJM+JJK]Onde histórias criam vida. Descubra agora