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"Eu sou corajoso, eu tenho feridasEu sou quem eu deveria ser, esse sou euEstou marchando na minha própria batidaNão tenho medo de ser visto, eu não peço desculpasEsse sou eu"(This Is Me — Keala Settle)

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"Eu sou corajoso, eu tenho feridas
Eu sou quem eu deveria ser, esse sou eu
Estou marchando na minha própria batida
Não tenho medo de ser visto, eu não peço desculpas
Esse sou eu"
(This Is Me — Keala Settle)

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BUSAN—01.09.1962

A arte sempre foi a forma mais humana de expressar sentimentos e emoções, uma espécie de espelho para o que a alma anseia, sente e repudia. Um artista é a pessoa quê encontrou uma forma de gritar a verdade para o mundo em silêncio.

Os olhos curiosos pousados sobre a pintura eram de alguém que queria entender não apenas as almas dos artistas, mas de todas as pessoas que pudesse. Olhar nos olhos de alguém e compreender o que se passa por trás deles era uma espécie de fascínio.

A verdade saindo do poço. Jean-Léon Gérôme. As letras negras marcadas na placa de metal indicavam o nome do artista e o ano em que a obra foi pintada. Obviamente apenas uma réplica da pintura original.

Havia a lenda de que em um dia, a Mentira convidou a Verdade para um banho em um poço alegando que a água estava ótima para isso.Então quando ambas se despiram e se banharam, Mentira saiu da água, roubou as vestes da Verdade e fugiu.

Vendo isso a Verdade saiu furiosa do poço, mas ao ser vista nua e despida, foi desprezada e repudiada pelas pessoas, enquanto a Mentira andava por todos os lados vestida de Verdade, agradando a todos e satisfazendo as suas vontades. Porque ela era mais atraente quando se parecia com a verdade, do que a própria verdade.

Porque absolutamente ninguém se agradava da Verdade nua. É a grande realidade  da raça humana.

A Mentira é uma máscara fácil de usar.

— Dr. Jeon? — a voz que o chamava o fez desviar o olhar da pintura e sorrir de forma agradável e cordial para o homem que se aproximava — É um enorme prazer tê-lo se juntando a nós aqui.

Ele olhou em volta mais uma vez enquanto dava passos lentos na direção do homem. Alto e com um sorriso gentil e caloroso, alguém com quem ele simpatizou no primeiro instante.

— Sou Kim Namjoon, serei responsável por integrá-lo hoje — disse ele — O diretor do hospital precisou ir urgentemente a uma reunião com a empresa farmacêutica que nos fornece medicamentos e pede desculpas por não poder recebê-lo.

— Sem problema, eu até prefiro assim — disse Jeon com um meio sorriso apoiando uma das mãos na mochila que trazia na lateral do corpo— Me sinto mais confortável para conhecer meus pacientes. Assim nem eles e nem eu mesmo nos vemos sob a pressão das observações do diretor.

Namjoon sorriu em compreensão e lhe fez um sinal indicando o extenso corredor coberto de quadros e luminárias de estilo europeu. O local todo parecia ter sido construído para lembrar os países da Europa e sua estrutura arquitetônica, desde as paredes até a decoração.

Doce Pecado [PJM+JJK]Onde histórias criam vida. Descubra agora