Doce Pecado [PJM+JJK]

i n s a n i d a d e

"Romeu, me salve, estão tentando me dizer o que eu devo sentir
Esse amor é difícil, mas é real
Não tenha medo, vamos sair dessa bagunça
É uma história de amor, querido, apenas diga sim"
(Love Story — Taylor Swift)

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BUSAN — 24.12.1962

O alvoroço não demorou a se espalhar.

Antes que a tarde chegasse, toda a cidade estava sabendo que o jovem e promissor Dr. Jeon Jungkook tinha cometido assassinato da sogra e baleado sua esposa.

E a causa dessa loucura? Homossexualismo.

A doença que o tinha dominado, o fez enlouquecer.

Todos comentavam, todos se aglomeravam em frente a residência, que agora estava cercada de policiais e interditada para investigação.

Ninguém em Busan jamais saberia a verdadeira história do que aconteceu naquela manhã.

O xerife Manoban foi muito sucinto em seus relatos e tudo que chegou aos ouvidos do povo curioso foi que Jeon Jungkook tentou sequestrar seu amante, Park Jimin, e foi confrontado pela esposa durante a manhã da véspera de Natal, acabando por matar Kanya e ferir Lisa.

Jungkook manteve sua cabeça baixa ao ser guiado para dentro da delegacia.

As mãos algemadas com força, de forma que o metal já deixava sua pele esfolada nos pulsos. Os olhos vermelhos com algo que talvez fosse ódio e tristeza, seus lábios e o rosto ferido.

— Seu marginal de merda! — um dos policiais disse, antes de lhe acertar um soco forte no rosto enquanto ele era guiado em direção a cela.

Jungkook prendeu a respiração com uma pancada. Doeu como o inferno, mas dor nenhuma era maior do que aquela que ele tinha em seu peito.

Durante todo o caminho, cada policial que estava ali lhe socou no rosto, no abdômen e cuspiu em sua face.  Como um corredor de tortura, e ele não disse uma palavra sequer, não reagiu e tentou não gemer de dor com cada agressão.

Ninguém tinha lhe dito nada sobre Lisa. Ele não sabia o que estava acontecendo com Jimin. Sua mente só se ocupava com os piores cenários, que incluíam Lisa morta e Jimin sendo torturado no Instituto.

Seu estômago embrulhou e ele teve que segurar para não vomitar, quando um investigador lhe deu uma joelhada na boca do estômago. Seu corpo inteiro perdeu as forças e ele sentiu um gosto amargo na boca, seus joelhos dobraram e ele teria caído no chão se os policiais não o segurassem e o forçassem a continuar andando.

Foi um alívio quando o empurraram para dentro de uma cela vazia, depois de liberar suas mãos das algemas.

O jogaram para dentro com tanta força que ele caiu no chão com um impacto que causou alguma torção no ombro.