c o n s c i ê n c i a

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"Eu sinto algo tão certoFazendo a coisa erradaE sinto algo tão erradoFazendo a coisa certaEu não poderia mentir, não poderia mentirTudo que me mata me faz sentir vivo"(Counting Stars — OneRepublic)

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"Eu sinto algo tão certo
Fazendo a coisa errada
E sinto algo tão errado
Fazendo a coisa certa
Eu não poderia mentir, não poderia mentir
Tudo que me mata me faz sentir vivo"
(Counting Stars — OneRepublic)

🍎

BUSAN — 07.12.1962

A música sempre tocava alto quando Jimin estava em sua sala. Música clássica, ele não gostava de jazz, rock ou qualquer outro estilo. Jimin era objetivo em tudo que fazia, mas essa total frieza diante de certas coisas, era irritante.

Mas havia dias, poucos dias, em que ele não era tão arisco. Dias raros, mas prazerosos, em que ele não agia como um garoto de programa que estava sendo pago para se deitar com Jungkook.

O doutor odiava aquele tipo de comportamento, o fazia se sentir um aproveitador.

E talvez fosse.

Ele era um psicólogo que estava dormindo com o paciente, era errado em todos os sentidos. Errado por ser adultério, errado por ser homossexual, errado por suas posições de doutor e paciente.

Mas as coisas erradas não tinham sabor amargo quando sua língua tocava a pele de Jimin. Porque ele era o erro mais doce que Jeon tinha cometido na vida.

— Sou o último paciente do dia, doutor Jeon? — perguntou Park, estranhamente calmo.

— Sim. Falei que íamos demorar um pouco, que vou tentar usar um método novo — sussurrou Jungkook, encostando os lábios na testa dele, no que pareceu um beijo. Talvez fosse um beijo, mas Jimin se recusava a reconhecer isso.

Era fim de tarde, o lugar estava quieto demais e os funcionários que trabalhavam já eram os do plantão. Jungkook teve o trabalho de adiar alguns pacientes e fazer encaixes para conseguir dar conta do trabalho todo, isso levou Jimin para o final da lista.

Porta trancada, música no ar e seus corpos cansados enroscados no sofá.

Quando terminaram, Jimin não juntou as roupas, se limpou e saiu, mas permaneceu ali, de bruços, com a cabeça deitada no peito de Jungkook, ouvindo seus batimentos saírem de algo completamente acelerado e enérgico para algo mais calmo e reconfortante.

Era tão tranquilizador que fazia ele se esquecer da realidade. A mão de Jungkook ficava brincando em sua pele, deslizando por suas costas, indo até a base da coluna apenas para voltar para os ombros.

E Jimin pensou mais de quinze vezes que era o momento de sair, mas não conseguiu mover um músculo. Ele estava exausto, não do sexo, não de Jungkook, mas da realidade esmagante e devastadora.

Isso o fazia ficar e aguentar seu orgulho ferido por alguns momentos de carinho.

O que mais doía, era saber que não era Jungkook quem se negava a lhe dar ternura e sim ele quem se recusava a aceitar.

Doce Pecado [PJM+JJK]Onde histórias criam vida. Descubra agora